segunda-feira, 11 de março de 2013

Lei Berenice Piano assegura direitos aos autistas

 

Fonte: http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=3&n=40696

10-03-2013 - 18h15min

Lei Berenice Piano assegura direitos aos autistas

Nei Rodrigues é presidente da Associação de Pais e Amigos de Autistas do Rio Grande (Amar)

    Recentemente sancionada pela presidenta Dilma Roussef, a Lei Berenice Piano foi uma grande conquistas para autistas e seus familiares. A informação é do presidente da Associação de Pais e Amigos de Autistas do Rio Grande (Amar), Nei Carlos Antônio Rodrigues. 

    Entre os principais benefícios que a nova legislação trouxe, Rodrigues ressaltou que, a partir da lei, o transtorno do espectro autista passa a ser reconhecido como patologia, além disso, ficam assegurados aos autistas o diagnóstico precoce, assistência integral, sem limite de idade, e acesso a vagas nas escolas públicas.  

    Para Rodrigues, o direito ao diagnóstico é uma conquista muito importante, porque quando o autismo é diagnosticado precocemente, a pessoa pode alcançar ganhos importantes, já que o atendimento terapêutico poderá ser realizado desde cedo.  “Hoje, vários autistas chegam à faculdade, porque foram tratados desde cedo”, exemplificou. Sem o atendimento, as famílias tendem a tratar o autista somente com medicação para ansiedade, o que não trás benefícios ao seu desenvolvimento.    

    Sobre a assistência integral, multidisciplinar, que ficou garantida aos autistas, Rodrigues acrescenta que é também uma grande conquista, porque autistas tem patologias diferentes e o tratamento que serve para um, não serve para o outro. Um tratamento, envolvendo diversas áreas, segundo Rodrigues, poderá assegurar um desenvolvimento adequado e grandes progressos ao paciente. 

    Apesar de sancionada em 28 de dezembro de 2012, a lei nacional ainda precisa ser colocada efetivamente em prática. Para isso, a Amar está tentando fazer um mapeamento de autistas que não recebem atendimento em Rio Grande. Conforme Rodrigues, quando for conhecido o número de autistas nessa situação, ficará mais fácil buscar, junto ao poder público, auxílio e também viabilizar um projeto de inclusão que já está sendo pleiteado junto ao Executivo Municipal.  

    Rodrigues adiantou que a Amar está desenvolvendo um projeto de atendimento aos autistas adultos que, fora da idade escolar, muitas vezes, tornam-se pessoas alienadas do contexto social, causando uma série de prejuízos pessoais, não só para o autista como para os familiares. “Nós queremos atender essas pessoas, mas primeiro estamos fazendo o mapeamento para saber quantas pessoas estão nessa situação”, disse. 

    Para ajudar nesse processo, Rodrigues colocou à disposição o telefone da Amar (3233.1294), ou o endereço da instituição (rua Marechal Deodoro, 574), para que as pessoas que possuam um familiar nessa situação entrem em contato. A Amar é uma associação sem fins lucrativos, que funciona de segunda a sextas-feira, das 9h às 11h30min e das 14h às 16h30min. Há 22 anos a instituição presta apoio com medicação, cestas básicas, auxílio às famílias na aquisição de Loas e facilita o acesso ao neurologista

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