sábado, 8 de junho de 2013

Unaids e OIT vão realizar testes de Aids em 5 milhões de trabalhadores

O projeto tem como objetivo atingir as metas do milênico, chegando em 2015 com 15 milhões de HIV positivos em tratamento


























Novo projeto de iniciativa voluntária sobre testes de HIV espera atingir para 5 milhões de trabalhadores no mundo.
O projeto de teste e aconselhamento, batizado de VCT@Work está sendo capitaneado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids (Unaids).
Os testes, voluntários e confidenciais, devem ser conduzidos até 2015. O objetivo é assegurar que as pessoas que têm o vírus recebam tratamento e apoio dos serviços de saúde.
Em comunicado emitido nesta quinta-feira (6), o chefe da OIT, Guy Rider, disse que quer "mobilizar o poder da agência para incentivar 5 milhões de mulheres e homens a se submeterem ao teste". Ele apelou para participação dos Ministérios do Trabalho e organizações do setor em todo mundo.
A rápida ampliação da terapia antiretroviral, nos últimos anos, proporcionou o tratamento para o HIV para 8 milhões de pessoas. Com isso, elas podem viver mais tempo e de maneira mais saudável, além de ter vidas mais produtivas.
Local de Trabalho
De acordo com o Unaids, 7 milhões de soropositivos que têm direito não estão tendo acesso ao tratamento. Além disso, 40% das pessoas que vivem com o HIV em todo o mundo não sabem que têm o vírus e por isso não podem ser tratados. Em alguns países, este número ultrapassa os 50%.
Para o chefe do Unaids, se o local de trabalho abraçar a iniciativa do teste voluntário e confidencial, a luta pelo acesso ao tratamento dará um passo muito importante.
A iniciativa é parte dos esforços para se alcançar as Metas do Milênio da ONU. O alvo para 2015 é atingir 15 milhões de pessoas com tratamento para o HIV. O projeto é também parte da campanha "Alcançando Discriminação Zero" lançada pelo Unaids e pela Organização Mundial da Saúde, no Dia Mundial da Luta contra a Aids, marcado em 1º de dezembro, do ano passado.
Fonte: Isaude.net

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Neurônios são criados na vida toda, diz estudo

Próximo passo é tentar determinar a importância dessa neurogênese nas funções cerebrais






















A formação — ou não — de neurônios no cérebro humano ao longo da vida é um dos assuntos que mais “queimam neurônios” dos neurocientistas. Há evidências de que novas células neuronais são geradas em algumas estruturas cerebrais até a vida adulta, mas a frequência com que isso ocorre e a importância desse processo (chamado neurogênese) dentro da fisiologia do cérebro como um todo são temas ainda pouco compreendidos pela ciência.

Agora, em um estudo “bombástico” publicado na revista científica "Cell", pesquisadores revelam evidências diretas e inéditas de que neurônios são formados continuamente ao longo da vida no hipocampo, uma região do cérebro fortemente associada à memória e ao aprendizado. Mais especificamente, cerca de 700 novos neurônios por dia em cada hipocampo (o cérebro tem dois, um em cada hemisfério).


O estudo foi feito com cérebros congelados (doados após a morte) de pessoas entre 19 e 92 anos, sob a coordenação de cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia. Tão interessante quanto os resultados é o método que os pesquisadores desenvolveram para chegar até eles.
Para determinar a idade dos neurônios e concluir em que momento da vida eles foram gerados, utilizou-se uma técnica de datação de carbono semelhante à que se usa na arqueologia e na paleontologia para datação de fósseis e objetos antigos.
Cientistas mediram no DNA de cada neurônio a concentração de carbono-14, um isótopo de carbono não radioativo produzido pela explosão de bombas atômicas na superfície, nos vários testes realizados durante a Guerra Fria nas décadas de 1950 e 1960.
Comparando a concentração de carbono-14 nas células às concentrações de carbono-14 na atmosfera no passado, foi possível determinar em que ano cada neurônio foi gerado. Se um neurônio “nasceu” em 1995, mas a pessoa nasceu em 1965, por exemplo, isso significa que ele foi gerado na vida adulta.

O próximo passo é tentar determinar a importância dessa neurogênese nas funções cerebrais. Segundo cientistas, o fato de tantas células serem formadas continuamente sugere fortemente que elas têm um papel importante na manutenção das funções cognitivas do hipocampo ao longo da vida.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Busca por acupuntura no SUS cresce mais de 400% em cinco anos

Tratamento da medicina chinesa é oferecido principalmente nas Unidades Básicas de Saúde
































A acupuntura, uma técnica de tratamento da medicina chinesa, tem despertado, cada vez mais, o interesse dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos cinco anos a procura por atendimento cresceu 429%.
Em 2007 foram feitas 97.274 sessões de acupuntura pelo SUS, enquanto que neste ano, até setembro, já foram feitas 514.659 - incluindo as realizadas com agulhas, ventosas ou por eletroestimulação.
As aplicações de acupuntura feitas exclusivamente com agulhas somam mais da metade dos casos: 369.320, segundo levantamento do Ministério da Saúde feito a pedido do Estado. Só no estado de São Paulo, por exemplo, foram 39.631 atendimentos na rede pública em 2007 e 219.988 atendimentos até setembro deste ano, o que representa um acréscimo de 455%.
O acesso é oferecido principalmente nas unidades básicas de saúde, que são responsáveis por 70% dos atendimentos, seguido por 25% dos atendimentos feitos nas unidades especializadas (ambulatórios específicos) e 5%, nos hospitais (nos cuidados paliativos).
As principais indicações são alívio da dor crônica (hérnias de disco, lombalgias, artrites, enxaquecas), melhora da função respiratória, insônia, ansiedade, depressão e redução dos sintomas como dormência e enjoos em pacientes com câncer (mais informações nesta página).
O Ministério da Saúde repassou em 2011 R$ 5,6 milhões pelos procedimentos de acupuntura, incluindo as consultas, realizados nos 678 estabelecimentos que prestam o serviço pela rede pública. Neste ano, até agosto, já foram repassados R$ 4 milhões.
Apesar de a prática da acupuntura já ser reconhecida pelo SUS desde 1988, o salto nos atendimentos é atribuído à implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), em 2006.

A medida passou a oferecer à população o acesso às terapias não convencionais, o que inclui acupuntura, práticas corporais (como lian gong e tai chi chuan), homeopatia, fitoterápicos e plantas medicinais.
Estadão.
Fonte: Canal FIOCRUZ

Ressonância magnética pode diagnosticar doenças mentais com 70% de precisão

Exame não invasivo do cérebro conseguiu diferenciar corretamente pacientes com transtorno bipolar de indivíduos saudáveis





































Estudo pioneiro realizado por pesquisadores do The Mount Sinai Medical Center, nos EUA, mostrou que o exame de ressonância magnética pode ser uma maneira eficaz para diagnosticar doenças mentais, como o transtorno bipolar.
Em um estudo de referência utilizando técnicas avançadas, os pesquisadores conseguiram distinguir corretamente pacientes bipolares de indivíduos saudáveis com base apenas nos exames do cérebro.
Atualmente, a maioria das doenças mentais é diagnosticada com base apenas em sintomas, criando uma necessidade urgente de novas abordagens para o diagnóstico. Na perturbação bipolar, pode haver um atraso significativo no diagnóstico devido à apresentação clínica complexa da doença.
No atual estudo, Sophia Frangou e seus colegas decidiram explorar se as imagens do cérebro poderiam ajudar a identificar corretamente os pacientes com transtorno bipolar.
"O transtorno bipolar afeta a capacidade dos pacientes para regular suas emoções com sucesso, o que os coloca em grande desvantagem em suas vidas. A situação é agravada pelos longos atrasos, às vezes de até 10 anos, no diagnóstico correto. O transtorno bipolar pode ser facilmente confundido com outras doenças, como depressão ou esquizofrenia", afirma Frangou.

































Frangou e sua equipe usaram a ressonância magnética para mapear o cérebro de pessoas com transtorno bipolar e de indivíduos saudáveis. Utilizando modelos computacionais avançados, eles conseguiram separar corretamente as pessoas com a doença de indivíduos saudáveis com 73% de precisão usando seus exames de imagem sozinhos.
Eles replicaram a descoberta em um grupo separado de pacientes e indivíduos saudáveis e encontraram uma taxa de precisão de 72%.
"O nível de precisão que conseguimos é comparável ao de muitos outros testes utilizados na medicina. Além disso, a digitalização do cérebro é muito aceitável para os pacientes já que a maioria das pessoas considera que este é um teste de diagnóstico de rotina", concluem os pesquisadores.
Fonte: Isaude.net

terça-feira, 4 de junho de 2013

Será que utilizamos apenas 10% de nosso cérebro?

Um dos mitos mais conhecidos sobre o cérebro é o de que utilizamos apenas 10% de sua capacidade. É uma ideia atraente, pois sugere que poderíamos ser muito mais inteligentes, bem sucedidos e criativos se conseguíssemos aproveitar os outros 90% que podemos estar desperdiçando.




















Infelizmente, isso não é verdade.
Não é bem claro a que se referem esses tais 10% de utilização.
Se a afirmação se refere a 10% de regiões cerebrais, é fácil de ser refutada.
Usando uma técnica chamada imagem de ressonância magnética funcional, neurocientistas podem identificar as partes to cérebro que são ativadas quando uma pessoa faz ou pensa em algo.
Uma simples ação, como abrir e fechar a mão ou dizer algumas poucas palavras, requer uma atividade de muito mais de uma décima parte do cérebro. Mesmo quando se supõe que a pessoa não está fazendo nada, o cérebro está trabalhando bastante, controlando funções como respiração, atividade cardíaca ou memória.

Nada ocioso
















Até durante o sono o cérebro se mantém ativo, como mostra esta imagem

Se os 10% mencionados se referirem ao número de células do cérebro, ainda assim a afirmação não procede.
Quando qualquer célula nervosa deixa de ser utilizada ela se degenera e morre ou é colonizada por outras áreas vizinhas. Não permitimos que as células de nosso cérebro fiquem ociosas. Elas são valiosas demais.
Segundo o neurocientista Sergio Della Sala, o cérebro necessita de muitos recursos. Manter o tecido cerebral consome 20% de todo o oxigênio que respiramos.
Como pode então uma ideia sem fundamento biológico ou fisiológico ter conseguido se espalhar desse jeito?
É difícil rastrear a fonte original do mito.
O psicólogo e filósofo norte-americano William James escreveu no livroAs energias do homem que "utilizamos somente uma pequena parte de nossos possíveis recursos mentais e físicos".
Ele pensava que as pessoas podiam progredir mais, porém não se referia ao volume do cérebro nem à quantidade de células, tampouco a uma porcentagem específica.
A referência aos 10% é feita em um prólogo da edição de 1936 do popular livro de Dale Carnegie Como ganhar amigos e influenciar pessoas. Algumas pessoas dizem que Albert Einstein foi a fonte da afirmação.
Della Sala tem tentado encontrar essa citação, mas ninguém que trabalha no arquivo Albert Einstein pôde sequer confirmar que tenha existido. Parece mais um outro mito.

Zona duvidosa

Existem dois fenômenos que talvez possam explicar o mal-entendido.
Nove de cada dez células do cérebro são do tipo neuróglias ou células gliais, que são células de apoio, que provêm assistência física e nutricional. Os outros 10% das células são os neurônios, que se encarregam de "pensar".
Assim, talvez as pessoas tenham interpretado que os 10% das células que se ocupam do trabalho duro de pensar poderiam aproveitar também as neuróglias para aumentar a capacidade cerebral pensante. Só que essas células são totalmente distintas e não podem simplesmente se transformar em neurônios para nos dar mais potência mental.
Existem os 10% que pensam, e os 90% que ajudam a pensar.
Há no entanto, um grupo de pacientes, cujas imagens do cérebro revelaram algo extraordinário.
Em 1980, um pediatra britânico chamado John Lorber mencionou na revista Science que alguns dos pacientes com hidrocefalia, que tinham muito pouco tecido cerebral, ainda assim tinham um cérebro que podia funcionar.
O caso, sem dúvida, demonstra que todos nós podemos usar nossos cérebros para fazer mais coisas do que sabemos, já que é sabido que as pessoas se adaptam a circunstâncias extraordinárias.
É certo, claro, que se nos propusermos, podemos aprender coisas novas. E cada vez há mais evidência que mostra que nosso cérebro muda. Porém, não é que estejamos explorando uma nova área do cérebro. Acredita-se que quando novas conexões entre as células nervosas são feitas, perdemos velhas conexões quando já não as necessitamos.
O que mais intriga neste mito é que ele pode ter nascido e se cristalizado com base em informação que não é correta.
Talvez falar em 10% seja uma forma atrativa porque oferece um potencial enorme para se melhorar.
Todos queremos ser melhores. E podemos, se nos cuidarmos.
Porém nunca vai acontecer de encontramos uma porção de nosso cérebro em desuso.
Fonte: BBC Brasil

Má nutrição no mundo custa US$ 3,5 trilhões por ano, diz FAO

A má nutrição custa ao mundo cerca de US$ 500 (aproximadamente R$ 1 mil) por indivíduo ou US$ 3,5 trilhões (R$ 7 trilhões) por ano, valor equivalente ao PIB da Alemanha, a maior economia da Europa, de acordo com cálculo publicado em um novo relatório das Nações Unidas.




















O montante também equivale a 5% do PIB mundial e foi calculado com base nos custos relativos à perda de produtividade e gastos com a saúde gerados por uma dieta deficiente.
Os dados constam de relatório publicado nesta terça-feira pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). No documento, o diretor do órgão, o brasileiro José Graziano, pediu esforços mais consistentes para erradicar a má nutrição.
O estudo assinala que a alimentação precária das mães e das crianças continua a reduzir a qualidade e a expectativa de vida de milhares de pessoas, assim como problemas relacionados à obesidade, como doenças cardíacas e diabetes.
"Atores e instituições devem trabalhar conjuntamente em todos os setores para reduzir mais efetivamente a desnutrição, a deficiência nutricional, o sobrepeso e a obesidade", diz o relatório.
O órgão alerta ainda que, embora cerca de 870 milhões de habitantes do planeta ainda passem fome, segundo dados do biênio 2010-2012, outros bilhões sofrem com a má ingestão de alimentos.
A FAO estima que 2 bilhões de pessoas têm deficiências de um ou mais micronutriente, enquanto outras 1,4 bilhão estão com sobrepeso, das quais 500 milhões já são obesas.
Além disso, 25% de todas as crianças abaixo de cinco anos sofrem com baixa estatura e outras 31% possuem deficiência de vitamina A.

Recomendações

Para combater a má nutrição, a FAO sustenta que dietas saudáveis e uma boa alimentação devem começar pelo tratamento da comida e dos produtos agrícolas.
Segundo o relatório, a maneira como os alimentos são cultivados, processados, transportados e distribuídos tem forte influência nos hábitos alimentares da população.
Entre as medidas destacadas pelo estudo está o uso apropriado de políticas agrícolas, investimento e pesquisa para aumentar a produtividade, não apenas dos grãos como milho, arroz e trigo, mas também de legumes, carne, leite, vegetais e frutas, todos ricos em nutrientes.
Outra recomendação do órgão é evitar o desperdício, que atualmente responde por um terço de toda a comida produzida todos os anos para consumo humano no mundo. De acordo com a FAO, isso poderia aumentar a disponibilidade de alimentos bem como reduzir seu preço, além de diminuir a pressão sobre a terra e outros recursos naturais.
O estudo também chama atenção para outro ponto importante relacionado ao papel das mulheres no combate à má nutrição. Segundo a FAO, quanto maior controle as mulheres tiverem sobre os recursos e a renda das famílias, maior é o benefício para a saúde delas e de seus filhos.
O órgão também destaca iniciativas de combate à má nutrição pelo mundo, incluindo o programa Fome Zero, no Brasil. No relatório, a FAO elogia o Brasil pelas medidas tomadas na erradicação da alimentação precária da população.
O país apresenta um dos menores índices de crianças com deficiência de crescimento na América Latina (7,1%), atrás apenas do Chile (2%) e da Costa Rica (5,6%). No entanto, o Brasil ainda tem a maior proporção de menores de cinco anos anêmicos na região (54,9% do total).
Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Exame detecta câncer de mama pela urina

Um estudante de graduação descobriu um novo exame de urina que pode revolucionar o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Além disso, os primeiros resultados em laboratório indicam que o exame da urina também determina a gravidade do câncer, além de apontar o surgimento da doença antes que ela possa ser detectada por uma mamografia.
Casey Burton estuda química na Universidade de Ciência e Tecnologia de Missouri (EUA).
Ele utilizou um aparelho, chamado P-scan, para detectar a concentração de determinados metabólitos, chamados pteredinas, em amostras de urina.

Pteridina
O exame rastreia seis pteridinas e um composto específico, chamado oncopterina.
Estes biomarcadores estão presentes na urina de todos os seres humanos, mas concentrações anormalmente elevadas podem indicar a presença de câncer.
O professor Yinfa Ma, orientador de Burton e criador do aparelho P-scan, acredita que os níveis dessas substâncias continuam a aumentar à medida que o câncer avança, permitindo a criação de um exame mais preciso.
"A tecnologia da mamografia não é sensível," disse Ma. "Alguns cânceres precoces não podem ser detectados por uma mamografia. Se esta tecnologia P-Scan funcionar, será muito fácil incorporá-la nos rastreios físicos regulares.
"A paciente entrega a urina e, 10 minutos depois, eu tenho um resultado. Se isso funcionar, será uma ferramenta de diagnóstico incrível," entusiasma-se o pesquisador.
Estudo cego
Os bons resultados foram obtidos em testes limitados, mas a equipe já está expandindo a avaliação para um estudo maior envolvendo um comparativo entre mulheres com câncer de mama e mulheres sem a doença.
O estudo cego - quando os pesquisadores não sabem quais amostras estão testando - faz parte do processo de validação exigido pelas autoridades de saúde para que, eventualmente, o P-Scan possa ser disponibilizado como um exame de rotina.
O professor Ma afirma esperar concluir o estudo dentro de um ano.
Fonte: Diário da Saúde

Médico alerta sobre poluição sonora e uso de fones de ouvido

Poluição sonora. Ela não é visível nem se acumula como outras formas de poluição, mas incomoda bastante. Ela acontece quando, num determinado local, o som modifica a condição normal de audição e pode provocar vários danos ao corpo e à qualidade de vida das pessoas. 




































O ruído é o maior responsável pela poluição sonora e gera efeitos negativos para o sistema auditivo, além de provocar alterações no organismo e no comportamento das pessoas. Os ruídos podem ser provocados pelo som irritante do trânsito, da indústria e dos canteiros de obras, por exemplo. Entretanto, não só nas ruas existe poluição sonora. Nas residências ela também está presente com o uso de eletrodomésticos, televisores, aparelhos de som e instrumentos musicais. Esses equipamentos devem ser utilizados de forma adequada para não prejudicar a própria saúde nem incomodar a vizinhança.
Ouvimos um especialista para explicar o que o som elevado provoca no nosso organismo. O médico otorrinolaringologista Bráulio Leonardo Guimarães Barcellos Júnior alerta que devemos ficar atentos a três fatores em relação ao ruído: o tempo de exposição, a intensidade desse ruído e a suscetibilidade de cada um de nós ao barulho. “O que nós consideramos aceitável é um tempo máximo de oito horas de exposição a até 85 decibéis de ruído. Acima disso pode gerar algum problema como a perda gradativa da audição”.
O médico evidenciou que, a cada cinco decibéis a mais se recomenda que o trabalhador sujeito a ambiente ruidoso tenha sua carga horária reduzida pela metade. Assim, o trabalhador que exerce suas atividades em um ambiente com até 85 decibéis de ruído poderá trabalhar por oito horas sem prejuízo da audição. Caso esse mesmo local apresente ruído de 90 decibéis, a carga horária deverá cair de oito para quatro horas diárias.
O Dr. Bráulio explicou que o som é produzido com a vibração do ar que, ao chegar ao tímpano, provoca a vibração dessa membrana do ouvido. O tímpano, por sua vez, envia essa vibração até a cóclea, que a transforma em estímulo elétrico e o envia para o cérebro. “Na cóclea se encontram o que chamamos de células ciliadas. São essas células as responsáveis pela transformação da vibração em estímulo elétrico. Quando estamos sujeitos a barulho intenso por um período prolongado provocamos a lesão dessas células e, consequentemente, reduzimos nossa capacidade de ouvir. Essas lesões são irreversíveis e contínuas caso estejamos expostos a ambientes muito barulhentos por longos períodos. Por essa razão o tratamento é basicamente preventivo. Depois que lesionamos essas células e perdemos nossa capacidade auditiva não dá para recuperá-la com remédio ou cirurgia. A perda de audição se dá, na grande maioria dos casos, de forma gradativa”.


























As pessoas que têm problemas auditivos provocados por exposição ao ruído começam a perceber o problema quando já estão em uma fase avançada da lesão. De acordo com o médico, comumente são outras pessoas que nos alertam para o problema, chamando nossa atenção para uma TV ou um som com volume muito elevado. “Passamos a sentir a perda da capacidade auditiva quando temos de pedir às pessoas com quem conversamos que repitam o que acabaram de dizer. Também aparecem zumbidos nos momentos em que estamos em ambientes mais silenciosos. Em casos mais raros, há quem sinta dor no ouvido ao se expor ao barulho, o que é conhecido como algiacusia ou hiperacusia”.
Dessa forma, destaca o médico, a prevenção é o melhor tratamento para preservar a saúde do sistema auditivo. “Caso a pessoa trabalhe em local barulhento ela deve fazer um exame de audiometria ao ser contratada, outro exame após seis meses e a partir de então um exame por ano. Em caso de demissão, esse trabalhador também precisa fazer um exame de audiometria demissional”.
Nas situações do dia a dia, o médico recomenda que é preciso evitar os locais barulhentos e, ao usar fones de ouvido, procurar fazê-lo sem excessos nem longos períodos de exposição.
Serviço
Para ser consultado pelo especialista, o paciente primeiro deve procurar uma unidade de saúde. É o clínico geral quem vai encaminhar o paciente para a consulta com o otorrinolaringologista em caso de necessidade.
O médico otorrinolaringologista BráulioLeonardo Guimarães Barcellos Júnior atende todas as terças (das 12 às 16 horas) e quartas (das 07 às 16 horas) no Cemas - Centro Municipal de Atenção Secundária, localizado na Avenida Castelo Branco, 1803- Jaburuna (antiga Faculdade Metodista). O telefone do Cemas é 3239-4006.

Emerson Cabral 


Pressão arterial elevada prejudica funcionamento do cérebro

Pessoas com hipertensão nas artérias aorta e carótidas tiveram pior processamento visual e pensamento mais lento

A pressão arterial elevada, particularmente nas artérias que fornecem sangue para a cabeça e pescoço, pode estar relacionada com o declínio da capacidade cognitiva, de acordo com um novo estudo da Swinburne University, na Austrália.
Os resultados mostraram que pessoas com hipertensão nas artérias centrais, incluindo aorta e as artérias carótidas no pescoço, tiveram um desempenho pior em testes de processamento visual, e tiveram o pensamento mais lento e piores habilidades de reconhecimento.
Segundo os pesquisadores, normalmente as medidas de pressão arterial são tomadas a partir da artéria braquial no braço, mas olhar para a saúde das artérias centrais pode ser uma maneira mais sensível de avaliar as capacidades cognitivas.
As artérias centrais são flexíveis, expandindo e contraindo para manter constante o fluxo de sangue para o cérebro. Na medida em que as pessoas envelhecem, as artérias centrais endurecem, e com menor elasticidade, o cérebro recebe o sangue em uma pressão mais alta, o que pode danificar a cognição.
No estudo, a equipe analisou se a associação entre pressão arterial e cognição foi mais forte para medições feitas no braço ou nas artérias centrais.


















Os pesquisadores examinaram 493 australianos com idades entre 20 e 82 anos. Os participantes eram, na maioria, brancos, e todos eram não fumantes sem histórico de acidente vascular cerebral ou demência.
Os participantes do estudo realizaram tarefas para medir vários tipos de conhecimento, tais como o processamento visual, memória de trabalho, habilidades de reconhecimento e velocidade de processamento. Os pesquisadores também tomaram medidas de pressão arterial do braço e das artérias centrais.
A equipe descobriu que a pressão arterial braquial elevada foi associada a pior desempenho no teste de processamento visual, mas que a hipertensão nas artérias centrais foi correlacionada com pior desempenho em vários testes, incluindo processamento, reconhecimento e velocidade de processamento visual.
De acordo com os pesquisadores, isto sugere que a pressão arterial central é um indicador mais sensível do envelhecimento cognitivo.
A equipe agora pretende avaliar se a redução da pressão arterial central, o que pode ser feito por mudanças de hábitos como parar de fumar, fazer exercício físico regular ou limitar a ingestão de sal, pode proteger as pessoas contra a deterioração mental.
Fonte: Isaude.net

domingo, 2 de junho de 2013

Médicos já identificam até AVC pela internet

Tendência mundial, telemedicina encurta distância entre hospitais e otimiza recursos


Quarta-feira, 12h19. Mulher de 48 anos dá entrada na emergência do Hospital Municipal do M’Boi Mirim, zona sul da capital. Os sintomas apontam para um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Após ser submetida a exames e procedimentos de urgência, a paciente recebe uma segunda avaliação. A consulta é online. A 17,5 km de distância, o neurologista Agnaldo da Costa confirma o diagnóstico e orienta o tratamento. Tendência mundial para acelerar o atendimento e otimizar recursos, a telemedicina já é realidade em São Paulo.

Epitácio Pessoa/ Estadão

A conferência, presenciada pelo Estado na semana passada, ocorreu em uma sala de plantão do Albert Einstein, no Morumbi, também zona sul. O hospital mantém convênio com o Ministério da Saúde para dar suporte a outros de menor complexidade. Além da unidade do M’Boi Mirim, participam do programa centros de Manaus, João Pessoa e Brasília de Minas (MG). Outros oito candidatos serão avaliados.
A comunicação é simples e não exige tecnologia sofisticada. Para que duas equipes médicas entrem em contato, bastam dois computadores equipados com câmeras de alta resolução, microfone e softwares específicos, além de acesso à internet sem fio. Pelo canal, médicos emergencistas e especialistas discutem procedimentos, avaliam exames, indicam medicação, cirurgias e até fecham diagnóstico de morte encefálica.
“Pela câmera, nosso colega de São Paulo pode ver o paciente e conversar com ele. Pode ainda acompanhar uma ronda médica pela UTI, já que o sistema funciona em um carrinho portátil. Para quem está distante, como nós, essa é uma chance de integração”, diz Alexandre Bichara da Cunha, diretor do Hospital Doutor Platão Araújo, na periferia de Manaus.
Com investimento de R$ 14 milhões, o programa funciona 24 horas, sete dias por semana. No plantão do Einstein, 280 casos foram atendidos nos últimos 12 meses. O balanço mostra que a opinião de um neurologista é a que registra maior demanda. O déficit explica a procura - segundo censo médico, há apenas 3,2 mil neurologistas no Brasil e a grande maioria está concentrada no Sudeste.
“O programa tenta igualar um pouco esse desequilíbrio. A telemedicina é uma ferramenta possível hoje e deve ser considerada. Ela encurta distâncias, otimizando tempo, economizando recursos e aumentando a chance de salvação”, diz Milton Steinman, responsável pela Telemedicina no Albert Einstein.
Para Agnaldo da Costa, trata-se de uma troca de experiências que só pode ser favorável. “No cenário da emergência, a abordagem inicial faz toda a diferença. E não importa a distância. Quem eu atendo pela câmera é meu paciente.”
Tablet. A tecnologia que permite consultas a distância já proporciona a realização de exames e até avaliações clínicas corriqueiras, como a ausculta cardíaca. Por meio de um software específico, as batidas do coração podem ser “compartilhadas” pela rede. E tudo pode ser visualizado diretamente do tablet ou smartphone com Wi-Fi.
Fundadora e presidente da Hospitalar - principal feira do setor -, Waleska Santos afirma que o mercado cresce vertiginosamente. “A telemedicina, que hoje é usada também para ajudar na confecção de laudos de exames, ainda será a principal arma para aprimorar e humanizar o homecare e reduzir as idas ao hospital."
Fonte: Estadão

Encontre-nos no Facebook