sexta-feira, 5 de abril de 2013

OMS confirma 14 casos de pessoas infectadas pelo H7N9 e seis mortes provocadas pelo vírus

 

Fonte: http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/04/oms-confirma-14-casos-de-pessoas-infectadas-pelo-h7n9-e-seis-mortes

Paula Laboissière - Agência Brasil 05.04.2013 - 11h10 | Atualizado em 05.04.2013 - 13h06

OMS confirma 14 casos de pessoas infectadas pelo H7N9 e seis mortes provocadas pelo vírus (sarihuella / Crative Commons)

Brasília – A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou hoje (5) que a China já confirma 14 casos de infecção em humanos pelo vírus H7N9 – uma mutação do vírus que provoca a gripe aviária. O governo chinês contabiliza ainda seis mortes provocadas pela nova cepa.

As infecções foram confirmadas em Shangai, na província de Jiangsu e na província de Zhejiang. Segundo a OMS, mais de 400 pessoas próximas aos pacientes estão sendo monitoradas de perto. O órgão ressaltou, entretanto, que não há indícios de transmissão sustentada do H7N9 entre pessoas.

Ministério da Saúde acompanha mutação do vírus H7N9

De acordo com a OMS, até o momento, a origem da infecção não foi identificada. Testes preliminares realizados na China sugerem que a infecção pelo H7N9 pode ser combatida por meio de medicamentos como o oseltamivir, utilizado no tratamento da influenza A (H1N1) – gripe suína.

No momento, a OMS não recomenda nenhum tipo de restrição a viagens ou ao comércio de produtos oriundos da China. O governo do país, por sua vez, orientou a população a manter hábitos de higiene como lavar as mãos com frequência e evitar contato direto com animais doentes ou mortos.

Edição: Juliana Andrade

  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0

Dengue aumenta 700% nas primeiras semanas do ano em Goiás

 

Fonte: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/34371/saude-publica/----dengue-aumenta-700-nas-primeiras-semanas-do-ano-em-goias

05/04/2013 às 08h17:00

 

Os números são resultado do boletim epidemiológico divulgado, nesta quinta-feira (4), pelo Secretária de Estado da Saúde

Foto: SES GO

Combate a dengue em Goiânia. Cidade já tem 42.020 casos e continua liderando o ranking

Combate a dengue em Goiânia. Cidade já tem 42.020 casos e continua liderando o ranking

De 30 de dezembro de 2012 a 30 de março de 2013, foram confirmados 91 mil casos de dengue em todo no estado de Goiás. No memos período do ano passado, este indice era de cerca de 11 mil. Os números apontam um aumento de 704,96% nos casos de dengue. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado no início da tarde dessa quinta-feira, 04 de abril.

Goiânia já tem, confirmados, 42.020 casos e continua liderando o ranking. Pela ordem, as cidades com o maior número de casos são Aparecida de Goiânia (7.202), Itumbiara (5.252), Rio Verde (4.252), Anápolis (2.826), Trindade (2.216), Porangatu (1.414), Senador Canedo (1.353), Jatai (1.275) e Mineiros (973).

Sete mortes já foram confirmadas e outras 51 continuam sob investigação. Os óbitos suspeitos aconteceram em Goiânia (16), Senador Canedo (04), Aparecida de Goiânia (03), Anápolis (03), Serranópolis (02), Pirenópolis (02), Jatai (02), Águas Lindas (02), Trindade, São Luís de Montes Belos, Santo Antônio do Descoberto, Piracanjuba, Petrolina, Mineiros, Iporá, Ipameri, Edealina, Cocalzinho, Ceres, Campinorte, Bonfinópolis, Aruanã e Abadia de Goiás, com uma morte suspeita cada.

Dos 246 municípios goianos, 158 foram classificados como de alto risco; outros 55 receberam a classificação de médio risco; 26 foram considerados como de baixo risco e apenas 7 não apresentaram dados sobre a doença e, com isso, foram classificados como " municípios silenciosos"

Veja o quadro da doença em todo estado

Estado registra mais de 4,5 mil casos de dengue em uma semana

 

Fonte: http://www.seculodiario.com.br/exibir.php?id=5779&secao=15

Em Aracruz, o prefeito Marcelo Coelho decretou situação de emergência; no sul do Estado a situação também é grave

Flávia Bernardes

04/04/2013 15:32 - Atualizado em 04/04/2013 17:06

Os registros de casos da dengue no Estado voltaram a subir. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, já são 33.529 casos da doença em 2013, 4.582 casos a mais que na última divulgação do boletim epidemiológico, que apontou o registro de 28.947 casos da doença.

O dado é alarmante, segundo os especialistas. Até o último boletim (17 a 23 de março) foram registrados no Estado 775 suspeitas da forma grave da doença (dengue com complicação e hemorrágica), já no último boletim (24 a 30 de março), esse número subiu para 849. O número de morte também subiu entre os períodos avaliados, de cinco para sete mortes.

Em Aracruz, no norte do Estado, a situação é tão grave que o prefeito Marcelo Coelho (PDT) decretou situação de emergência na saúde devido ao aumento de casos de dengue. 

Até a última semana foram notificados no município 206 casos, 41 deles foram confirmados. Segundo o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Vicente Penteado Vizioli, o município passou, no início do ano, por problemas em relação aos contratos dos profissionais da saúde que estavam em fase de finalização, além da falta de materiais para a execução de trabalhos voltados para o combate à dengue.

“O Estado e, consequentemente, o município já vive uma epidemia devido ao aumento no número de casos da doença, com relação ao mesmo período dos anos anteriores. É preciso medidas emergenciais para esse controle”, disse Vizioli. Ele explica que os agentes de saúde ambiental estão nas ruas intensificando as ações de conscientização nos domicílios.

De acordo com a prefeitura do município, a cada 100 residências, uma possui o foco da doença. 

No sul do Estado os focos domiciliares também são um problema, sobretudo nos municípios de Castelo, Cachoeiro de Itapemirim, Alegre, Bom Jesus do Norte, Apiacá e Atílio Vivácqua, onde 80% dos casos notificados foram identificados nos domicílios.

Só até a última semana, estes municípios somaram mais de dois mil registros da doença. 

Na última quinta (28), o deputado estadual Glauber Coelho (PR), que é do sul do Estado, também cobrou ações emergenciais para conter a doença na região.  Segundo ele, a situação destes municípios já pode ser classificada como epidêmica. 

Na região metropolitana, Cariacica registrou entre os dias 03 e 23 de março, 495 casos suspeitos de dengue. Desde o início do ano até agora foram 3,4 mil casos suspeitos no município.

Em Vitória, de janeiro a março, foram registradas 10,9 mil notificações da doença, e 1,9 mil casos confirmados. Na Serra, o número de notificações chegou a 3,8 mil, e em Vila Velha, 2,4 mil.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Atividades físicas podem reduzir consumo de medicamentos

 

Fonte: http://www.blog.saude.gov.br/atividades-fisicas-podem-reduzir-consumo-de-medicamentos/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=atividades-fisicas-podem-reduzir-consumo-de-medicamentos

4 de abril de 2013

Foto: Chris Schmid/Aurora Open/Corbis

A vida moderna trouxe algumas facilidades: controle remoto, carro, computador, celular… Coisas que não estimulam nos movimentarmos como faziam nossos avós antigamente. Consequência: estamos mais sedentários e propensos a desenvolver sobrepeso, obesidade e doenças crônicas como hipertensão e diabetes. O ortopedista Paulo Henrique Mulazani, médico do Grupo Hospitalar Conceição, vinculado ao Ministério da Saúde, destaca que a prática de atividades físicas têm se tornado cada vez mais necessária. “Temos que levar em consideração o tipo de vida que mudou ao longo dos anos. As pessoas estão mais sedentárias e comendo alimentos mais calóricos e a prática de atividade física é uma importante aliada no combate aos problemas de saúde”, reforça.

Como começar? Paulo Henrique explica que isso depende da faixa etária de cada um. “Os mais jovens costumam ter mais facilidade em praticar atividades físicas porque não costumam ter problemas de saúde. Nesse caso, recomendamos que sejam praticados exercícios aeróbicos, que tenham uma movimentação maior – como, por exemplo, natação ou uma corrida. E dependendo da idade do paciente, deve-se associar um pouco de atividades com peso (conhecidas como anaeróbico)”. O ortopedista ressalta a necessidade da avaliação física prévia antes de iniciar o esporte, porque há casos específicos em que algumas atividades físicas não são indicadas ao futuro atleta.

O circuito é uma atividade física que reúne uma frequência aeróbica mais alta com o uso moderado de peso e é uma das grandes dicas para quem quer fazer atividade física. Porém, o ortopedista alerta que é preciso paciência para adquirir o condicionamento físico. “Em alguns casos as pessoas querem começar a atividade física em novembro para estar em forma em dezembro. Isso não é saudável. O segredo da atividade física é um começo modesto, bem planejado e com orientação”, afirma Mulazani.

Para estimular hábitos de vida saudáveis, o Ministério da Saúde criou o Programa Academia da Saúde. O objetivo é criar espaços adequados para a prática de atividade física, orientação nutricional, oficinas de artes cênicas, dança, palestras e demais atividades que promovam modos de vida saudáveis, e a prevenção e  redução de mortes prematuras por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

Aliado na redução de medicamentos – A reeducação alimentar e a prática de atividades físicas não proporcionam só um melhor condicionamento físico. Eles vão além e liberam hormônios que possibilitam, em alguns casos, até parar de usar medicamentos contra ansiedade e depressão. O ortopedista Paulo Henrique Mulazani também destaca os benefícios para hipertensos e diabéticos. “Com uma boa orientação médica os hipertensos, quando fazem atividade física, tendem a reduzir a pressão arterial ao longo do tempo. Nos diabéticos, a perda de peso reduz a resistência periférica à produção de insulina. Ou seja, em alguns casos a atividade física mantém a diabetes sobre controle”, destaca o médico.

Dia Mundial da Saúde – No próximo domingo, 7 de abril será comemorado o Dia Mundial da Saúde. Este o ano, o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é hipertensão arterial. Para evitar a doença é importante diminuir o consumo de sal. Mas tem muita gente que ainda insiste em abusar do produto. Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome 12 gramas de sal diariamente, sendo que o ideal é consumir cinco gramas por dia, quantidade equivalente a uma colher de café.

A diretora do Departamento de Análise de Situação em Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, explica que o Dia Mundial da Saúde será fundamental para reforçar a importância da alimentação saudável e da prática de atividades físicas e assim, prevenir a hipertensão arterial. “Este ano a nossa intenção foi de chamar para a importância da prevenção da hipertensão arterial, não só passar a mensagem em relação à hipertensão enquanto uma doença crônica, mas como se pode prevenir a doença.”

No dia 7, o Ministério da Saúde, em parceria com as 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014, vai realizar eventos simultâneos para sensibilizar a população sobre a importância de hábitos saudáveis.

Ilana Paiva / Blog da Saúde, com informações da Web Rádio Saúde

Em menos de três meses, dengue já matou mais de 100 pessoas e 635 mil casos da doença foram registrados

 

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/em-menos-de-tres-meses-dengue-ja-matou-mais-de-100-pessoas-e-635-mil-casos-da-doenca-foram-registrados-04042013

4/4/2013 às 13h03 (Atualizado em 4/4/2013 às 13h15)

Rondônia, Tocantins e MG têm maior incidência de casos, de acordo com Ministério da Saúde

Do R7

Luis Claudio Barbosa/FuturaPres/EstadãoConteúdoNo começo de março, prefeitura de SP fez campanha na capital contra a dengue

Entre 1º de janeiro a 23 de março deste ano, 108 pessoas morreram por causa da dengue, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (3). Segundo o governo, no período 635.161 mil casos foram notificados as autoridades, sendo 1.243 graves. Cerca de 70 mil casos já foram descartados pelas secretarias municipais de saúde.

Neste ano, houve um aumento de mais de 100% nos casos da doença em relação ao ano passado. Em 2012, foram registrados 167.279 casos. Em 2011,foram 303.526, e em 2010 579.818.

Hoje, dez estados apresentam incidência acima de 300 casos por 100 mil habitantes: Rondônia (498,7), Acre (677,4), Tocantins (641,1), Minas Gerais (669,9), Espírito Santo (801,5), Rio de Janeiro (405,1), Paraná (448,6), Mato Grosso do Sul (2.947,8); Mato Grosso (774) e Goiás (1.366,9).

Cidades vivem surto de dengue: saiba como se previnir

Casos de dengue sobem no País

Aumento das mortes

Entre janeiro e 23 de março de 2012, foram registradas 102 mortes em todo o País. Apesar deste dado, neste ano, caíu o número de casos graves. No ano passado foram 1.316 e neste ano foi de 1.243. Já com o mesmo período de 2011, a redução foi 73,97% e, em comparação com 2010, foi de 82,43%. 

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, os casos notificados em 2013 ainda são considerados suspeitos, podendo ser descartados ou confirmados após a investigação pelas secretarias municipais de saúde.

ES: irmãos sofrem com doença rara que deixa a pele com aspecto de escamas de peixe em Cariacica

 

Fonte: http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2013/04/irmaos-sofrem-com-doenca-rara-que-deixa-a-pele-com-aspecto-de-escamas-de-peixe-em-cariacica.html

4/4/2013 às 14h15 - Atualizado em 4/4/2013 às 17h33

TV Vitória

Redação Folha Vitória

Reprodução TV VitóriaUm casal que mora em Cariacica sofre com a doença rara de pele dos dois filhos. As crianças, de três anos e oito meses, nasceram com ictiose lamelar.

A pele de Yan e de Ana Clara apresenta aspecto de escamas de peixe e é separada por fissuras, podendo ser ferida com mais facilidade. A ictiose não tem cura e exige muitos cuidados.

Ana Clara e Yan não podem, por exemplo, tomar sol. “Não pode tomar sol porque dá queimaduras e os cuidados são muitos especiais. Eu só fico dentro de casa e saio para levar para médico quando é preciso. A vida deles é 24 horas dentro de casa. Eles não podem brincar na rua, em terra, nada disso”, disse a dona de casa Suelaine Dias Fernandes.

Além de todas as limitações impostas pela doença, Ana Clara e Yan carregam, na pele, o peso do preconceito e da discriminação. “Me sinto péssimo quanto a isso. A gente está com eles no colo no ônibus ou até na rua e as pessoas olham bastante e a gente não sabe o que elas pensam. Às vezes, a gente fica com vergonha de sair com eles na rua. A gente não pode conversar com as pessoas como conversava antes de ter as crianças. Eles se afastam e não são mais os mesmos com a gente principalmente os nossos familiares. Todo mundo se afastou”, contou Marcelo dos Santos Fernandes.

A mãe disse que a família sofre preconceito até quando procuram atendimento médico. “Até os planos de saúde. Tem pessoas que querem pagar planos de saúde para as crianças e eles não aceitam porque eles querem pessoas que tenham saúde para entrar no plano. Pessoas que têm doença, que vão precisar constantemente de se consultar, eles não querem porque vai ter gasto. Eu gostaria muito que os planos aceitassem os meus filhos porque tem pessoas que querem pagar”, desabafou a mãe.
Os remédios, cremes e sabonetes especiais para o tratamento das crianças custam, em média, R$ 1,5 mil por mês. A despesa é muito grande para uma mãe que teve que abandonar o trabalho para cuidar dos filhos e para um pai, que acaba de perder o emprego.

“O custo do tratamento é muito alto e nós não temos condições de bancar”, disse o pai. “É difícil porque é muito gasto. Eu trabalhava e tive que ficar a disposição deles porque o cuidado é muito especial”, comentou a dona de casa.

Quem quiser ajudar a família pode entrar em contato com a produção do Balanço Geral pelo telefone 3222-5151 ou facebook.com/esbalancogeral ou pelo e-mail bgeral@redevitoria.tv.br

OITO “HOT JOBS” NA ÁREA DA SAÚDE PARA 2013

 

Fonte: http://fisioterapia.com/noticias/imprimir/1009

04/04/13

Conhecimento integrado de marketing, vendas e TI delineiam as carreiras mais demandadas em saúde, segundo estudo da CTPartners

Algo entre um gestor de marketing com a capacidade técnica de implementar e otimizar novas tecnologias e um CIO que consiga aderir às estratégias e necessidades de marketing. Este é o CMIO, ou o Chief Marketing Information Officer, um profissional que se ainda não existe pronto e disponível no mercado nacional já começa a puxar a tendência de carreiras no setor de saúde, indicando o perfil do gestor do futuro, cada vez mais próximo e presente.

O cargo está entre os oito “hot jobs” na área de saúde para 2013 segundo levantamento da CTPartners, uma das principais companhias de “executive search” do mercado. E expõe uma demanda que soa como óbvia, mas ainda incipiente no País: o de profissionais que trabalhem completamente conectados às inovações relacionados à tecnologia e ao fluxo de informação.

“Eu não tive nenhuma busca desta por enquanto. O marketing, quando precisa de algo neste perfil, ainda busca dentro de casa, chamando a área de TI.

Então é preciso entender como as empresas estão atuando com a tecnologia de informação. É bacana para o médico, por exemplo, encarar tudo isso de outra forma. Quando ele entra na empresa, aí ele vai fazer uma pós-graduação, um MBA, uma especialização em business. E nesse caso ele vai ter de ter um marketing integrado com o uso de tecnologia e transmitir essa informação entre os profissionais”, explica Magui Castro, sócia responsável pelo braço de saúde da CTPartners.

De forma mais ampla, essas novas atuações que demandam um pé na área de TI esperam que os profissionais tradicionais passem a entender os produtos com que trabalham de forma integrada à tecnologia. Dominar o uso, por exemplo, de aplicativos para smartphones que permitam que o paciente tenha acesso de forma rápida e segura aos exames que tenham sido enviados pelo médico.

“Nos Estados Unidos desenvolveram um mecanismo que faz com que profissionais na Índia analisem exames de raio-x feitos nos EUA. Assim, a equipe se divide entre os que trabalham de dia e os que preparam a informação à noite. É um exemplo de como tem muita gente trabalhando para integrar profissionais com essas novas tecnologias”, acrescenta Magui.

Entre as carreiras do momento apontadas pela CTPartners, estão ainda:

-Chief Operations and Integration Officer
-Chief Business Officer
-Vice-presidente de Market Acces
-Vice-presidente de Clinical Development
- Vice-presidente de Marketing
- Vice-presidente Sales Force Effectiveness
- Vice-presidente de TI

Vendas
Com a crescente expansão do setor de equipamentos médicos, cresce também a procura por profissionais capacitados para vender com propriedade técnica tais produtos.

Na avaliação de Adriana Vianna, gerente de vendas e marketing do setor de Life Science, da recrutadora Hays no Rio de Janeiro, há um gargalo nessa função em específico, que passa por uma transformação no atual momento de veloz inovação tecnológica.

“Não existe uma especialização na graduação, mas quando falamos em software fica mais fácil se o profissional vier da Engenharia. Mas a formação em si não é problema. O ponto é ter alguém que saiba permear a questão do conhecimento interno dos clientes, saber fazer o relacionamento com os médicos, com as áreas de compras dos hospitais. O que acontece é que as empresas acabam levando os profissionais que atuam nos distribuidores e eles não são tão bem qualificados em termos de conhecimento técnico. Então tem empresa que quer trazer tecnologia para o Brasil e manda o profissional um mês para fora do País, treinando, entendendo como o equipamento funciona, para depois passar isso para a equipe de vendas”, destaca, projetando uma remuneração de R$ 10 mil para quem se relaciona com o cliente e até R$ 23 mil para um gerente regional de vendas.

Outro cargo no mesmo ramo é o de Medical Science Liaison (MSL), que basicamente supre uma necessidade de se colocar médicos para oferecer novos produtos e ser o intermediário de vendas entre a indústria e os consultórios, clínicas e hospitais. O problema é encontrar quem quer se dedicar a uma carreira de remuneração menor que outras tantas áreas do setor.

“As demandas que temos recebidos é a de ter esse MSL com formação em Medicina. É como se fosse um propagandista, mas que conhece o medicamento e sabe lidar com o médico. Assim, ele atua praticamente como um consultor científico. O desafio é pegar um médico que está acostumado e voltado ao trabalho de atenção ao paciente e levá-lo para a indústria, fazer com que ele se volte ao trabalho de visitas, de congressos. Primeiro porque ele não tem essa cultura; segundo porque a função exige exclusividade e ele vai trabalhar 40 horas semanais para ganhar algo entre R$ 12 mil a R$ 16 mil”, completa Adriana.

Pesquisa
Outra área citada pela especialista é a da pesquisa clínica, em constante aquecimento desde a alta do mercado de genéricos. Como as empresas investem parte da receita líquida em Pesquisa e Tecnologia, o pesquisador entra no processo desde o descobrimento da molécula até a aplicabilidade de um eventual medicamento, além de ser o responsável por levar a inovação aos hospitais. O cargo, voltado para farmacêuticos, bioquímicos e médicos, pode ter vencimentos de até R$ 20 mil para os gerentes de pesquisa que vão organizar uma equipe multidisciplinar e comandar as ações de P&D.

Fonte: Saúde Web

Impressora 3D 'devolve' rosto a britânico

 

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2013/04/04/impressora-3d-devolve-rosto-a-britanico.htm

BBC

Getulio Marques
Da BBC Brasil, em Londres

04/04/201306h28

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  • Andrew Dawood

    Eric Moger, 60, recebeu uma prótese facial para cobrir uma grande depressão causada por um tumor no rosto

    Eric Moger, 60, recebeu uma prótese facial para cobrir uma grande depressão causada por um tumor no rosto

A tecnologia para impressão em 3D começa a ganhar espaço no campo da medicina, beneficiando pacientes que precisam de próteses faciais para encobrir depressões provocadas por acidentes ou doenças.

Na Grã-Bretanha, cientistas decidiram apostar na ideia e mudaram a vida de um paciente que vive na pequena cidade de Waltham Abbey, a 24 quilômetros de Londres.

Eric Moger, de 60 anos, recebeu uma prótese facial para cobrir uma grande depressão causada por um tumor maligno no lado direito do rosto, diagnosticado há quatro anos. Essa foi a primeira vez no país que uma prótese facial foi desenhada e moldada por uma impressora 3D, capaz de criar objetos tridimensionais a partir de comandos enviados por um software de modelagem.

''Este é um equipamento que possui ferramentas a laser para cortar, esculpir e moldar peças de plástico, silicone, nylon e até metais como o titânio, com muito mais precisão e rapidez'', disse à BBC Brasil o cirurgião-dentista Andrew Dawood, responsável pelo projeto que desenvolveu a prótese de Moger.

Homem recebe primeiro transplante facial completo nos EUA6 fotos
Montagem mostra rosto de Dallas Wiens antes (esquerda) e depois do transplante facial total (direita). Mais de 30 médicos, enfermeiros e anestesistas trabalharam por mais de 15 horas para substituir o nariz, lábios, pele, músculos da animação facial e os nervos de Dallas Wiens, que foi desfigurado em um acidente elétrico em 2008 Leia maisReuters/Courtesy of Parkland Health and Hospital System image/Courtesy of Lightchaser Photography
Vida nova

Para Eric, a mudança não foi apenas estética, mas funcional. A prótese, que se ajusta perfeitamente ao rosto, permite ao paciente produzir um movimento maxilar mais adequado para comer e ingerir líquidos. Antes do procedimento, a alimentação de Moger era feita por meio de um tubo diretamente ligado a seu estômago.

Mas não foi somente a saúde de Eric que melhorou. Sua vida social também passou por uma revolução após a cirurgia.

''Agora, tenho planos de realizar meu casamento, que teve de ser cancelado quando descobri o câncer. Mal posso esperar para me casar e retomar minha vida'', disse o paciente ao jornal The Sunday Telegraph.

Avanço

Após a agressiva cirurgia para a retirada do câncer que salvou a vida de Moger, o cirurgião responsável pelo caso, Nicholas Kalavresos, da University College London, encaminhou o paciente para a colocação da prótese. Na época, Kalavresos identificou que cirurgias plásticas tradicionais para recuperar a face do paciente não seriam bem-sucedidas, especialmente após as várias sessões de quimioterapia e radioterapia que tornariam a pele menos adequada ao procedimento.

Mulher faz transplante de face após ser atacada por chimpanzé4 fotos
Foto de arquivo mostra como era Charla Nash antes do ataque de chimpanzé que a deixou desfigurada em fevereiro de 2009 Leia mais AP

Eric foi posteriormente encaminhado ao cirurgião-dentista britânico Andrew Dawood, que liderou os procedimentos para a produção da prótese a partir de um modelo digital perfeito do crânio do paciente.

A grande diferença entre a prótese de Moger e as outras convencionais está na precisão com que o silicone e os demais materiais da peça são cortados e moldados para se ajustarem perfeitamente ao rosto do paciente e simularem a aparência de "face".

''Nós utilizamos três técnicas diferentes para chegar ao novo rosto de Moger: o raio-x digital, a tomografia computadorizada e um software de modelagem tridimensional. Isso nos deu a precisão necessária que a impressora 3D pudesse recriar o modelo perfeito do crânio do paciente e, posteriormente, da prótese'', explicou Dawood à BBC Brasil.

Outra vantagem da técnica está na rapidez e maior conforto, já que ''o método tradicional é mais lento e exige a criação de diversos moldes faciais criados com gesso e silicone diretamente no rosto do paciente''.

Desafio

Há pouco mais de dois anos, Dawood decidiu aceitar o desafio de utilizar pela primeira vez o processo chamado de impressão 3D, hoje bastante disseminado na indústria para a produção de materiais que vão de peças de carro a componentes de televisão.

Utilizando uma máquina de ressonância digital, o rosto de Moger foi milimetricamente digitalizado e, posteriormente, projetado num modelo 3D no computador. Após esse procedimento, um molde da cabeça do paciente, com todas as características faciais depois da retirada do tumor, foi produzido em nylon pela impressora 3D.

A partir dessa peça de nylon, Dawood pôde assim recriar uma estrutura em titânio para recompor o osso da área afetada e, em seguida, desenhar a prótese de silicone que imita a pele humana para cobrir a superfície do rosto de Moger.

O resultado trouxe mais esperança a Eric, que voltou a fazer planos para o casamento e a sair de casa mais frequentemente para passear com a noiva, Karen Hunger.

Robô cirurgião enfrenta primeiras ações na justiça

 

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=robo-cirurgiao-enfrenta-primeiras-acoes-justica&id=8706

04/04/2013

 

Da New Scientist

Robô cirurgião enfrenta primeiras ações na justiça

Hoje, mais de 2.500 robôs Da Vinci, cada um custando US$1,7 milhão, estão em operação em hospitais em todo o mundo. [Imagem: Cortesia Intuitive Surgical]

Riscos dos robôs

As cirurgias robotizadas - realizadas por meio de robôs - podem significar menor perda de sangue, cicatrizes menores e tempo de recuperação mais rápido.

Mas, e se acontecerem complicações técnicas?

Em 2007, cirurgiões em Aalst, na Bélgica, foram surpreendidos quando parte do braço de um robô cirúrgico rompeu-se dentro de um paciente com câncer de próstata.

A quebra dobrou tanto o instrumento do robô Da Vinci que ele não pode ser removido através da incisão original. Isso significou que os urologistas tiveram que ampliar a abertura para retirar o instrumento (Journal of Robotic Surgery, doi.org/crm8p6).

Hoje, mais de 2.500 robôs Da Vinci, cada um custando US$1,7 milhão, estão em operação em hospitais em todo o mundo, participando de quase 1,5 milhão de cirurgias na última década.

A maioria dos pacientes vai para casa com cicatrizes menores, e a empresa que fabrica o Da Vinci, a Intuitive Surgical, de Sunnyvale, na Califórnia (EUA), afirma que também são reduzidos a dor pós-operatória e o tempo de recuperação.

Riscos das cirurgias com robôs

Mas os relatórios de eventos adversos envolvendo as cirurgias com o robô aumentaram recentemente, o que levou a FDA (Food and Drug Administration) a realizar, em janeiro, um levantamento entre os cirurgiões sobre o sistema.

A Bloomberg Businessweek informou no início deste mês que 10 ações de responsabilidade do produto foram movidas contra os fabricantes do robô Da Vinci nos últimos 14 meses.

As ações, das quais a empresa está se defendendo, compõem uma leitura pavorosa - elas alegam, de formas variadas, que o Da Vinci causou perfurações no fígado e baço durante cirurgias cardíacas, danos ao reto durante uma operação de próstata, e uma hérnia vaginal após uma histerectomia.

Há também um número de casos de queimaduras acidentais das ferramentas de cauterização do robô.

O inquérito da FDA, segundo sua porta-voz Synim Rios, visa "determinar se o aumento dos relatos é um reflexo verdadeiro de problemas, ou simplesmente um aumento devido a outros fatores".

Avaliações positivas

Há motivos para preocupações?

"As taxas de eventos adversos ou de morte por cirurgias com o Da Vinci não têm aumentado ao longo dos últimos anos", diz a porta-voz da Intuitive Surgical, Lauren Burch, que se recusou a comentar sobre as ações judiciais.

"A evidência clínica mostra que o Da Vinci é mais seguro do que alternativas cirúrgicas abertas em muitos procedimentos comuns," disse ela.

Vários outros profissionais de saúde ouvidos pela revista New Scientist, concordam.

Além disso, os profissionais de saúde estão divulgando os benefícios das cirurgias robotizadas, o que deve aumentar o seu uso nos próximos anos.

A questão que os inquéritos das autoridades de saúde deverão responder é: os ganhos com as cirurgias com os robôs superam os riscos para os pacientes?

Extraordinaria cirugía le da una cara nueva a paciente deformado en horrible accidente

 

Primer Impacto. Entrevistamos en vivo al Doctor Eduardo Rodriguez quien estuvo al frente de la cirugía maxilo-facial más compleja y difícil de la historia.

Presentadoras: Bárbara Bermudo Pamela Silva Conde Jackie Guerrido Rosana Franco Natalia Cruz http://noticias.univision.com/primer-impacto

Más videos de impacto:http://noticias.univision.com/primer-impacto/videos

ANS lança Guia Prático sobre Planos de Saúde

 

NBR ENTREVISTA - 02.04.13: A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou o Guia Prático sobre Planos de Saúde. A ideia é ajudar na hora da contratação de um plano de saúde e alertar a população sobre a importância de conhecer a rede credenciada de profissionais, hospitais, laboratórios e clínicas. Atualmente, 62 milhões de brasileiros são usuários de planos médicos ou odontológicos. Para falar sobre os benefícios do novo guia, o NBR Entrevista convida o diretor-adjunto de Fiscalização da ANS, Dalton Callado. O Guia Prático sobre Planos de Saúde está disponível em: http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Materiais_por_assunto/folder_guia_pratico.pdf

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Hipertensão arterial e a Odontologia – um inimigo invisível

 

Fonte: http://www.dicasodonto.com.br/2013/01/21/hipertensao-arterial-e-a-odontologia-um-inimigo-invisivel/

Publicado em 21 de janeiro de 2013 por dicasodonto

Um problema de saúde pública silencioso que afeta quase 20 milhões de brasileiros, sem contar os que ainda não foram diagnosticados. O cirurgião dentista deve conhecer alguns aspectos sobre pacientes hipertensos para oferecer o melhor tratamento possível e evitar maiores danos.

Popularmente conhecida como “Pressão Alta”, a Hipertensão Arterial é na maioria das vezes assintomática. Não causa dor ou febre. Não “toca os alarmes” do nosso corpo. Dessa maneira, muita gente nem sabe que tem pressão alta e não procura um médico para fazer um acompanhamento. Ela também não tem cura. Os médicos falam sempre em controle. Os hipertensos, geralmente, precisam tomar remédios para o resto da vida, além de controlar o sal na alimentação e fazer exercícios físicos regularmente. Pessoas hipertensas aumentam significativamente suas chances de infarto, acidentes vasculares cerebrais (derrames), problemas renais, entre outros. Ela em si não mata, mas aumenta muito as chances de problemas maiores e fatais aparecerem.

O paciente é considerado hipertenso quando sua pressão exceder o valor de 14/9 mm/Hg. Isso sempre medido com critério e seguindo um protocolo que você pode ler AQUI. Os aparelhos vendidos aos montes por aí que medem a pressão no pulso não são muito confiáveis, segundo especialistas na área. Portanto, seria melhor que o dentista usasse o bom e velho esfigmomanômetro de coluna de mercúrio e um estetoscópio. A pressão considerada comum é de 12/8 mm/Hg.

Sobre a anestesia odontológica, devemos conhecer o que alguns estudos mostram. Um paciente com a pressão arterial controlada por medicamentos pode ser tratado como um paciente que não possui a doença. O anestésico de eleição é a Prilocaína associada a Epinefrina na concentração de 1:100.000, usando-se no máximo 3 tubetes e evitando ao máximo fazer aplicação intra-vascular. Se houver uma urgência e o paciente com a pressão descontrolada precise de anestesia, melhor usar anestésicos sem vasoconstritor, como a Mepivacaína a 3%. Claro que sempre é importante o contato com o médico, para que ele possa avaliar o paciente no caso de procedimentos cirúrgicos como extrações ou implantes. 

O que acontece em alguns casos é que os anestésicos sem vasoconstritor não resolvem a dor em pulpites, por exemplo. Isso faz o paciente sentir dor durante o procedimento, induzindo ao estresse e gerando também um aumento da pressão arterial. O profissional deve conhecer os sais anestésicos e suas aplicações para melhor resolver essas complicações quando elas aparecerem.

Se o paciente apresentar pressão arterial maior que 14/95 mm/Hg, não se deve fazer nenhum procedimento odontológico, a não ser que seja uma urgência. Deve-se encaminhar o paciente ao médico para estabilização do quadro hipertensivo. 

As principais manifestações bucais dos pacientes que tomam anti-hipertensivos regularmente são a xerostomia (“boca seca”), sensação de gosto metálico, redução ou perda de paladar, algumas úlceras (aftas), glossite (inflamação ou infecção da língua), reações liquenóides (pápulas esbranquiçadas com ulceração e eritema - VER ARTIGO) e crescimento gengival.

E os medicamentos que prescrevemos? Eles podem interagir com a hipertensão e com os medicamentos que o paciente já toma. Devemos saber que os Anti-inflamatórios não esteróides devem ser evitados. A anamnese é de suma importância para sabemos quais os remédios que o paciente toma diariamente. Essa conversa deve ser feita na consulta inicial, anotada na ficha do paciente e revisitada anualmente, caso o médico do paciente mude suas medicações.

Quer saber mais? Acesse:

CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE SOBRE HIPERTENSÃO

Um Abraço,

Equipe Dicas Odonto

Novo plano quer erradicar paralisia infantil até 2018 em todo o mundo

 

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/04/novo-plano-quer-erradicar-paralisia-infantil-ate-2018-em-todo-o-mundo.html

02/04/2013 18h35 - Atualizado em 02/04/2013 18h39

 

Estratégia foi apresentada nos EUA, nesta terça-feira (2). Em 2012, houve 223 casos no Paquistão, no Afeganistão e na Nigéria.

Da AFP

Uma nova estratégia para erradicar em todo o mundo a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, e que afeta principalmente o sistema nervoso da criança, busca reforçar a segurança dos vacinadores, que precisam enfrentar a violência em alguns países, e eliminar os focos da doença até o final do próximo ano, indicaram nesta terça-feira (2) autoridades sanitárias.

O novo plano, aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi traçado para aproveitar os progressos contra esta doença e garantir um mundo livre da pólio até 2018. A estratégia foi anunciada em Washington, na sede da Fundação Bill e Melinda Gates.

Bebê paquistanês recebe a gotinha da vacina contra poliomielite em um centro de saúde em Karachi. (Foto: Rizwan Tabassum/AFP)

Bebê paquistanês recebe a gotinha da vacina contra poliomielite em um centro de saúde em Karachi. (Foto: Rizwan Tabassum/AFP)

Mas ainda há obstáculos a superar, como acabar com a violência contra os vacinadores na Nigéria e Paquistão, e levantar os US$ 5 bilhões ecessários para os próximos seis anos, indicaram os pesquisadores da Iniciativa Global para a Erradicação da Pólio (GPEI).

Na Nigéria e no Paquistão, as autoridades acusam a vacina de conter carne de porco, cujo consumo é proibido pelo Islã, ou de tornar estéreis aqueles que a recebem, o que alimenta rumores de um complô ocidental para impedir a reprodução dos muçulmanos.

A poliomielite, que já foi um flagelo global, agora é endêmica em apenas três países, e as autoridades da saúde buscam sua erradicação. Apesar dos recentes ataques mortais a postos de vacinação na Nigéria e no Paquistão, estes dois países e o Afeganistão conseguiram em 2012 vacinar mais pessoas e reduzir os casos de poliomielite, segundo a GPEI.

No ano passado foram registrados apenas 223 casos de poliomielite no mundo, em comparação com 650 em 2011. Afeganistão, Nigéria e Paquistão estão "no caminho para acabar com a transmissão (da doença) até o final de 2014", disse o GPEI em um comunicado.
"Isso será cumprido se as tendências atuais forem mantidas e os desafios de segurança não tiverem um impacto duradouro sobre as operações", acrescenta.

Reforçar a segurança nos postos de vacinação, realizar campanhas mais curtas, trabalhar com os líderes da comunidade muçulmana para que apoiem a vacinação contra a poliomielite e destacar a neutralidade política dos vacinadores são alguns dos elementos-chave da estratégia de vacinação.

Outra mudança importante no âmbito deste plano é eliminar o uso da vacina oral contendo vírus enfraquecido da poliomielite, substituindo por uma vacina injetável, com vírus inativo. A estratégia requer que a mudança seja concluída em 2019 ou 2020. No entanto, isso exigirá que as autoridades de saúde encontrem uma vacina acessível e que os vacinadores recebam treinamento.

OMS confirma que vírus H7N9 mutou e fica mais fácil infectar humanos

 

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/oms-confirma-que-virus-h7n9-mutou-e-fica-mais-facil-infectar-humanos-03042013

3/4/2013 às 12h06

EFE

Genebra, 4 abr (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta quarta-feira que o vírus H7N9, que até o momento só afetava aves mas que já infectou várias pessoas, mutou para a uma forma suscetível de infectar humanos. "Foi detectada uma mutação no vírus que permite que os mamíferos se infectem", disse em entrevista coletiva em Genebra Gregory Hartl, porta-voz da OMS. Indicou que "parece que a mutação aconteceu de forma que torna mais fácil que se infectem os humanos".

Segundo a agência de saúde das Nações Unidas, até o momento há sete casos confirmados de pessoas infectadas com o vírus H7N9, embora ainda hoje as autoridades chinesas elevaram este número a 9, sendo três delas vítimas mortais. Hartl deixou claro que até o momento "não há nenhuma evidência" de que tenha havido contágio de pessoa a pessoa, por isso a fonte de infecção deve ser "ambiental".

De fato, não foi possível estabelecer qualquer relação epidemiológica entre as vítimas, já que não se determinou nenhum vínculo entre eles e provêm de uma vasta zona geográfica. Explicou que se sabe que duas das vítimas estiveram em contato com aves e outras duas com porcos, embora não confirmou nem descartou que os suínos fossem a fonte de contágio.

O porta-voz disse que até os contágios humanos desta semana, o H7N9, que leva esse nome técnico devido à estrutura das proteínas de sua superfície, havia sido detectado exclusivamente em aves. Finalmente, Hartl considerou de "moderada a alta" a possibilidade de que apareçam mais infectados, dado o ritmo em que foram aparecendo os casos desde que se lançou o alarme no domingo passado. EFE mh/tr

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Hipertensão causa morte de 9,4 milhões de pessoas anualmente, revela OMS

 

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/hipertensao-causa-morte-de-94-milhoes-de-pessoas-anualmente-revela-oms-03042013

3/4/2013 às 12h23

 

EFE

Genebra, 3 abr (EFE).- A hipertensão é uma doença crônica que causa a morte de 9,4 milhões de pessoas por ano em todo mundo, além de também estar relacionada com 45% dos ataques de coração e 51% dos derrames cerebrais, alertou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por conta deste fato, a OMS elegeu a hipertensão, ou tensão arterial alta, como tema do próximo Dia Mundial da Saúde, realizado a cada ano no dia 7 de abril para celebrar o aniversário da criação da entidade.

Com intenção de conscientizar as pessoas sobre seus riscos, a agência das Nações Unidas lembrou que, globalmente, as doenças cardiovasculares matam anualmente 17 milhões de pessoas, sendo que 9,4 milhões de mortes estão ligadas diretamente aos problemas de hipertensão.

Segundo os últimos dados da OMS, divulgados ainda em 2008, 40% dos adultos com mais 25 anos no mundo sofriam de hipertensão, ou seja, um bilhão de pessoas, enquanto, em 1980, esta doença afetava 600 milhões de pessoas com mais de 25 anos. Um dos principais problemas que a luta contra hipertensão enfrenta é o fato de que ela afeta especialmente os países de média e baixa renda. De fato, 80% das mortes causadas por doenças cardiovasculares ocorrem nos países em desenvolvimento. Esse fato não está ligado ao fato dos países menos desenvolvidos possuírem populações maiores, mas à fragilidade dos sistemas de saúde.

De acordo com a OMS, a maioria dos casos de hipertensão nos países subdesenvolvidos não é diagnosticado, controlado e nem tratado. Concretamente, o maior índice de casos de hipertensão no mundo é o da região africana, com 46%, enquanto a menor incidência se dá na região das Américas. "Nos países desenvolvidos, os sistema de saúde detectam de forma adiantada a doença e, por isso, tratam com mais agilidade, já que têm meios para isso. No entanto, em lugares da África, não só os sistemas de saúde são frágeis, mas os hábitos culturais também mudaram e para pior", explicou Shanthi Mendis, diretora interina do departamento de Gestão das Doenças Não Transmissíveis da OMS. "Os africanos não fazem tanto exercício como antes e comem muitos alimentos salgados. Os preços das matérias-primas também estão altos, o que dificulta o acesso aos produtos naturais", acrescentou Shanthi.

O consumo de tabaco, o excesso de sal e de açúcar, a falta de exercícios físicos e o colesterol alto são algumas das principais causas diretas da hipertensão. "A detecção precoce da hipertensão e a redução dos riscos de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais geram muito menos custos às pessoas e aos Governos que uma cirurgia de coração e outras intervenções que podem ser necessárias se a tensão arterial não for controlada", concluiu. EFE mh/fk

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Quase 100% dos vídeos sobre doenças do coração que circulam na internet têm informações erradas

 

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/quase-100-dos-videos-sobre-doencas-do-coracao-que-circulam-na-internet-tem-informacoes-erradas-03042013

3/4/2013 às 00h15 (Atualizado em 3/4/2013 às 09h07)

Pesquisa de estudante de medicina será apresentada nesta quinta-feira (4) em congresso

Do R7*

Getty ImagesAssistir a vídeos incorretos é fazer a pessoa deixar de acreditar nas orientações médicas

Uma pesquisa realizada no Brasil mostra que quase 96% dos vídeos publicados no YouTube sobre as doenças do coração trazem informações incorretas. Os dados do estudo serão divulgados nesta quinta-feira (4) durante o 30º Congresso de Cardiologia da Socerj (Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro), no Centro de Convenções Sul América.

De acordo com a autora da pesquisa, Nathália Monerat, dos 1.152 vídeos analisados, apenas 50 (4,3%) apresentavam o conteúdo correto. A análise foi feita em seis meses sob orientação do cardiologista Jader Azevedo. Para selecionar os vídeos, ela também avaliou os recursos audiovisuais (slides e imagens em 3D), a graduação do autor, além do direcionamento do vídeo, ou seja, se ele foi feito por produção acadêmica ou de forma independente.

— Vi erros conceituais, de tratamentos [médicos] e nas fontes bibliográficas. Muitas vezes, a informação não condizia com o que está sendo procurado.

Cochilada pode ajudar saúde do coração e evitar infarto

Cientistas descobrem molécula que pode regenerar coração

Cientistas usam vírus para criar 'marca-passo biológico'

Entre os temas mais buscados pelos internautas, os de arritmia cardíaca (alterações dos batimentos cardíacos) eram os que tinham mais erros, seguido de hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. A ideia deste estudo surgiu a partir de outro trabalho feito durante a sua graduação no Centro Universitário de Volta Redonda, no Rio de Janeiro.

Segundo Nathália, uma das graves consequências de assistir a vídeos incorretos é fazer a pessoa deixar de acreditar em seu médico para seguir orientações da internet.

— Dependendo da gravidade da doença, essa atitude poderá prejudicá-lo.

Fuja das ciladas da internet

Apesar de a internet oferecer boas informações para o internauta, a pesquisadora ressalta que é muito importante que se verifique a qualidade das fontes utilizadas para produção do vídeo, além da formação profissional do autor. A credibilidade da informação dependerá de como e aonde o usuário da internet buscar.

— No caso de saúde, os sites de hospitais e sociedades brasileiras, como a Socerj, são fontes adequadas, pois apresentam notícias, pesquisas e artigos científicos com melhor embasamento teórico e mais atualizados.  

*Camila Savioli, estagiária do R7

Teste caseiro para detectar HIV pode ajudar a combater epidemia

 

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,teste-caseiro-para-detectar-hiv-pode-ajudar-a-combater-epidemia-,1016290,0.htm

Segundo estudo, exame feito em casa pela própria pessoa evita estigma e medo provocados por ida a unidade de saúde

03 de abril de 2013 | 2h 05

O Estado de S.Paulo

Testes caseiros para detectar HIV podem ser uma alternativa para auxiliar no controle da epidemia de aids. Ainda hoje, o estigma e o medo impedem pessoas de comparecer a um centro de saúde para fazer o exame.

A conclusão é de uma revisão de estudos publicada ontem pela revista PloS Medicine. O trabalho, feito na Universidade McGill, no Canadá, levou em conta 21 pesquisas anteriores que avaliaram a estratégia do autoteste em sete países. Ao todo, 12.402 indivíduos participaram.

O autoteste, que é feito em casa e detecta a doença pela saliva, teve alta aceitabilidade, índice que variou de 74% a 96%. Entre 61% e 91% dos voluntários declararam preferir o teste caseiro ao feito em unidades de saúde.

O que facilitou a preferência tanto pelo autoteste supervisionado quanto pelo não supervisionado, segundo o estudo, foi "privacidade, anonimato, economia de tempo e conveniência".

Uma das autoras, Nitika Pant Pai, cita que mesmo na América no Norte a discriminação contra o diagnóstico de HIV ainda é excessivo. "Tanto é que 40% dos pacientes com HIV dos EUA aparecem nos hospitais com uma infecção avançada", diz.

No Brasil, esse teste não é aprovado. Para Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids-SP, a estratégia deveria ser testada no País. "Hoje, identificamos como principal estratégia a realização de testes nos serviços de saúde, com acolhimento e orientação."

Para o infectologista Olavo Henrique Munhoz Leite, da Faculdade de Medicina do ABC, os resultados representam uma quebra de paradigma. "Passamos anos a fio falando da importância do aconselhamento pré-teste. Mas os resultados mostram que as pessoas aderem muito mais fazendo o teste sozinhas em casa." / MARIANA LENHARO

Crianças com apneia do sono têm cinco vezes mais risco de TDAH

 

Fonte: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/34306/geral/criancas-com-apneia-do-sono-tem-cinco-vezes-mais-risco-de-tdah

01/04/2013 às 10h00:00   

 

Estudo sugere que distúrbio do sono persistente também está ligado a problemas de aprendizagem e notas baixas na escola

Foto: Maya Kruchenkova/Foto Stock

Resultados indicaram que as chances de ter problemas de comportamento eram quatro a cinco vezes maiores em crianças com incidência de apneia do sono

Resultados indicaram que as chances de ter problemas de comportamento eram quatro a cinco vezes maiores em crianças com incidência de apneia do sono

Crianças com apneia obstrutiva do sono, forma comum de distúrbio respiratório do sono, têm maior risco de desenvolver Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), bem como outros problemas comportamentais e de aprendizagem.

As descobertas trazem informações úteis para os profissionais médicos que atuam na busca por tratamentos deste distúrbio do sono e seus reflexos no comportamento do paciente. "Também deve ser considerada a possibilidade de que a apneia obstrutiva do sono contribua para dificuldades como hiperatividade, aprendizagem e transtornos comportamentais e emocionais na sala de aula", afirma a autora da pesquisa Michelle Perfect.

A pesquisa, feita ao longo de cinco anos, examinou 263 crianças hispânicas e caucasianas de 6 a 11 anos, que passaram por avaliações neurocomportamentais.

A análise mostrou que 23 crianças tiveram incidentes de apneia ao longo do estudo, e 21 apresentaram o distúrbio de maneira persistente. Outras 41 crianças que inicialmente

Os resultados indicaram que as chances de ter problemas de comportamento eram quatro a cinco vezes maiores em crianças com incidência de apneia do sono e seis vezes maiores nas crianças que tinham apneia do sono persistente.

Em comparação com os jovens que nunca tiveram apneia, as crianças com a condição eram mais propensas a problemas nas áreas de hiperatividade, atenção, comportamentos disruptivos, comunicação e sociabilidade. Crianças com apneia do sono persistente também tinham sete vezes mais chances de ter problemas de aprendizagem e três vezes mais chances de ter as notas baixas na escola.

"Mesmo que a apneia pareça diminuir na adolescência, ter uma abordagem de 'esperar para ver' é arriscado e famílias e clínicos devem identificar potenciais tratamentos", afirma Perfect.

De acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono, apneia obstrutiva do sono ocorre em cerca de 2% das crianças que são saudáveis. As crianças com apneia do sono têm, geralmente, amígdalas e adenoides maiores do que outras crianças da sua idade, e a maioria das crianças com apneia do sono têm uma história de ronco alto. Opções de tratamento eficazes para crianças incluem a remoção cirúrgica das amígdalas e adenoides.

Governo define regras para serviços de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual

 

Fonte: http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/04/governo-define-regras-para-servicos-de-atencao-integral-as-pessoas-em

Paula Laboissière - Agência Brasil02.04.2013 - 10h40 | Atualizado em 02.04.2013 - 11h07

Em média, seis em cada dez profissionais que identificam violações durante atendimento se omitem e não encaminham a denúncia aos órgãos competentes.(peevee@ds / Creative Commons)

Brasília – Portaria do Ministério da Saúde publicada hoje (2) no Diário Oficial da Uniãodefine regras para a habilitação e o funcionamento dos Serviços de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a publicação, as ações em saúde serão organizadas da seguinte forma: Serviço de Atenção Integral para Mulheres em Situação de Violência Sexual; Serviço de Atenção à Interrupção de Gravidez nos Casos Previstos em Lei; Serviços de Atenção Integral à Saúde de Crianças; e Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em Situação de Violência Sexual; Serviço de Atenção Integral para Homens em Situação de Violência Sexual; e Serviço de Atenção Integral para Pessoas Idosas em Situação de Violência Sexual.

A portaria prevê que compete a hospitais gerais, maternidades, pronto-socorros e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) prestar serviços como acolhimento; atendimento clínico; atendimento psicológico; dispensação e administração de medicamentos; notificação compulsória institucionalizada; referência laboratorial para exames necessários; e referência para coleta de vestígios de violência sexual.

“Os estabelecimentos de saúde que compõem o Serviço de Atenção Integral à Saúde de Pessoas em Situação de Violência Sexual constituem portas de entrada do SUS e funcionarão em regime integral, 24 horas por dia e nos sete dias da semana, e sem interrupção da continuidade entre os turnos, sendo de competência do gestor local de saúde a regulação do acesso aos leitos em casos de internação”, informou o ministério.

No mês passado, a Agência Brasil publicou uma série de matérias destacando que o medo de represálias leva profissionais de saúde a deixar de denunciar casos suspeitos de violência contra crianças. Estudos de universidades brasileiras a que a reportagem teve acesso apontam que, em média, seis em cada dez profissionais que identificam violações durante atendimento se omitem e não encaminham a denúncia aos órgãos competentes, contrariando o que está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A notificação obrigatória de casos suspeitos ou confirmados de violência é reforçada para quem atende no SUS por uma portaria do Ministério da Saúde, publicada em março de 2001.

Edição: Lílian Beraldo

  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0

Gastos públicos crescem, mas modelo de saúde ainda vive contradição no Brasil

 

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/04/130402_saude_gastos_publicos_lgb.shtml

Luís Guilherme Barrucho

Da BBC Brasil em São Paulo

Atualizado em  2 de abril, 2013 - 05:43 (Brasília) 08:43 GMT

Hospital no Brasil (BBC)

População ainda paga da do seu bolso mais de 50% dos gastos com saúde no Brasil

Apesar do investimento substancial em saúde nos últimos anos, o Brasil ainda vive uma contradição: é um país onde a população paga de seu próprio bolso mais de 50% dos gastos no setor, embora tenha um sistema público de saúde ''gratuito e universal''.

A contradição é apontada por especialistas com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) compilados pela BBC Brasil.

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Os números revelam que, em 2011 - os últimos dados disponíveis - os gastos privados com a saúde responderam por cerca de 54% das despesas totais na área, enquanto que o governo financiou os 46% restantes.

Parcela do orçamento dos governos investida na saúde *

Suíça – 21%

Holanda – 20,6%

Argentina – 20,4%

Estados Unidos – 19,8%

Colômbia – 18,5%

Alemanha – 18,5%

Japão – 18,2%

Noruega – 17,7%

Chile – 15,1%

China – 12,5%

Brasil – 8,7%

Índia – 8%

Afeganistão – 3,3%

Média mundial – 11,7%

* Fonte: OMS/2011

A taxa é inversamente proporcional à de muitos países ricos e de alguns emergentes, em que a maior parte dos investimentos na saúde é feita pelos governos, como é o caso da Noruega (86%), Luxemburgo (84%), Grã-Bretanha (83%) e Japão (80%), além de Turquia (75%), Colômbia (74%) e Uruguai (68%).

Segundo a OMS, no Brasil a parcela do orçamento federal destinada à saúde (em torno de 8,7%) também é menor, inclusive, do que a média dos países africanos (10,6%) e a média mundial (11,7%). Dez anos atrás, no entanto, a situação era ainda pior: apenas 4,7% dos gastos públicos eram investidos na saúde.

Os dados também mostram que o gasto anual do governo com a saúde de cada brasileiro (US$ 477 ou R$ 954), apesar de ter mais do que dobrado na última década, permanece em um patamar inferior à média mundial (US$ 716 ou R$ 1432) e representa apenas uma fração do que países ricos destinam a seus cidadãos.

Em Luxemburgo, por exemplo, que lidera a lista, o governo gasta, por ano, US$ 5,8 mil (R$ 11,6 mil) na saúde de cada habitante, ou 12 vezes o valor do Brasil.

Países vizinhos, como Argentina (US$ 869 ou R$ 1.738) e Chile (US$ 607 ou R$ 1.214), também destinam mais recursos na saúde de seus habitantes.

"Os dados evidenciam que o nosso sistema público de saúde está subfinanciado e necessita de mais aportes de modo a permanecer gratuito e universal", defende Lígia Bahia, professora da UFRJ e uma das maiores especialistas do setor no Brasil.

Bolsa-saúde?

Especialistas também criticaram um eventual pacote de estímulos a operadoras de assistência médica privadas como forma de desafogar a saúde pública e ampliar o número de atendimentos na área.

Gasto em saúde por habitante (em US$)*

Luxemburgo – 5,8 mil

Noruega – 4,8 mil

Holanda – 4,4 mil

Estados Unidos – 3,9 mil

Suíça – 3,6 mil

Argentina – 869

Chile – 607

Brasil – 477

Nigéria – 51

Média mundial – 716

* Fonte: OMS/2011

''Esse dinheiro deveria financiar o SUS, que necessita de mais recursos. Do contrário, trata-se de um passo à privatização do sistema de saúde'', argumenta Thelman Madeira de Souza, ex-funcionário do Ministério da Saúde e analista da área.

Conforme noticiou o jornal Folha de São Paulono final de fevereiro, o governo teria mantido conversas internas para lançar medidas de incentivo aos planos de saúde, incluindo desonerações fiscais e linhas de financiamento.

Em nota enviada à BBC Brasil, entretanto, o Ministério da Saúde negou a informação.

''Não foi apresentada, nem discutida pelo governo federal proposta de ampliar a isenção fiscal do Imposto de Renda para planos de saúde. Essa proposta não existe na agência regulatória da ANS.''

Setor de genéricos vê ‘impacto simbólico’ de decisão na Índia

 

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/04/130401_patentes_medicamentos_pai.shtml

Paula Adamo Idoeta

Da BBC Brasil em São Paulo

Atualizado em  1 de abril, 2013 - 17:43 (Brasília) 20:43 GMT

Decisão indiana foi comemorada por ONGs e setor de genéricos, mas criticada pela indústria

A decisão da Justiça indiana, que rejeitou um pedido da farmacêutica Novartis pela patente de um medicamento para combate ao câncer, pode ter efeitos "simbólicos" no Brasil, opina o setor de genéricos – que, na Índia, será beneficiado pela medida judicial.

A Novartis tentava proteger a patente de uma nova versão do remédio Glivec, usada contra leucemia mieloide crônica e contra um tipo de tumor gastrointestinal, mas as autoridades indianas consideraram a versão do medicamento muito parecida com a anterior.

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Observadores creem que a medida pode ter impacto global, já que a indústria de genéricos da Índia – que movimenta US$ 26 bilhões, segundo a agência de notícias France Presse – poderá continuar produzindo versões genéricas mais baratas do Glivec.

No Brasil, o efeito jurídico é nulo, já que medicamentos usados aqui têm de respeitar a lei brasileira de patentes – e, além disso, a patente do próprio Glivec expirou em abril do ano passado no Brasil.

"Mas há relevância do ponto de vista político, do efeito disseminador" da busca pelo barateamento de medicamentos, opina à BBC Brasil o advogado Raul Alejandro Peris, especializado na área de saúde.

É também a opinião de Telma Salles, presidente da Pró-Genéricos, entidade que representa o setor no Brasil.

"Há um impacto simbólico, de jurisprudências internacionais e de consciência de que, passado o prazo da patente, qualquer mudança (em medicamentos) não poderá ser vista como uma inovação", diz ela. "A população precisa de oferta de medicamentos baratos, e os países em desenvolvimento têm dificuldade em fazer frente a isso."

Barateamento x pesquisas

Na Índia, o tratamento mensal com o Glivec custa cerca de US$ 2,6 mil (cerca de R$ 5,2 mil), enquanto que o tratamento com o genérico equivalente custa US$ 175 (R$ 350) mensalmente.

Por conta disso, a medida indiana foi comemorada por organizações como a Médicos Sem Fronteiras, que argumenta que a decisão de não conceder a patente "salvará muitas vidas ao redor do mundo em desenvolvimento".

Já a Novartis lamentou a decisão, argumentando que ela inibe investimentos em pesquisas farmacêuticas na Índia. Mas afirmou que isso não deve alterar seus medicamentos em outros países.

"(As patentes) são o motor da pesquisa médica. Na Índia, a empresa está reconsiderando seus investimentos, mas isso não deve afetar outros países. Não é um problema no Brasil. Confiamos que o país respeita as patentes", diz à BBC Brasil Patrick Eckert, gerente-geral da Novartis Oncologia.

Ao mesmo tempo, o advogado Peris questiona qualidade geral dos medicamentos genéricos importados da Índia.

"A Índia não tem tradição de se preocupar muito com a questão da bioequivalência (a semelhança do genérico com o medicamento original, que tem de ser de 70%) ou com medidas de farmacovigilância. É uma insegurança para quem está tomando o remédio", diz ele.

"Muitos festejam pela acessibilidade (permitida pela quebra de patentes), mas me preocupa que seja uma questão meramente financeira. Falta um controle mais rigoroso."

Patentes no Brasil

Não é, porém, o caso do Glivec no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o medicamento teve sua patente vencida há cerca de um ano, e seu princípio ativo (mesilato de imatinibe) passou a ser fabricado no Brasil em outubro, em parceria entre os laboratórios públicos de Farmanguinhos (da Fiocruz) e Vital Brasil e cinco empresas privadas. Está em seu segundo lote.

Segundo Hayne Felipe da Silva, diretor-executivo do laboratório de Farmanguinhos, a decisão da Índia "ajuda quem defende a tese de que haja (concessão) de patente só quando houver uma grande inovação", em vez de apenas uma mudança no medicamento.

Com a parceria, o Glivec passou a ser comprado pelo Ministério da Saúde por R$ 17,50 (100mg) ou R$ 70 (400mg) – cerca de 17% mais baratos, gerando economias de R$ 337 milhões em cinco anos.

Ao mesmo tempo, existe no país um debate em torno do processo de concessão de patentes de remédios, que pode demorar anos.

As patentes são avaliadas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), subordinado ao Ministério do Desenvolvimento. Uma resolução recente do instituto promete agilizar a análise de produtos e medicamentos que sejam considerados prioritários pelo Ministério da Saúde.

A concessão de patentes de drogas passa também pelo crivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que tem como missão analisar se o medicamento traz inovações.

Esse processo também passa por reformulação, e o resultado pode ser que a Anvisa possa se manifestar quanto ao medicamento antes mesmo do Inpi. Além disso, avalia-se se a Anvisa poderá se manifestar contra a patente se o medicamento for de interesse do SUS.

Segundo audiência pública sobre o tema, a Anvisa se manifesta contra em apenas 2% dos pedidos de patente.

Queixas contra planos de saúde quintuplicam em dez anos

 

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/04/130329_planos_de_saude_reclamacoes_lgb.shtml

Luís Guilherme Barrucho

Da BBC Brasil em São Paulo

Atualizado em  2 de abril, 2013 - 05:27 (Brasília) 08:27 GMT

Transplante de córnea / Agência Brasil

Negativa de cobertura concentra maior número de reclamações contra planos de saúde

Com um crescimento acelerado do número de segurados, em grande parte devido à expansão da classe média, os planos de saúde tornaram-se alvo, nos últimos dez anos, de um aumento acentuado de queixas no Brasil - o que é visto por especialistas como reflexo das deficiências do setor.

Dados obtidos pela BBC Brasil com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável por regular a atividade das operadoras de assistência médica e odontológica no país, revelam que de dezembro de 2002 a setembro de 2012 (última estimativa disponível) o número de reclamações registradas por usuários na autarquia federal praticamente quintuplicou, passando de 16.415 para 75.916, um crescimento de 362%.

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No mesmo período, a quantidade de planos de saúde em atividade no país caiu 36%, de 2.407 para 1.542, ao passo que o universo total de beneficiários, incluindo aqueles com planos exclusivamente odontológicos, ganhou aproximadamente 32 milhões de novos usuários.

Segundo a ANS, além do crescimento da base de clientes, o incremento no número de reclamações foi resultado, entre outros fatores, de uma atuação mais rigorosa da agência.

Na avaliação de Bruno Sobral, diretor do órgão, a autarquia ganhou visibilidade ao tornar-se uma espécie de "porto seguro" para consumidores descontentes com seus planos de saúde, criando garantias para que suas demandas sejam solucionadas e incentivando, assim, o registro de mais queixas.

Já para a FenaSaúde, entidade que representa 15 grupos empresariais do setor, a multiplicação das queixas "não reflete, necessariamente, um aumento dos problemas".

Segundo a associação, os consumidores possuem atualmente "muito mais canais para encaminhar suas queixas à ANS ou aos órgão de defesa do consumidor".

Mas, de acordo com especialistas consultados pela BBC Brasil, o aumento na quantidade de reclamações, apesar de ter acompanhado a evolução do número de pessoas com acesso a plano de saúde (que cresceu de 35,2 milhões, em 2002, para 67,1 milhões, em 2012), evidencia, sobretudo, que o setor ainda sofre com falhas, como a falta de fiscalização e a lentidão no julgamento dos processos.

Líder de reclamações

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), há mais de uma década, os planos de assistência médica são os principais "vilões do consumo" do país, liderando o ranking de atendimentos no órgão.

Reclamações contra planos de saúde
  • 2002 - 16.415
  • 2003 - 20.396
  • 2004 - 30.543
  • 2005 - 20.366
  • 2006 - 16.359
  • 2007 - 7.018
  • 2008 - 15.895
  • 2009 - 23.984
  • 2010 - 30.865
  • 2011 - 54.178
  • 2012 - 75.916

Fonte: ANS

A compilação, feita com base no cruzamento de dados de Procons (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) de todo o Brasil, indica que as principais queixas dos segurados se referem à negativa de cobertura (quando o usuário é impedido de receber determinado tratamento apesar de previsto no plano), reajuste por faixa etária e anual e descredenciamento de prestadores de serviço.

No ano passado, segundo dados da ANS, houve 400 milhões de atendimentos em todo o país, e, das 75.916 reclamações registradas no órgão, cerca de 75,7% foram relacionadas à cobertura.

Além disso, de acordo com a entidade, um dos motivos pelos quais o setor se mantém na liderança das queixas é o crescimento dos planos coletivos - entre eles os falsos coletivos (oferecidos a pequenos grupos de consumidores) -, que hoje representam mais de 70% do espectro total no Brasil.

Para eles, por exemplo, a ANS não determina um teto máximo de reajuste anual, como faz com planos individuais.

"Por oferecerem um serviço de relevância pública, as operadoras deveriam seguir os parâmetros do acesso integral à saúde, mas, na prática, não é isso que acontece", afirma Joana Cruz, advogada do Idec.

"Infelizmente, a lógica dos planos de saúde é a do lucro máximo e a qualquer preço. Isso se dá, normalmente, através de corte de custos. Além da negativa de cobertura, os planos de saúde impedem que o médico decida sozinho sobre procedimentos mais caros e, não raro, preferem contratar profissionais de baixo padrão técnico", diz Thelman Madeira de Souza, ex-funcionário de carreira do Ministério da Saúde e analista da área.

Procedimentos negados

Outro estudo realizado pelo Idec aponta que, entre janeiro de 2010 e maio de 2012, os procedimentos mais negados pelas operadoras estavam previstos tanto no rol de procedimentos da ANS - listagem mínima de consultas, cirurgias e exames que um plano de saúde deve oferecer - quanto na Lei de Planos de Saúde, que definiu as normas para o setor em 1998.

Entre eles, havia consultas médicas, exames de sangue, partos e cirurgias de estômago.

Para alguns especialistas, entretanto, o consumidor acaba prejudicado pela aparente falta de um orientação única sobre que procedimentos devem ser atendidos pelas operadoras.

"Pela lei, as operadoras são obrigadas a realizar procedimentos para as doenças listadas pela Organização Mundial da Saúde, salvo algumas exceções", explica Lígia Bahia, professora da UFRJ e uma das maiores especialistas na área.

"Mas nem tudo está presente no rol da ANS. Como resultado, os planos de saúde baseiam-se nessa lista e deixam de realizar procedimentos assegurados pela legislação", acrescenta.

Um dos exemplos, segundo Bahia, é o transplante de fígado, que não está incluído na lista da agência, apesar de ser contemplado pela OMS.

Lentidão

A lentidão no julgamento dos processos contra os planos de saúde também é alvo de críticas dos especialistas.

O mesmo levantamento do Idec aponta que, no período analisado, o tempo mediano de resolução para reclamações sobre negativa de cobertura foi de 21 dias em 2011 e 29 dias em 2012.

Para outros processos, entretanto, a duração pode ultrapassar anos.

Segundo o advogado Vinícius de Abreu, fundador da ONG Saúde Legal, que busca defender os direitos e garantias dos usuários dos sistemas de saúde público (SUS) e privado, outro aspecto da morosidade é constatado na suspensão de planos de saúde.

"A ANS demora muito para suspender ou liquidar operadoras que infrinjam as regras”, afirma. É preciso que a agência aplique punições mais severas e rápidas", defende.

Outro lado

O Ministério da Saúde, por outro lado, argumenta que tem tomado ações para tornar o monitoramento das operadoras ainda mais rigoroso.

Em nota enviada à BBC Brasil, o órgão informa que entre as iniciativas, destacam-se "a determinação para a marcação de consultas, exames e cirurgias e a suspensão dos planos que não cumprem os prazos estabelecidos".

Segundo a pasta, em 2012, 396 planos de saúde de 96 operadoras foram suspensos temporariamente por não cumprirem os prazos.

Além disso, o Ministério da Saúde destaca que as operadas terão de justificar por escrito, em até 48 horas, as negativas de coberturas. A resolução entrará em vigor no próximo dia 7 de maio.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Planos cobrem só cesárea em parte dos hospitais

 

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,planos-cobrem-so-cesarea-em-parte-dos-hospitais-,1015814,0.htm

02 de abril de 2013 | 2h 04

O Estado de S.Paulo

Para o presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), César Eduardo Fernandes, contratos entre planos de saúde e maternidades que preveem apenas partos agendados são "irracionais". A situação de gestantes que se surpreendem ao descobrir que seus planos não cobrem parto normal em determinados estabelecimentos conveniados - mas apenas cesáreas agendadas - foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.

"Não vejo como uma maternidade possa aceitar apenas internações com hora marcada. Não é de sua natureza", diz Fernandes.

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos com cobertura obstétrica têm a obrigação de colocar à disposição opções de hospital ou maternidade que ofereçam o serviço de parto normal. Porém, "é permitido que existam contratos com determinados estabelecimentos que incluam apenas a opção de 'emergência/urgência' ou apenas a opção de 'internação", segundo a agência.

Por causa desse tipo de brecha, a mulher deve redobrar a atenção na hora de escolher a operadora e observar se as maternidades onde gostaria de ter o bebê aceitam determinado plano para parto normal.

"Com relação à prática de não atendimento a partos normais, recomendamos que a denúncia seja feita ao Conselho Federal de Medicina (CFM)", diz a ANS.

A Maternidade São Luiz, que atende planos que não dão cobertura para internação via pronto-socorro, afirma que, em situações de emergência, presta o atendimento a todas as pacientes, possuindo ou não plano de saúde.

"Prestamos o atendimento obstétrico aos conveniados, de acordo com as regras contratuais previamente estabelecidas, independentemente do tipo de parto." / MARIANA LENHARO

Irineu Degasperi, biólogo do ES, fala sobre técnica para preservar a fertilidade de mulheres com câncer

 

Fonte: http://g1.globo.com/videos/espirito-santo/bom-dia-es/t/edicoes/v/medico-do-es-fala-sobre-tecnica-para-preservar-a-fertilidade-de-mulheres-com-cancer/2493125/

Irineu Degasperi, câncer e fertilidade: pacientes jovens terão suas chances de engravidar elevadas

 

Artigo de autoria de Ariane Franco, assessora de comunicação da Clínica Unifert.

Uma das questões mais delicadas em jovens pacientes diagnosticadas com câncer é em relação a sua fertilidade. Dependendo do estágio da doença, elas são submetidas às sessões de quimioterapia, o que as deixam estéril.

Entretanto, existem algumas técnicas para preservar o desejo de engravidar dessas pacientes. A mais recente, é a Criopreservação do Tecido Ovariano. Ainda é uma técnica muito recente em todo o mundo, e que consiste no congelamento do tecido ovariano dessas mulheres, assim que for diagnosticado o câncer, e re-implantado assim que o tratamento seja finalizado.

O único brasileiro selecionado a participar de uma capacitação que envolve esta nova técnica é o biólogo capixaba Irineu Degasperi (http://www.facebook.com/irineu.degasperi) da Unifert – Centro Avançado de Reprodução Humana (http://www.unifert.com.br). O curso ministrado pelos doutores Vladimir Isachenko e Eugênia Isachenko, responsáveis pelo primeiro nascimento após criopreservação de tecido ovariano na Alemanha, aconteceu entre os dias 18 e 20 de março, na Universidade de Cologne. Durante as aulas práticas, foram demonstradas como se deve retirar o tecido ovariano, a sua preparação, congelamento, descongelamento e re-implante do tecido, que visa a preservação da fertilidade dessas pessoas.

“No Espírito Santo, esta técnica não existe. Participar deste curso foi o primeiro passo que demos rumo ao futuro. Agora, será feito um estudo de viabilidade para planejarmos quando vamos iniciar esse procedimento, uma vez que, os equipamentos utilizados são totalmente específicos e constatamos que existe uma demanda”, destaca Irineu.

Na Europa, aproximadamente 26 bebês nasceram a partir desta técnica, que ainda é muito recente.

A principal vantagem da criopreservação do tecido ovariano é de que este elemento saudável estará preservado por um tempo geralmente longo – entre 4 e 6 anos. “Inclusive, pode-se ocorrer uma gravidez natural. Por exemplo, uma paciente com 24 anos tenha sido diagnosticada com câncer, decide retirar o tecido ovariano com o objetivo de não se tornar estéril – uma vez que a quimioterapia tem este poder. Quando ela receber alta do profissional que está a acompanhando, é re-implantado no local onde era o ovário dela. Com cerca de 6 meses, essa mulher volta a menstruar e ter ciclos, e então ela está pronta para gerar um filho”, explica o biólogo.

Técnicas utilizadas hoje

Atualmente, as pacientes que possuem câncer podem contar com a Criopreservação de Embriões – embriões resultantes de técnicas de Fertilização In Vitro podem ser congelados para a implantação no útero após a realização do tratamento do câncer.

Ariane Franco
Jornalista - MTB 1911/ES

Fiocruz desenvolve teste mais simples e eficaz para detectar vírus da hepatite C

 

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,fiocruz-desenvolve-teste-mais-simples-e-eficaz-para-detectar-virus-da-hepatite-c-,1015810,0.htm

02 de abril de 2013 | 2h 04

FERNANDA BASSETTE - O Estado de S.Paulo

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, desenvolveram um teste para diagnóstico de hepatite C mais simples e mais eficaz que o atual. Bastam três gotas de sangue e um papel filtro para coletar a amostra. Além disso, o teste é capaz de detectar a presença da proteína do vírus e de anticorpos - e não apenas dos anticorpos, como ocorre no teste tradicional.

O estudo que confirma a eficácia dessa técnica acaba de ser publicado no Journal of Medical Virology. Segundo a pesquisadora Lívia Melo Villar, do Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz, a nova técnica tem sensibilidade superior a 90% - o que é considerado muito bom para exames imunoenzimáticos - e, além disso, reduz o tempo da janela imunológica de 66 dias para cerca de 40 dias.

Isso significa que o teste atual só consegue detectar a presença de anticorpos 66 dias depois de a pessoa ter contato com o vírus. Com esse exame, será possível confirmar o diagnóstico 26 dias antes - já que será possível analisar a presença do vírus e não apenas os anticorpos.

No estudo recém-publicado, os pesquisadores compararam a eficácia do teste com o Elisa - considerado padrão ouro, mas que não detecta a presença do vírus. Ao todo, participaram 386 pessoas com idade média de 40 anos. A próxima etapa, segundo Lívia, é reproduzir o teste em maior escala, em todo o País, para avaliar se os resultados se repetem.

Além de detectar a presença da proteína do vírus, uma outra vantagem dessa técnica em comparação com o teste atual é que o uso de agulhas, seringas e a refrigeração das amostras de sangue a - 20ºC ficam dispensados. Também não é mais necessário ter um técnico especializado na coleta de sangue venoso, já que a amostra é coletada por meio de um furinho no dedo.

Segundo Lívia, o novo teste é uma adaptação de uma técnica que havia sido desenvolvida para detectar hepatite B. "Procuramos aproveitar técnicas e materiais que já estão em uso na rede pública de saúde para criar uma abordagem mais barata e simples de detecção de anticorpos e do antígeno", explica.

Além disso, diz Lívia, havia também o problema com a coleta e o transporte de amostras de sangue em populações que moram em regiões muito afastadas. "Muitas vezes essas amostras chegavam ao laboratório em condições inadequadas, em temperatura ambiente, o que prejudicava a análise e o resultado", diz.

Sangue. Na técnica desenvolvida por Lívia, a amostra de sangue seco passa por um processo de diluição para que o sangue seja retirado do papel de filtro e submetido à análise. As amostras podem ser enviadas pelos Correios e ficar armazenadas por até 15 dias em temperatura ambiente sem queda na qualidade dos resultados.

"Sem precisar de um profissional da saúde especializado, nem de refrigeração, nem de gelo seco para o transporte certamente fará custo da técnica cair", diz.

Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, diz que tudo o que existe para simplificar e agilizar o diagnóstico da hepatite C é bem-vindo. "A tecnologia do uso do papel filtro já existia e foi adaptada. A grande novidade desse teste é conseguir analisar a presença do antígeno", diz Greco.

A metodologia ainda não está disponível no mercado porque ainda precisa ser testada em mais pessoas, em todas as regiões do País para confirmar a sua eficácia em diferentes populações. Mas, segundo Greco, se for confirmada a sua eficácia, a tendência é que ele seja adotado como padrão e como rotina em toda a rede pública.

Desafio do autista é transmitir ao mundo o que se sente

 

Fonte: http://www.jornalnh.com.br/pais/447223/desafio-do-autista-e-transmitir-ao-mundo-o-que-se-sente.html

Dia Mundial de Conscientização do Autismo - 02/04/2013 09h06

Atualizado em 02/04/2013 09h11

 

O autismo é uma condição encontrada em 20 de cada 10 mil nascidos

Agência Brasil

Brasília  - Se você sente fome, frio ou dor e precisa de ajuda, o que fazer? Imagine você impossibilitado de dizer o que quer, o que precisa? Se conseguiu imaginar, então entendeu um pequeno fragmento do mundo de uma pessoa com autismo.

“O autismo me prendeu dentro de um corpo que não posso controlar”, disse Carly Fleishmann. A menina canadense quebrou uma espécie de barreira invisível e descobriu, aos 10 anos de idade, como mostrar aos pais o que queria. Mesmo sem ter aprendido a escrever, Carly encontrou no teclado de um computador a voz que lhe faltava.

Os comportamentos típicos do autismo continuavam, entre eles gritar, balançar os braços violentamente e realizar movimentos repetitivos. No entanto, esse comportamento passou a ter uma explicação: “Se não fizer isso, parece que meu corpo vai explodir. Se pudesse parar, eu pararia, mas não há como desligar. Sei o que é certo e errado, mas é como se estivesse travando uma luta contra o meu cérebro”, disse.

Carly aplicou conhecimentos absorvidos ao longo dos anos e escreveu as primeiras palavras. Desde então, foi estimulada por seus pais a digitar o que sentia. Assim, a menina mostrou à sociedade que os autistas não vivem em um universo particular, construído para isolá-los do mundo. Eles apenas precisam reagir de certa forma para se concentrar ou controlar uma intensa atividade cerebral. “Eu gostaria de ir à escola como as outras crianças, mas sem que me achassem estranha quando eu começasse a bater na mesa ou gritar. Eu gostaria de algo que apagasse o fogo”.

O autismo é uma condição encontrada em 20 de cada 10 mil nascidos. Manifesta-se antes dos 3 anos de idade e sua causa ainda não é clara, muito embora fatores genéticos sejam considerados sua principal origem.

O diagnóstico é feito a partir da observação do comportamento da criança. Normalmente, os pais detectam algum traço de indiferença ou isolamento excessivos. Resistência ao aprendizado e às mudanças de rotina, uso de objetos de forma incomum, inexistência de medo em situações potencialmente perigosas, agressividade e hiperatividade são alguns sintomas de autismo.

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