sexta-feira, 26 de abril de 2013

Pesquisas auxiliam na construção de indicadores de acidentes de trânsito

 


Tatiane Vargas

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o Relatório Mundial da Segurança no Trânsito 2013. Utilizado para monitorar o progresso da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, proclamada pelas Nações Unidas, o documento traz ampla avaliação da situação de 182 países – incluindo o Brasil – e analisa como e em que medida as nações vêm implementando ações necessárias a melhorar a segurança viária. O relatório aponta que países de renda média, como o Brasil, respondem por 80% das mortes por acidentes de trânsito no mundo. O documento cita que os 182 países pesquisados cobriram a quase totalidade da população mundial. Nas Américas, por exemplo, 32 dos 36 países membros da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) participaram da pesquisa (98,5% da população da região). Em uma análise geral, o relatório expõe que, entre 2007 e 2010, as mortes no trânsito diminuíram em cerca da metade dos países, mas aumentou na outra metade – principalmente nos países de baixa e média renda.

Outros pontos destacados pelo relatório apontam que 35 países aprovaram novas leis, mas apenas 28 (7% da população mundial) têm legislação adequada para os 5 principais fatores de risco no trânsito (excesso de velocidade; beber e dirigir; não usar capacetes ao utilizar motos; cinto de segurança e mecanismos de retenção para crianças). Além disso, apenas 59 países apresentam o limite máximo de 50 km/h para vias urbanas, havendo a possibilidade de ele ser reduzido pelas autoridades locais (estado/município); apenas 89 países apresentam alcoolemia menor ou igual 0.05 g/dl; e somente 111 países têm leis que obrigam o uso de cinto de segurança para todos os ocupantes dos veículos. Para o Brasil, o relatório apresenta taxas próximas a 20 mortes no trânsito para cada grupo de 100 mil habitantes. Ele mostra ainda que usuários de motos e ciclomotores representaram a maior proporção dos óbitos por acidentes por transporte terrestres, tendo ultrapassado a de pedestres e de ocupantes de automóveis. O documento aponta também para os rigores da legislação em relação aos níveis de alcoolemia para condutores e identifica oportunidades de aprimoramento em aspectos relacionados ao pós-acidente e na fiscalização dos principais fatores de risco.

Por fim, o Relatório da Situação Mundial da Segurança no Trânsito 2013 mostra que nenhum país pode se declarar como tendo alcançado plenamente a segurança no trânsito. Mesmo entre os países de alta renda, em que as taxas de mortalidade nas vias são relativamente baixas, o trânsito continua a ser uma das principais causas de morte, em especial entre os jovens. No Brasil, de acordo com a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Edinilsa Ramos, ainda existem relativamente poucos estudos sobre o tema, e muito precisa ser feito para ajudar a melhorar os indicadores de mortes por acidentes de trânsito. Para entender um pouco mais sobre a temática, segundo a pesquisadora, muitas pesquisas vêm sendo desenvolvidas na Ensp. Em entrevista, Edinilsa falou sobre os resultados de uma pesquisa recente, cujos dados são reflexo dos estudos realizados ao longo de quase dez anos – Avaliação do processo de implantação e implementação do Programa de Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito, desenvolvida em parceria com a também pesquisadora Fabiana Castelo Valadares.
Como teve início o desenvolvimento de pesquisas acerca da temática das mortes por acidentes de trânsito na Ensp?

Edinilsa Ramos: Foram várias pesquisas já desenvolvidas em relação ao tema. O processo de avaliação da política de redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, encabeçada pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), começou em 2004 ao avaliarmos a experiência-piloto dos municípios de São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Goiânia. Naquela ocasião, tais capitais iniciaram ações locais de prevenção aos acidentes de trânsito no âmbito da saúde, embora, em alguns deles, já existissem iniciativas focadas nessas atividades.

Essa primeira avaliação trouxe informações importantes para a ampliação do projeto em outros 11 municípios brasileiros (Boa Vista, Porto Velho, Palmas, Campo Grande, Cuiabá, Brasília, Teresina, Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Rio de Janeiro), quando o Centro Latino-Americano de Estudos de Violência Jorge Carelli (Claves) realizou a segunda avaliação, no ano de 2008, buscando aprimorar as ações de prevenção dos acidentes de trânsito. Como resultado dessa avaliação, foi constituído um painel de indicadores validados nacionalmente e elaborado um panorama dos 11 projetos avaliados. Dentre esses, cinco foram escolhidos para o aprofundamento das análises, que contaram também com uma etapa de pesquisa qualitativa de campo. O relatório dessa segunda pesquisa foi apresentado ao Ministério da Saúde e suas contribuições foram adotadas como recomendações aos próximos convênios firmados.

No ano de 2012, uma nova pesquisa começou a ser realizada com o objetivo de avaliar todos os 99 projetos apoiados pelo Ministério da Saúde e desenvolver metodologias de criação, hierarquização e aplicação de indicadores avaliativos. As pesquisas tiveram como objetivo geral avaliar o processo de implantação e implementação do Projeto de Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito (PRMMAT) no Brasil. Já os objetivos específicos foram: descrever o histórico de chegada e implantação dos projetos; analisar o processo de implementação dos projetos; mapear as ações de prevenção aos acidentes de trânsito; investigar as percepções de gestores, coordenadores e executores das ações do projeto acerca dessas experiências; identificar potencialidades e desafios para a implantação e implementação do projeto nos municípios; e a última delas visou também revalidar e hierarquizar os indicadores de avaliação.

Como foi o processo para o desenvolvimento das pesquisas?

Edinilsa: Em todos os estudos, trabalhamos com a perspectiva da pesquisa estratégica, ou seja, aquela que é realizada buscando iluminar determinados aspectos da realidade, com a finalidade de subsidiar políticas públicas. Uma pesquisa estratégica segue todos os passos de uma investigação básica, mas está totalmente orientada para a prática. Foi adotada a metodologia de triangulação de métodos, usando abordagem quantitativa e qualitativa para avaliar a implementação do PRMMAT. Além disso, diferentes técnicas foram utilizadas e incorporados distintos pontos de vistas dos sujeitos.

Essa abordagem é desenvolvida mediante aplicação de um questionário aos projetos, com questões abertas e fechadas que se referem a itens de estrutura e processos que conformam os indicadores avaliativos. O objetivo da etapa é caracterizar essas experiências e avaliar seu desempenho. Buscando analisar a ótica dos sujeitos e resgatar suas experiências, expectativas e valorações acerca das ações, foram aplicadas técnicas qualitativas como entrevistas, com roteiros semiestruturados, individuais (coordenador do projeto, parceiro das ações, gestores da saúde e do trânsito) e em grupo (equipe dos profissionais que atuam no projeto), observação de campo e técnicas de consenso para a construção, revalidação e hierarquização de indicadores.

A construção, validação, revalidação e hierarquização dos indicadores avaliativos foram realizadas por meio de distintas metodologias em cada uma das pesquisas como: oficinas de trabalho para criar, identificar indicadores já existentes e provenientes de outros estudos, e para validar, revalidar e hierarquizar os indicadores que aferem o cumprimento das diretrizes da Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências e do Código Nacional de Trânsito. Para isso, foram aplicadas técnicas de consenso como o Grupo nominal e a Delphi, das quais participaram coordenadores dos projetos em questão, representantes do Ministério da Saúde e especialistas no tema.

Quais foram os resultados encontrados e que desafios estão postos aos projetos que estudam o tema?

Edinilsa: Dentre os pontos positivos a serem apontados estão a incorporação do tema dos acidentes de trânsito no âmbito das ações de prevenção do setor saúde em geral e nas atividades desenvolvidas pela rede de Núcleos de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde (374 municipais e 21 estaduais em atividade no país); e a ampliação do número de projetos de prevenção dos acidentes de trânsito hoje existentes na realidade brasileira (99 experiências).

Como iniciativas criativas, inovadoras e promissoras, ressaltam-se a constituição de Conselhos Municipais de Trânsito (a exemplo de Palmas), as parcerias com Universidades (no caso do Projeto de Florianópolis com a Universidade Federal de Santa Catarina), a formação de comitês de monitoramento e avaliação das ações (em Campo Grande). Esses exemplos de iniciativas propiciam mais institucionalidade no tratamento dos problemas de trânsito e como eles afetam a saúde e a corresponsabilidade das diversas instituições sociais na intervenção e na prevenção dos acidentes.

Dentre os indicadores avaliativos da implantação e implementação da PNRMAV, os projetos cumprem melhor duas diretrizes: a promoção da adoção de comportamentos e de ambientes seguros e saudáveis, e o monitoramento e vigilância da ocorrência de acidentes de trânsito e de transporte. Entretanto, as ações correspondentes a essas diretrizes são ainda tímidas e pouco abrangentes frente à magnitude do problema. Cabe, no entanto, destacar que os projetos necessitam intensificar as ações voltadas para as diretrizes relativas à assistência, nos seus distintos níveis, e à capacitação de recursos humanos.

Em relação aos desafios para os projetos que estudam o tema, embora a parceria do setor saúde mais constante seja com o setor do trânsito, nem sempre as ações informadas pelas equipes e coordenadores são desenvolvidas em conjunto. Pelo contrário, na maioria das vezes, elas são realizadas paralelamente, sem configurar um trabalho inter-setorial e articulado. Se por um lado, essa proposta no setor saúde é uma novidade, que implica ampliar e inovar o escopo das ações desse setor, por outro, para o setor do trânsito, essa é uma missão histórica. No entanto, no âmbito do convênio, o protagonismo da maioria das ações tem sido na área de trânsito, com estratégias pouco inovadoras.

Como apontado na avaliação realizada em 2006, nos municípios de Recife, Belo Horizonte, Goiânia, São Paulo e Curitiba, permanece a dificuldade de integração da Secretaria de Saúde com a de Educação e o órgão de trânsito estadual (Detran), o que compromete a consolidação dessas importantes parcerias. As articulações ao interior das próprias Secretarias de Saúde são escassas e precisam ser estimuladas e promovidas pelos gestores em todos os níveis de governo, por equipes e Ministério da Saúde, de forma a integrar setores como atenção básica, vigilância epidemiológica, promoção da saúde, atenção a crianças, adolescentes e idosos, dentre outros. Um dos grandes limites para o conhecimento sobre os acidentes de trânsito é a inexistência de sistemas integrados e a dificuldade de comparabilidade dos diferentes bancos de dados que envolvem saúde e trânsito.

Constatou-se, em 2009, que alguns projetos avançaram um pouco mais em comparação aos avaliados em 2006, no sentido de buscar a complementaridade das informações. Muitos projetos, embora formalmente fazendo parte do setor de Vigilância Epidemiológica dos Municípios, não realizam vigilância sobre os acidentes de trânsito por dados adequados. As equipes de saúde responsáveis pela execução dos projetos são pequenas e não têm dedicação exclusiva às ações do trânsito.

O que destacaria em relação aos avanços e limites da avaliação?

Edinilsa: O primeiro ponto a ser destacado é a importância dessa experiência avaliativa de programas e projetos governamentais, com indicadores selecionados e passíveis de comparação, prática ainda muito pouco difundida na cultura do país. Nesses estudos, inovou-se ao incorporar uma metodologia que construiu, validou e aplicou indicadores avaliativos com foco na PNRMAV. Embora isso tenha sido um avanço, considera-se que esses indicadores ainda precisam ser aprimorados em relação à sua especificidade, à inclusão de outros mais focados nas singularidades do trânsito e no gradual cumprimento daquilo que é preconizado nas políticas de Estado. É importante destacar que essas pesquisas não avaliaram a efetividade dos projetos na redução da morbimortalidade dos acidentes de trânsito. O objetivo foi analisar apenas o processo de implantação e implementação dessas experiências.

Frente aos resultados encontrados na pesquisa, como analisa a situação da segurança viária brasileira?

Edinilsa: As pesquisas que vêm sendo realizadas não se detêm nessas análises específicas sobre a situação da segurança viária. No entanto, sabemos, a partir de outros estudos, que o país apresenta elevadas taxas de mortalidade no trânsito, mesmo comparado a outros países da América Latina. O que os estudos apontam como fatores determinantes para a ocorrência desses eventos são problemas relacionados às precárias condições de grande parte das nossas rodovias (conservação, sinalização, planejamento); os problemas do trânsito nas cidades (falta de infraestrutura para pedestres, ciclistas e motociclistas; aumento do número de veículos sem adequado planejamento urbano; a falta de um transporte coletivo de qualidade, o estado de conservação dos veículos, dentre outros) e o comportamento inadequado dos usuários (pedestres e condutores).

Uma questão que merece ser mencionada é que as estratégias preventivas, até então priorizadas, focalizam a educação no trânsito e intervenções, que privilegiam a mobilidade do veículo e a segurança dos seus ocupantes. O país conta atualmente com várias leis complementares ao Código Nacional de Trânsito dirigidas a ações específicas, como o uso do cinto e outros equipamentos de segurança, penas severas para condutor que faz uso de bebida alcoólica, dentre outras, que constituem avanços. Entretanto, as leis em si não garantem mudanças no comportamento. É preciso reforçar sua fiscalização e garantir as condições de um ambiente seguro e saudável no trânsito. No âmbito da atenção à saúde, é preciso reconhecer que o Samu ajudou a prevenir muitas mortes e, certamente, reduziu a probabilidade de sequelas ao prestar atenção rápida e de qualidade às vítimas.

O relatório da OMS apresentou a situação brasileira frente aos acidentes de trânsito, o que pode ser feito para mudar o panorama do país?

Edinilsa: Além de investir nos problemas já mencionados, o incentivo do Ministério da Saúde para a criação dos projetos avaliados e sua ampliação têm sido muito positivo. No entanto, é preciso investir numa rede que os torne parte de um todo em construção permanente. Não existe uma rede integrada, cada projeto desenvolve suas ações por si só, exceto quando o ministério promove algum encontro para socialização dos trabalhos. Com o advindo do Projeto Vida no Trânsito, que é parte das ações planejadas para a Década de Ação para a Segurança Viária, a expectativa é que a integração dessa rede se efetive.

Seria importante que o setor saúde investisse em propostas inovadoras, incisivas, criativas para essa área, pois possui um Sistema de Monitoramento e de Vigilância importante para o planejamento em longo prazo, que está subutilizado, sobretudo, quanto ao aproveitamento dos dados para a mobilização das comunidades, dos gestores e da sociedade civil. Por exemplo, é fundamental realizar análises das sequelas e dos custos dos acidentes de trânsito nos municípios e dos traumas vividos pelas vítimas e suas famílias.

Embora todo o sistema de saúde necessite de aprimoramento para o enfretamento da questão em pauta, chamamos a atenção para a reabilitação. Hoje, nas cidades avaliadas o sistema de reabilitação é quase inexistente, e em todos os lugares, insuficiente. É muito importante que, assim como foi o caso do investimento no nível pré-hospitalar, o Sistema Único de Saúde (SUS) focalize o nível de reabilitação. Isso é fundamental não apenas para vítimas de trânsito como de outras sequelas e problemas como é o caso da população vítima de acidentes de trabalho e os idosos.

De que maneira a pesquisa contribuiu para o Programa de Redução da Mortalidade?

Edinilsa: Para os projetos avaliados, a realização da pesquisa tem contribuído ao sensibilizar as equipes para ações que poderiam estar sendo desenvolvidas em seus municípios, ao possibilitar a autoavaliação das suas experiências e permitir a troca de conhecimento sobre o que está ocorrendo em cada um dos projetos. Para o Ministério da Saúde, as avaliações têm permitido conhecer o que ocorre nas iniciativas que vêm apoiando, além de identificar a necessidade de reforçar as boas práticas e ajustar os rumos da política de prevenção dos acidentes de trânsito. Para o conhecimento científico, esses estudos vêm aprimorando o desenvolvimento de metodologias avaliativas e de construção de indicadores.

*Com informações do Relatório Mundial da Segurança no Trânsito 2013.

Publicado em 12/4/2013.

Fonte: http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=5303&sid=3

Tese demonstra que aspectos políticos, disputas partidárias e interesses privados comprometem gestão do cuidado

 

Observação: este artigo aborda a tese central do mundo online “SAÚDE também depende de VOCÊ”. Saúde é assunto e preocupação – no bom sentido – de todos: setor público, setor privado e cidadãos.


Informe Ensp

“As assimetrias técnico-financeiras, as disputas político-partidárias por investimentos, a aplicação de recursos atrelados ao voto e, sobretudo, os interesses privados de formuladores de políticas, gestores e trabalhadores da saúde em detrimento do fortalecimento de um sistema público e universal comprometem a coesão necessária para constituir uma rede solidária de caráter regional”. Esse é um dos desafios apresentados por Adriano Maia dos Santos, em sua tese de doutorado em saúde pública, intitulada Gestão do cuidado na microrregião de saúde de Vitória da Conquista (Bahia): desafios para constituição de rede regionalizada com cuidados coordenados pela Atenção Primária à Saúde, defendida na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Para ele, em oposição a esse desafio, a publicização da gestão e o envolvimento de representantes da sociedade civil organizada em defesa do Sistema Único de Saúde nas plenárias poderiam reduzir o campo do interesse privado nas decisões públicas.

 Para o pesquisador, os profissionais mais adequados para coordenação dos cuidados em rede regionalizada devem estar em equipes na Estratégia de Saúde da Família (ESF)

Para o pesquisador, os profissionais mais adequados para coordenação dos cuidados em rede regionalizada devem estar em equipes na Estratégia de Saúde da Família (ESF)

Na concepção de Santos, a gestão do cuidado na rede regionalizada de serviços de saúde modela uma imagem-objetivo: formuladores de políticas, gestores, trabalhadores da saúde e usuários devem se articular em diferentes espaços para resolver os problemas de saúde, utilizando a tecnologia mais adequada, no lugar e no tempo certo para produção do cuidado. De acordo com ele, a gestão do cuidado requer interdependência e cooperação entre os sujeitos e as instituições, para defesa da saúde como um direito de todos os cidadãos, em todas as fases da vida e ao longo do tempo, compartilhando os projetos terapêuticos e tendo o usuário como centro do cuidado.

Assim, explica Santos, a gestão do cuidado necessita de uma gestão democrática, com valorização dos trabalhadores, inserindo-os em processos de aprendizagem permanente. Tais processos devem apoiar práticas individuais e coletivas responsáveis com os itinerários terapêuticos dos usuários e as linhas de produção do cuidado, possibilitando a construção de vínculos de confiança e coeficientes de autonomia. Para o pesquisador, os profissionais mais adequados para coordenação dos cuidados em rede regionalizada devem estar em equipes na Estratégia de Saúde da Família (ESF), como centro de comunicação/articulação entre diferentes pontos da rede. Tal centro, acrescentou ele, deve funcionar de portas abertas às necessidades episódicas e regulares (porta de entrada preferencial) às demandas explícitas, bem como as que requerem investigação e vigilância, direcionadas às famílias, no seu cotidiano.

A ESF está presente em todos os municípios

O pesquisador elegeu para o estudo a microrregião de saúde de Vitória da Conquista (macrorregião sudoeste da Bahia), que possui 632.708 habitantes, divididos em 19 municípios. Todos os municípios assinaram o Pacto pela Saúde, mas apenas cinco deles (Barra do Choça, Belo Campo, Maetinga, Presidente Jânio Quadros e Vitória da Conquista) assumiram o Comando Único, e os demais permaneceram sob gestão estadual dos serviços de saúde. Em relação à oferta de serviços, Adriano informou que a ESF está presente em todos os municípios com uma elevada cobertura formal (> 70%), com exceção de Encruzilhada (58%) e Vitória da Conquista (42%). A população não cadastrada em Unidades de Saúde da Família (USF), nos diferentes municípios sem plena cobertura da ESF, possuem Unidades Básicas de Saúde (UBS) como unidades de referência. Outro dado relevante é que Vitória da Conquista tem 100% de cobertura formal de ESF na zona rural.

Estágio atual da Atenção Primária à Saúde em Vitória da Conquista

A pesquisa de Adriano também constata a centralidade da Atenção Primária à Saúde (APS), que é condicionada pela baixa cobertura real da ESF, pouca disponibilidade de profissionais (médicos, em particular), insuficiente adensamento tecnológico das USF, baixa capacidade técnica dos profissionais, escassa oferta de serviços especializados e de apoio diagnóstico em tempo oportuno e matriz tecnológica subjacente ao modelo de atenção em curso na microrregião.

“Os profissionais da atenção primária, sobretudo médicos, são responsáveis pelas referências para outros pontos de atenção na rede SUS, por meio de formulários específicos (guias de solicitação), mediados por centrais reguladoras municipais ou regionais que, por sua vez, restringem a referência às regras administrativas sem qualquer possibilidade de escolha entre os prestadores (critério por disponibilidade do serviço), pelos profissionais ou usuários”, complementou. Segundo Santos, a organização da ESF na microrregião apresenta questões problemáticas também relacionadas à insuficiência de cobertura real e elevado número de pessoas cadastradas por equipe, que, atrelados à baixa disponibilidade de médicos nas USF, dificultam o acesso oportuno de usuários aos serviços de APS.

A cobertura formal da estratégia está acima de 80% em 15 dos 19 municípios. Isso indica que coberturas altas e potencialmente satisfatórias nem sempre se traduzem em melhor utilização da capacidade disponível. Vale notar, contudo, que a própria expansão das equipes fica limitada pela baixa oferta de médicos e insuficiência no financiamento que, paradoxalmente, são agravados por gastos com pagamento de salários de profissionais. Outra questão apontada pelo pesquisador é a dificuldade de atração e fixação de médicos, atrelada à ausência de uma política consistente de gestão do trabalho. Isso abre espaço para inúmeros acordos informais, entre gestores e profissionais, que “autorizam” a redução na carga horária, flexibilização das funções a serem desenvolvidas na equipe, pagamento de salários acima da média. Tais procedimentos colaboram para aumentar a rotatividade desses profissionais e a competição entre municípios, agravando a situação da ESF na microrregião.

Adriano Maia dos Santos é cirurgião-dentista, com mestrado em saúde coletiva (Universidade Estadual de Feira de Santana) e doutorado em saúde pública (Ensp/Fiocruz). Atualmente, é professor na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Instituto Multidisciplinar em Saúde - Campus Anísio Teixeira (Vitória da Conquista), nos cursos de graduação de enfermagem, farmácia e nutrição. Sua tese foi orientada pela pesquisadora Lígia Giovanella, da Ensp/Fiocruz.

Publicado em 17/4/2013.

Fonte: http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=5307&sid=9

Instituto Oswaldo Cruz lança vídeoaulas sobre o 'A. aegypti'


 

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) acaba de lançar o projeto de vídeoaulas Aedes aegypti – Introdução aos aspectos científicos do vetor (disponível aqui). Pensado para ajudar a população a conhecer um pouco mais sobre o mosquito, a doença e seus impactos, a iniciativa apresenta, de forma simples e objetiva, informações capazes de contribuir também na rotina de diversos públicos, como professores, estudantes e profissionais de comunicação, tornando-os verdadeiros multiplicadores de conhecimento e colaborando para a prevenção da doença. O projeto aborda assuntos variados, incluindo orientações sobre combate aos focos do mosquito, diferenças entre A. aegypti e pernilongo doméstico, informações sobre o vírus, a história do Aedes e como ele se espalhou pelo mundo, além de dados sobre o comportamento do mosquito, conhecido por sua característica oportunista. As vídeoaulas são disponibilizadas em dez módulos temáticos, que podem ser assistidos separadamente ou em versão integral.

 Infográficos e animações tornam as vídeoaulas mais dinâmicas e de mais fácil compreensão

Infográficos e animações tornam as vídeoaulas mais dinâmicas e de mais fácil compreensão

Idealizadora da iniciativa, a pesquisadora do IOC Denise Valle ressalta a importância da informação no caso da dengue. “Quando se leva em conta que 80% dos criadouros dos mosquitos estão dentro das casas das pessoas, fica fácil perceber que é praticamente impossível creditar ao poder público a responsabilidade exclusiva pelo controle da doença”, destaca a especialista, reforçando, ainda, que "prevenção" é a palavra-chave.

Infográficos e animações tornam as vídeo-aulas mais dinâmicas e de mais fácil compreensão

“Para prevenir é preciso saber o que fazer, conhecer o que se quer prevenir. E é com esse objetivo que o projeto foi desenvolvido, reunindo especialistas e resultados de observações de várias instituições de pesquisa e ensino do país”, completa a coordenadora do projeto. “Queremos colocar em movimento o conhecimento da ciência sobre o Aedes aegypti”, sintetiza. Ela destaca que as escolas são um dos focos centrais da iniciativa. “Nós recebemos muitos pedidos de professores, que solicitam tanto materiais educativos quanto a presença de cientistas no ambiente escolar, como forma de sensibilizar os alunos. Esperamos que o projeto permita preencher esta lacuna. Optamos por uma linguagem audiovisual justamente para dialogar ainda melhor com esta necessidade”, pontua Denise.

A iniciativa está sendo divulgada entre as secretarias de Educação dos estados com maior ocorrência de casos de dengue atualmente, disponibilizando o material online e também cartazes para escolas. “Novas parcerias são bem-vindas, de escolas públicas ou privadas. Basta entrar em contato por meio do site”, acrescenta a pesquisadora. O projeto realizado pelo IOC/Fiocruz é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, no âmbito do Projeto Desenvolvimento e Avaliação de Novas Tecnologias e Estratégias de Vigilância e Controle de A. aegypti no Brasil (Pronex-Rede Dengue) e conta com a colaboração de especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal de Sergipe.

Módulos temáticos

As vídeoaulas são disponibilizadas em dez módulos temáticos, que podem ser assistidos separadamente, com duração entre 2 e 15 minutos cada, e também em versão integral. São eles: O Aedes e sua história; Biologia do Aedes; Criadouros e hábitos; Aedes X Culex;Armadilhas: vigilância ou controle?; Estratégias de controle do vetor; Mitos e verdades sobre a dengue; Campanha 10 Minutos contra a dengue; Mosquito X vírus; e Novas alternativas de controle do vetor.

O Módulo 1  – O Aedes e sua história esclarece que o mosquito é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16, inicialmente por meio de navios que traficavam escravos. Com a ajuda de infográficos, os internautas têm, ainda, acesso exemplificado a mapas que mostram que, no Brasil, os primeiros relatos de dengue datam do final do século 19, em Curitiba, e do início do século 20, em Niterói.

Por que, dentre tantos mosquitos que existem, o Aedes aegypti interessa? É com essa questão inquietante que tem início o Módulo 2  – biologia do Aedes. O pesquisador Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Rafael Freitas explica a importância do inseto do ponto de vista da saúde pública, os três componentes que envolvem a doença (o mosquito, o vírus e o homem, sendo o mosquito o mais fácil de ser controlado), e também o ciclo de vida do vetor, que abrange o ovo, a fase aquática (com as etapas de larva e pupa) e a fase adulta. O vídeo também aborda duas curiosidades apresentadas pelo biólogo Gabriel Sylvestre: só a fêmea do Aedes de alimenta de sangue e, ao se alimentar, ela pode sugar até duas vezes seu peso em sangue.

Você sabia que em apenas dez minutos de contato com a água, ovos do mosquito Aedes, que podem ter sido colocados até um ano atrás, eclodem dando origem a larvas? Essa curiosidade é trazida pelo pesquisador José Bento Pereira Lima, no Módulo 3  – criadouros e hábitos. O vídeo também traz exemplificações de possíveis criadouros em ambiente doméstico com o especialista Ademir Martins e com a mestre em biologia parasitária Gabriela Azambuja Garcia e, ainda, como evitá-los, a partir de intervenções práticas na arquitetura de uma residência, como a construção correta do caimento de água em um ralo e como utilizar uma tela para evitar focos do mosquito em canaletas, com explicações da arquiteta e especialista em conforto ambiental para insetos Márcia Adegas. Informações sobre vôo, dispersão e locais preferenciais de repouso do mosquito também são apresentas pelos biólogos Luiz Paulo Brito e Priscila Viana Medeiros.

As principais diferenças entre o Aedes e o Culex, o pernilongo comum, são o destaque doMódulo 4  – Aedes X Culex, com o pesquisador José Bento Pereira Lima. Comportamento, coloração, criadouros e postura de ovos são algumas delas. O especialista explica, por exemplo, que o mosquito da dengue é diurno, enquanto o pernilongo comum é noturno. Porém, devido ao caráter oportunista do Aedes, ele pode aproveitar uma ocasião favorável à noite para se alimentar.

Os três principais tipos de controle do vetor Aedes aegypti – mecânico, biológico e químico – são apresentados no Módulo 5  – Estratégias de controle do vetor. A bióloga Luana Farnesi destaca que, com base na biologia do mosquito, a fase de mais fácil controle é a aquática, quando as larvas e pupas estão restritas a recipientes confinados. Já a pesquisadora Denise Valle explica dois fatores importantes sobre o controle químico: o primeiro é que é preciso entender o uso de inseticida como medida complementar de controle do vetor da dengue; e o segundo, que o fumacê é o controle de mosquitos adultos, recomendado apenas em situações particulares.

No Módulo 6  – Armadilhas: vigilância ou controle?, a entomologista Denise Valle esclarece o equívoco de considerar que armadilhas de captura de Aedes poderiam servir como forma de controle do mosquito. Ela menciona que as armadilhas são utilizadas oficialmente para fazer a vigilância de populações de mosquitos em determinada área, enquanto o controle deve ser feito pelo cidadão, checando semanalmente criadouros em suas residências.

Cravo da índia, uso de vitaminas e consumo de alho. Ao longo do Módulo 7  – Mitos e verdades sobre a dengue, o pesquisador Ademir Martins comenta estes e outros mitos relacionados ao combate do Aedes aegypti. Ele também faz um alerta para o perigo de fórmulas que circulam na internet que garantem repelir o mosquito transmissor da dengue. Ademir também comenta o uso de repelentes, lembrando que essa é uma medida individual de proteção e destaca os cuidados que devem ser tomados. Ele ressalta, ainda, as diferenças entre repelente e inseticida.

No Módulo 8  – 10 minutos contra a dengue, a pesquisadora Denise Valle apresenta o projeto, seus antecedentes, conceito, justificativa científica e estratégia de implementação. A campanha foi criada com base nas características da biologia do mosquito Aedes aegypti: como o vetor leva de 7 a 10 dias para chegar de ovo à fase adulta, basta que a população verifique e elimine os criadouros de sua casa uma vez por semana. Assim, o A. aegypti não consegue completar seu ciclo de desenvolvimento até a fase adulta, capaz de transmitir a dengue. No vídeo, a especialista explica como deve ser feita a checagem semanal de criadouros e informa que através do site da campanha a população tem acesso gratuito aochecklist dos principais lugares onde o mosquito pode depositar seus ovos.

O pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Marcos Sorgine explica as diferenças e semelhanças entre os quatro sorotipos de vírus da dengue no Módulo 9 – Mosquito X vírus. Ele fala sobre a reação dos anticorpos aos sorotipos e desmistifica a relação entre o sorotipo e a gravidade da doença. Para isso, aborda a questão dos genótipos do vírus e destaca que, no que se refere ao agravamento do paciente, tão importante quanto o genótipo viral, são os fatores relacionados ao próprio indivíduo. O ciclo de transmissão da doença também é apresentado, esclarecendo sobre a relação entre mosquito infectado (com o vírus) e mosquito infectivo (capaz de transmitir o vírus).

Algumas das mais recentes alternativas de combate e controle à dengue são apresentadas no Módulo 10  – Novas alternativas de controle do vetor, como o desenvolvimento de vacinas, de novos inseticidas e de alternativas inovadoras de controle do mosquito, como o projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil. O pesquisador da Fiocruz Minas Luciano Moreira fala sobre o projeto que usa a bactéria Wolbachia para bloquear a transmissão do vírus dengue quando inserida no Aedes aegypti. Explica, ainda, que é uma iniciativa natural, pois a bactéria já é encontrada em cerca de 70% dos insetos do planeta, e autossustentável, uma vez que a fêmea infectada passa a Wolbachia para sua prole. Já o pesquisador da Universidade Federal de Sergipe Sócrates Cavalcanti explica a iniciativa de busca de novos agentes larvicidas para o controle da dengue.

Publicado em 25/4/2013.

Fonte: http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=5318&sid=9

Brasileiro cria imagem 3D de cérebro com enxaqueca

 

Tecnologia

 

Na Universidade de Michigan, Estados Unidos, equipe coordenada por pesquisador brasileiro tem como objeto de estudo a imagem tridimensional do cérebro de um paciente obtida em meio a uma crise de enxaqueca

Vivian Carrer Elias

O neurologista brasileiro Alexandre Dasilva

O brasileiro Alexandre DaSilva, diretor de um laboratório da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, que estuda a enxaqueca, em frente à imagem em 3D do cérebro de um paciente (Universidade de Michigan)

Sob a coordenação de um pesquisador brasileiro, uma equipe da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, estuda pela primeira vez a enxaqueca com o uso de imagens 3D do cérebro. Projetada a partir de fotos tiradas no exato momento em que acontece uma crise de enxaqueca, as imagens "flutuam" no meio de uma sala. Com óculos especiais e um controle (similar ao de um videogame), os pesquisadores conseguem enxergar o órgão em todos os ângulos, além de poderem "cortar" a imagem e observar, assim, o interior do cérebro. Os resultados iniciais do estudo já fornecem novas pistas sobre como o cérebro tenta combater a enxaqueca — informações que são úteis para aumentar a eficácia de tratamentos e até desenvolver novas abordagens terapêuticas contra o problema.

“Conseguimos interagir com uma imagem de mais de um metro em plena crise de enxaqueca, o que não pode ser feito em uma imagem 2D. Essa é a primeira vez em que isso é feito no âmbito da pesquisa em enxaqueca”, disse ao site de VEJA Alexandre DaSilva, diretor do H.O.P.E, o Laboratório de Dores de Cabeça e Orofaciais da Universidade de Michigan, onde a pesquisa vem sendo feita. “Olhamos para dados reais do paciente e fazemos uma análise muito mais precisa. Isso é útil tanto para novas pesquisas quanto para complementar a formação de futuros médicos que estudam na universidade.”

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Dor tridimensional

APP CONTRA ENXAQUECA

Em 2012, a equipe de Alexandre DaSilva, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, desenvolveu um aplicativo de smatrphones para ajudar pessoas que sofrem com crises de enxaqueca. A ideia é facilitar a comunicação entre o paciente e o médico, já que o aplicativo permite que o indivíduo com enxaquecas mostre, em uma imagem tridimensional de um rosto, os pontos onde sente dor e onde a sensação é mais intensa. O paciente também pode descrever outros sintomas: como está seu sono, seu humor e sua concentração. Segundo DaSilva, a versão em português do aplicativo deve estar disponível para download em aproximadamente três semanas. O grupo de pesquisadores está trabalhando em uma atualização do aplicativo.

Descobertas — Os resultados do primeiro estudo feito a partir dessa imagem tridimensional serão publicados nos próximos meses no periódico Journal of Visualized Experiments (JoVE). “Esse primeiro teste foi feito a partir da análise do cérebro de apenas um paciente. Já conseguimos, por exemplo, identificar com mais precisão em quais regiões do cérebro há a liberação de opioides endógenos [analgésicos produzidos pelo nosso próprio organismo] durante uma crise de enxaqueca. É o verdadeiro ataque do cérebro contra a cefaleia”, diz DaSilva.

Segundo o pesquisador, uma descoberta como esta é importante, pois permite que os pesquisadores identifiquem os melhores alvos para tratamentos contra a enxaqueca. Saber qual área específica do cérebro é responsável por lutar contra a dor de cabeça, por exemplo, pode aumentar a eficácia de abordagens terapêuticas, como a estimulação cerebral profunda, que estimula a atividade de determinadas áreas do cérebro por meio de eletrodos que emitem correntes elétricas.

Há um ano, a equipe de DaSilva publicou um estudo mostrando que pacientes com enxaqueca frequente, após serem tratados com estimulação cerebral durante quatro semanas seguidas, apresentaram uma redução significativa nos sintomas. Se a estimulação elétrica for feita nas áreas descobertas pelo novo estudo, é possível que a produção de opioides no cérebro aumente, elevando, assim, a probabilidade de o órgão conseguir combater a dor.

Após concluírem esse primeiro estudo, feito com um caso único — ou seja, a partir da imagem do cérebro de apenas um paciente —, DaSilva e sua equipe já começaram a desenvolver uma nova pesquisa a partir da mesma tecnologia. Dessa vez, no entanto, a ideia é trabalhar com um número maior de pessoas. "Cada vez mais, os conhecimentos obtidos por meio dessa tecnologia nos ajudarão a definir novas estratégias para pesquisar, tratar e prevenir a enxaqueca", afirma DaSilva.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/cientistas-estudam-enxaqueca-com-imagem-3d-de-cerebro

Maus hábitos de vida contribuem para o aparecimento da pressão alta em jovens

 

26/4/2013 às 00h40

 

Segundo a SBC, crianças obesas têm oito vezes mais chances de desenvolver hipertensão

Do R7*

A medição da pressão deve ser feita a cada seis meses, avisa médicoGetty Images

Nesta sexta-feira (26), data em que se comemora o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, a nefrologista pediátrica Vera Koch, da SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão), adverte que a doença não é restrita a idosos. O problema pode aparecer em faixas etárias mais jovens, especialmente por causa dos maus hábitos de vida.

— Obesidade, sedentarismo e consumo excessivo de sal e gorduras são fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão em crianças, adolescentes e adultos jovens.

Segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), crianças obesas têm oito vezes mais chances de desenvolver o quadro. Em idades mais avançadas, como adolescentes e adultos jovens, o consumo de bebidas alcoólicas, o uso de cigarro e outras drogas também contribuem para o surgimento da doença cada vez mais cedo.

Hipertensão atinge mais mulheres do que homens no Brasil

Apesar de, na maioria das vezes, a doença não apresentar sintomas, o cardiologista Carlos Alberto Machado, diretor da SBC, alerta para alguns sinais que ajudam a identificar o problema.

— Pessoas que têm tonturas, falta de ar, palpitações, enjoos, náuseas, dor de cabeça frequente e alterações na visão devem procurar ajuda médica.  

Uma vez que a doença não é tratada, ela pode trazer como consequência problemas cardiovasculares mais graves, como infarto, insuficiência cardíaca e AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Outros fatores de risco

De acordo com Vera, 3% a 5% das crianças e adolescentes brasileiros já são hipertensos. Geralmente, o quadro está associado à hereditariedade e doenças já existentes. 

— Se a criança tiver algum parente hipertenso ou nascer com má formação nos rins ou com um estreitamento na aorta, é fundamental que ela tenha um monitoramento clínico já nos primeiros dias de vida.

OMS alerta para importância do controle da hipertensão

Apesar de os pais não terem costume de medir a pressão nesta faixa etária, a médica recomenda fazê-lo desde a primeira consulta ao pediatra. O valor deve ser de 12 por 8.

Tratamento e prevenção

O tratamento da hipertensão vai desde mudanças de hábitos de vida até o uso de medicamentos. Quando iniciado, o acompanhamento é para sempre, avisa o cardiologista.

— A mudança de hábitos alimentares, a prática regular de atividade física e a medicação, quando necessária, são importantes e devem ser contínuas não devendo ser abandonadas mesmo que os valores da pressão tenham sido normalizados, a não ser por orientação médica.

Independentemente da idade, o médico orienta medir a pressão a cada seis meses.

— O valor não deve ultrapassar de 14 por 9.

No caso de pessoas hipertensas, o procedimento deve ser feito a cada três meses. Em quadros mais graves, a periodicidade pode ser ainda menor.

*Camila Savioli, estagiária do R7

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/maus-habitos-de-vida-contribuem-para-o-aparecimento-da-pressao-alta-em-jovens-26042013

Para celebrar o dia da hipertensão, médicos distribuem alimentos saudáveis em SP

 

26/4/2013 às 00h50 (Atualizado em 26/4/2013 às 09h50)

 

Iniciativa acontece na avenida Paulista entre 10h e 17h desta sexta-feira (26)

Do R7

Os campeões de MMA Anderson Silva e Lyoto Machida apoiam campanha da Sociedade Brasileira de HipertensãoDivulgação / Sam Grant

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, a SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão) chama atenção para os cuidados com a pressão alta. Nesta sexta-feira (26), médicos estarão, no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, em São Paulo, para incentivar a população a trocar o fastfood pela alimentação saudável. Haverá distribuição de sucos, gelatina e sanduíches. Além disso, as pessoas poderão medir a pressão arterial, fazer teste de glicemia, calcular o índice de massa corporal e medir a circunferência abdominal.

Atualmente, 30% da população brasileira tem hipertensão. No País, 50% dos idosos tem a doença, enquanto que no grupo infanto-juvenil, o problema atinge 5% das crianças e adolescentes.

De acordo com a SBH, a pressão alta é responsável por 40% dos infartos, 80% do AVC (Acidente Vascular Cerebral) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

Maus hábitos contribuem para a pressão alta em jovens

OMS alerta para importância do controle da hipertensão

A ideia da nova campanha, intitulada Menos Pressão e que conta com o apoio dos campeões de MMA Anderson Silva e Lyoto Machida, é mostrar quais são os benefícios práticos da prevenção e do controle da pressão arterial.

Para o presidente da entidade, Roberto Franco, o aumento do bem-estar, da disposição e a adoção de hábitos saudáveis diminuem os riscos de doenças cardiovasculares.

Serviço

Horário: das 10h às 17h

Endereço: Conjunto Nacional, avenida Paulista, 2.073, Cerqueira César

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/para-celebrar-o-dia-da-hipertensao-medicos-distribuem-alimentos-saudaveis-em-sp-26042013

SAÚDE E SAÚDE ANIMAL: guarda responsável de animais em gibi

Guarda Responsavel de Animais - Ano 1 Numero 1 by Luciana Nazaret

Planalto apoia internação à força de viciado

 

26/4/2013 às 07h59 (Atualizado em 26/4/2013 às 09h31)

 

Pedido poderá ser feito por agente público vinculado ao sistema de saúde ou de proteção social

Agência Estado

Após reunião no Palácio do Planalto, o governo chegou a um consenso e fechou questão em relação à internação compulsória de usuários de drogas, chamada de “involuntária”. No encontro, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que o governo quer dar uma resposta à sociedade quanto ao “grave problema” das drogas.

A internação deverá ser permitida em todo o País, desde que seja feita com a família pedindo e o médico determinando a internação. Em caso de ausência absoluta de um familiar, a internação involuntária poderá ser feita por pedido de um agente público vinculado ao sistema de saúde ou sistema de proteção social. A especificação foi feita para evitar que a internação involuntária possa ser pedida por um agente policial.

A medida está no projeto do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que deve ser votado no dia 8. Ele defende a internação involuntária do dependente de drogas como forma de antecipar o início do tratamento. O deputado lembrou que esse tipo de internação só poderá ser feito em ambiente hospitalar e pelo período de 15 dias a seis meses. O prazo máximo foi ampliado por acordo partidário.

Postos de saúde

Segundo o parlamentar, na reunião no Planalto, o governo pediu que fosse incluído no texto que todos os postos de saúde sejam obrigados a encaminhar a internação involuntária, tornando-se porta de entrada para o atendimento. Com isso, o posto de saúde não poderá se negar a fazer o atendimento.

Nesse caso, o médico ouvirá a família, avaliará o caso e, após assinatura do termo de pedido de internação dos familiares, ele determinará a internação e encaminhará o paciente para o local específico. O texto prevê ainda que, em caso de internação involuntária, em até 72 horas o Ministério Público terá de ser informado sobre a entrada do paciente, assim como ser comunicado da alta.

A internação involuntária é um tema polêmico e sofre crítica de alguns setores da sociedade, uma vez que permite que o dependente químico seja internado para tratamento sem que um juiz autorize. No caso das comunidades terapêuticas, por exemplo, as internações só podem ser voluntárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/planalto-apoia-internacao-a-forca-de-viciado-26042013

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Animais abandonados nas ruas: problema de saúde pública

 

 

Publicado em 07/09/2012 - 14:26 por Valéria Feitosa | Comentar

Categorias: Antrozoologia, cinofilia,Comportamento Animal, Eu e meu pet, Geral, Saúde Animal

Os seus candidatos a prefeito e a vereador têm propostas para resolver o  problema crescente de animais abandonados nas ruas? Consequência da guarda irresponsável por parte de muitos criadores, os animais errantes sofrem maus-tratos e muitos transformam-se em vetores de zoonoses como raiva e leishmaniose (calazar). Sofrem os animais e sofrem os seres humanos que são acometidos pelas doenças. Tem problema de saúde pública maior do que este?

Eu ainda não vi nenhum candidato sensível a este tema. Mas os números crescentes de animais e seres humanos com leishmaniose, inclusive com casos de óbitos, deixam claro que o problema de saúde pública é grave e exige intervenção séria por parte dos poderes Executivo e Legislativo.

O que fazer com as pessoas que abandonam os animais nas ruas? Parece que estas pessoas esquecem que moram numa cidade. Ao desistirem de seus animais, transferem para todos os cidadãos uma questão que deveria ser particular. Nessa situação, o animal não é o problema, o problema é a irresponsabilidade de quem abandona as suas crias nas ruas e praças da cidade.

E o que fazer com  cães e gatos abandonados nas ruas? Em entrevistas que já fiz sobre o tema com veterinários e protetores animais, as soluções são diversas, mas todas exigem comprometimento das partes envolvidas: sociedade, centros de zoonoses, secretarias de saúde, universidades, prefeitos, vereadores, etc.

Entre as soluções apresentadas pelos especialistas, a castração em massa dos animais sadios é a medida mais eficaz. A realização rotineira de feiras de adoções para estes animais completa a questão. Abrigo e tratamento público para os bichinhos doentes, com enfermidades curáveis, é outra proposta. Completando a agenda, vem a eutanásia humanitária para aqueles com doenças terminais, tais como cinomose e leishmaniose em avançado grau de manifestação.

Será que o candidato em que você vai votar está preocupado com estes problemas? Acho que já é hora haver políticas de saúde pública que contemplem estas questões. O que você acha?

Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/bemestarpet/geral/animais-abandonados-nas-ruas-problema-de-saude-publica/

Saúde animal e saúde pública

 

Com a compreensão pela ciência da origem e propagação de diversas doenças, tendo como vetores animais domésticos ou silvestres, bem como para assegurar a própria integridade física dos animais, a medicina veterinária passou a ser importante coadjuvante nas políticas de saúde pública dos países. A propagação de doenças epidêmicas, humanas ou animais, encontra na instalação de barreiras veterinárias que evitam sua propagação um meio eficaz de controle.

Aliado a isso, um dos campos da Veterinária que está em grande ascensão é o da Defesa Sanitária Animal, cujos objetivos são justamente prevenir a ocorrência de doenças exóticas, que podem ter graves impactos em saúde pública ou econômicos nos animais, e controlar ou erradicar doenças endêmicas.
Algumas destas doenças, que podem ser citadas são, entre outras, a Brucelose, Tuberculose, Teníase, Toxoplasmose, Salmonelose, Colibacilose, Clostridioses, Leptospirose, Campilobacteriose, Listeriose, Raiva (doença), Scrapie, Encefalopatia Espongiforme Bovina ("Mal da Vaca Louca") e a Influenza Aviária ("Gripe Aviária") - todas elas potenciais zoonoses - doenças dos animais passíveis de transmissão ao ser humano -, além da febre aftosa, pestes suínas clássica e africana, anemia infecciosa eqüina, doença de Newcastle, doença de Aujezski, que são doenças de alto impacto econômico e poder restritivo de mercado.

Atualmente, são reconhecidas mais de cem zoonoses e inúmeras outras doenças infecto-contagiosas dos animais que trazem sérias conseqüências econômicas. Para combatê-las, o médico veterinário sanitarista exerce uma Vigilância Epidemiológica ativa, atuando diretamente no campo e controlando o trânsito de animais, realizando a inspeção dos produtos de origem animal - como derivados da carne, do leite, dos ovos, pescado e mel e procurando sinais de doenças que possam ser transmitidas ao homem ou que possam indicar o estado sanitário dos rebanhos.

Fonte: http://www.dmv.ufla.br/site/index.php?id=107&menu=m14

Documentário mostra 'vida normal' de gêmeas coligadas dos EUA

 

25/4/2013 às 12h14

 

Gêmeas se formaram e estão começando uma carreira como professoras primárias

BBC Brasil

Pais decidiram não submeter irmãs a cirurgia de separação por conta dos riscos envolvidosReprodução / BBC

Abby e Brittany Hensel são gêmeas siamesas determinadas a viver uma vida normal.

Como a maioria das garotas de 23 anos, as irmãs gostam de passar tempo com amigos, viajar nas férias, dirigir, praticar esportes e viver a vida ao máximo.

As gêmeas de Minnesota, nos Estados Unidos, se formaram na Universidade Bethel e estão começando uma carreira como professoras primárias.

— Logicamente entendemos que no início vamos ganhar apenas um salário, porque vamos fazer o trabalho de uma pessoa. Com a experiência, talvez possamos negociar um pouco, considerando que temos dois diplomas e porque somos capazes de dar duas perspectivas diferentes ou ensinar de duas maneiras diferentes.

A irmã Brittany comenta: 'Enquanto uma está ensinando, outra pode fazer monitoramento ou responder perguntas.

A amiga Cari Jo Hohncke sempre admirou o trabalho de equipe das irmãs.

— Elas são duas garotas diferentes, mas ainda assim elas são capazes de trabalhar juntas para fazer as funções básicas que fazemos todos os dias sem pensar.

As irmãs são objeto do documentário Abby and Brittany: Joined for Life (Abby e Brittany: Juntas para a vida toda), que vai ao ar nesta quinta-feira na Grã-Bretanha pelo canal 3 da BBC.

Elas disseram ter decidido participar do documentário para mostrar ao mundo que vivem uma vida normal.

Intimidade

As gêmeas têm tanta intimidade que muitas vezes falam simultaneamente ou uma termina a frase da outra.

Com dois pares de pulmões, dois corações, dois estômagos, um intestino e um sistema reprodutivo, elas aprenderam desde cedo a coordenar o corpo. Abby controla o lado direito e Brittany controla o lado esquerdo.

Com 1 metro e 57, Abby é dez centímetros mais alta que a irmã, que precisa andar quase na ponta do pé para que elas mantenham o equilíbrio.

Apesar de terem personalidades distintas, elas precisaram aprender também a chegar a um acordo para tudo o que fazem, desde a alimentação até a vida social ou as roupas que vestem.

— Temos estilos muito diferentes. A Brittany gosta muito mais de cores neutras, pérolas e coisas assim, enquanto eu prefiro algo mais vivo e colorido.

Diferenças

Enquanto Abby é vista como a irmã 'expansiva' e sempre vence as discussões sobre o que elas vão vestir, Brittany diz que sua irmã gêmea é também muito mais 'caseira', enquanto ela gosta de sair.

Há outras diferenças também. Brittany tem medo de altura, mas Abby não tem. Abby tem interesse em matemática e ciência, enquanto Brittany prefere a arte.

Elas também têm uma resposta diferente ao café. Após poucas xícaras, o batimento cardíaco de Brittany se acelera, mas Abby não é afetada.

E elas têm temperaturas corporais diferentes.

— Eu posso ter uma temperatura do corpo totalmente diferente da de Brittany. E muitas vezes nossas mãos têm temperaturas diferentes. Eu fico super quente muito mais rápido.

Vida privada

Apesar de ter uma vida familiar e social normal, estudando e trabalhando como qualquer outra jovem, elas enfrentam problemas adicionais.

Por exemplo, elas precisam lidar com as especulações sobre a vida privada - algo que preferem não discutir. As gêmeas negam os boatos de que Brittany teria ficado noiva, descrevendo a história como 'uma piada tola'.

Viajar para o exterior nas férias também tem suas particularidades. Elas têm dois passaportes diferentes, mas podem comprar apenas uma passagem, porque ocupam apenas um assento no avião.

Elas também precisam ficar atentas ao visitar locais com muita gente, porque muitas vezes chamam a atenção e são alvo de curiosidade e das lentes de câmeras do público.

Uma das amigas mais próximas das gêmeas, Erin Junkans, diz que elas sempre precisam ficar em alerta, porque não sabem como as pessoas vão reagir ou o que vão dizer.

— Eu sempre procuro garantir que elas fiquem seguras e que não fiquem completamente expostas. Às vezes elas ficam um pouco sufocadas com essa atenção, mas elas me surpreendem com sua habilidade para deixar isso de lado e continuar indo aonde querem.

Acontecimento raro

O nascimento de gêmeos coligados é algo extremamente raro — apenas um em cada 200 mil nascimentos —, e em até 60% desses casos, os bebês são natimortos. As gêmeas do sexo feminino tendem a ter uma taxa de sobrevivência mais alta do que a dos meninos.

As operações para separar gêmeos siameses são processos altamente complexos e perigosos. E esse era um risco que os pais de Abby e Brittany não queriam correr, por medo de que uma delas pudesse não sobreviver à cirurgia ou ter a mesma qualidade de vida de que desfrutam hoje.

Com apenas 12 pares de coligados adultos conhecidos em todo o mundo hoje, Abby e Brittany Hensel estão desafiando as probabilidades.

A mãe delas, Patty Hensel, diz que suas expectativas e esperanças para as filhas são as mesmas de qualquer mãe.

— Como qualquer mãe, espero que elas sejam bem sucedidas, felizes e saudáveis.

Com o início conjunto da vida profissional, as gêmeas se tornaram modelos para seus alunos, tanto no lado acadêmico quanto em relação à sua atitude sobre a vida.

'Eu não acho que haja qualquer coisa que elas não tentariam ou algo que elas não fossem capazes de fazer se realmente quisessem', diz Paul Good, diretor da escola onde Abby e Brittany trabalham.

— Para trazer isso para as crianças, especialmente para alunos que podem ter alguma dificuldade, é algo muito especial. Eles aprendem com um exemplo de vida.

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Fonte:

Lei que obriga reconstrução mamária imediata é sancionada

 

25/4/2013 às 13h28

EFE

Rio de Janeiro, 25 abr (EFE).- As mulheres que forem submetidas à mastectomia em hospitais públicos devido ao câncer terão direito a uma cirurgia plástica gratuita de reconstrução mamária imediatamente depois da remoção de um ou de ambos os seios, segundo uma lei publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial. A nova lei determina que, "caso existam condições técnicas", os hospitais públicos realizarão a reconstrução mamária "no mesmo tempo cirúrgico", ou seja, a operação de reparação plástica será realizada imediatamente depois da de extirpação da glândula. "Caso a reconstrução imediata for impossível, a paciente será encaminhada a um acompanhamento e terá garantida a cirurgia no momento em que tenha as condições clínicas requeridas", acrescenta a norma. A lei, aprovada em março pelo Congresso, entrou em vigor nesta quinta-feira após ter sido sancionada ontem pela presidente Dilma Rousseff, e publicada no Diário Oficial. A norma beneficiará mulheres com câncer de mama submetidas à mastectomia, muitas das quais não têm condições para custear uma cirurgia plástica reparadora e, segundo diferentes estudos, passam a desenvolver problemas psicológicos por causa da extirpação. A lei determina que a cirurgia reparadora seja realizada nos dois seios e que garanta a simetria e a reconstrução de auréolas e mamilos. Segundo a senadora Ana Amelia, legisladora pelo conservador Partido Progressista (PP) e conferente do projeto, a legislação brasileira já garantia às mulheres o direito à cirurgia reparadora após a mastectomia, mas não determinava prazos. "As cirurgias de reparação, em geral, eram adiadas indefinidamente em muitos hospitais públicos por conta de outras prioridades", explicou a parlamentar, que também mencionou os impedimentos burocráticas que as mulheres enfrentavam. EFE cm/ff

Copyright Efe - Todos os direitos de reprodução e representação são reservados para a Agência Efe

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/lei-que-obriga-reconstrucao-mamaria-imediata-e-sancionada-25042013

Médicos param em pelo menos nove Estados nesta quinta-feira

 

25/4/2013 às 00h36

 

Em São Paulo, manifestação será realizada na avenida Paulista entre 7h e 10h

Fabiana Grillo, do R7

Insatisfeitos com a baixa remuneração e as interferências dos planos de saúde no exercício da medicina, médicos, dentistas e fisioterapeutas suspendem o atendimento a consultas e outros procedimentos eletivos por até 24 horas a usuários de todos os convênios nesta quinta-feira (25), Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde.

Em pelo menos nove Estados — Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Sergipe —, não haverá atendimento e a orientação do presidente da APM (Associação Paulista de Medicina) é reagendar a consulta.

—Não queremos prejudicar o paciente, por isso em caso de emergência ou urgência o usuário será atendido normalmente. Nosso objetivo é alertar para os abusos praticados pelas operadoras na relação com médicos e pacientes.

Cerca de 80% dos pacientes tiveram procedimentos negados pelos planos de saúde

Em São Paulo, o protesto será feito na avenida Paulista, entre 7h e 10h, com faixas nos cruzamentos das duas vias, denunciando os problemas enfrentados na relação com os planos de saúde. Além disso, saquinhos de lixo com o slogan “Lugar de plano ruim é no lixo. Sua saúde merece respeito” serão distribuídos para as pessoas que passarem pela região.

Plano de saúde que negar atendimento pode ser suspenso

A categoria também vai soltar 10 mil bexigas pretas, que simbolizam o luto dos profissionais e o descaso das operadoras com o trabalho dos médicos. Nos últimos dois anos, esta é a quarta vez que a classe suspende o atendimento a usuários de planos de saúde.

— A saúde suplementar vive um momento crítico e os profissionais estão cada vez mais insatisfeitos. Desde a primeira paralisação que fizemos, tivemos alguns avanços, mas muito tímidos.

Sessão de fisioterapia, que custa em média R$ 100, vale R$ 5,60 para os planos de saúde

Por meio de nota, a Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) informou que “a negociação sobre remuneração é acordada entre as partes interessadas, sem a participação da Abramge, e o movimento dos médicos é aceitável, desde que não prejudique o atendimento aos beneficiários dos planos de saúde”.

Profissional da saúde X convênios

Segundo João Ladislau Rosa, membro do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), os convênios gastam cerca de R$ 80 bilhões por ano para assistir 50 milhões de brasileiros que têm planos de saúde, enquanto o SUS (Sistema Único de Saúde) usa o mesmo valor para cuidar de 150 milhões de pessoas.

— É a lógica do lucro que acontece na saúde suplementar. Não há investimento para melhorar a qualidade do atendimento.

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Mesmo pagando plano de saúde, muitos pacientes ainda precisam recorrer ao SUS ou a atendimento particular, conforme explica o presidente da APM.

— Os convênios colocam tantas dificuldades para liberar alguns procedimentos, especialmente de alta complexidade, que o paciente é obrigado a procurar uma alternativa.

De acordo com uma pesquisa divulgada esta semana pela APM em parceria com o Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo) e a Fenafisio (Federação Nacional de Associações de Prestadores de Serviço de Fisioterapia), 86% dos 5.000 profissionais de saúde entrevistados disseram já ter tido pacientes que procuraram o SUS ou atendimento particular em decorrência dos obstáculos impostos pelos planos de saúde.

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/medicos-param-em-pelo-menos-nove-estados-nesta-quinta-feira-25042013

ES: produtos orgânicos. Vitória conta com feiras exclusivas

 

Última atualização em 09/08/2012

Elizabeth Nader

Cenouras e hortaliças na feira

Alimentos sadios, mais saborosos, de maior valor nutricional e que estão livres de agrotóxicos. Essas são algumas características dos produtos orgânicos, que, além desses benefícios, contribuem para uma vida mais saudável e para a preservação do meio ambiente.

Em Vitória, eles podem ser encontrados e adquiridos em duas feiras livres: na Praça do Papa, na Enseada do Suá, às quartas-feiras, e no bairro Santa Luíza, aos sábados.

A feira livre da Praça do Papa começou em março de 2012 e funciona às quartas, das 17 às 21 horas. Instalada no estacionamento em frente à Capitania dos Portos, ela disponibiliza 22 barracas padronizadas para vender produtos hortifrutigranjeiros que estão livres de pesticidas e fertilizantes químicos, além de flores, geleia, pão caseiro e doces.

Elizabeth Nader

Feirante em banca de hortaliças na feira

Ampliar

Os produtos são comercializados por feirantes de Santa Maria de Jetibá, Iconha, Santa Leopoldina e Vitória. O projeto é desenvolvido por meio de parceria entre as secretarias de Serviços de Vitória (Semse) e de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).

A feira de produtos orgânicos do bairro Santa Luíza funciona aos sábados, das 6 às 12 horas, na rua Arlindo Brás do Nascimento (atrás da Emescam). São 18 barracas que oferecem ao consumidor produtos provenientes de sistemas agrícolas baseados em processos naturais. No local, uma das novidades é uma produtora que oferece lanches orgânicos, como sanduíches naturais.

 

Fonte: http://www.vitoria.es.gov.br/semse.php?pagina=feirasdeorganicos

quarta-feira, 24 de abril de 2013

SAÚDE E SAÚDE ANIMAL : TOXOPLASMOSE. ONDE MORA O PERIGO, VOCE SABE?

 

JUN

30

 

NESTE TEXTO ESCRITO PELA DRª CLAUDIA BATISTELLA SCAF,VOCÊS VERÃO QUE O VERDADEIRO VILÃO NESTA HISTÓRIA PODEM SER ALGUNS CUIDADOS BÁSICOS QUE DEVEMOS TER NO NOSSO DIA A DIA!

TOXOPLASMOSE:
O MAIOR PERIGO ESTÁ ONDE VOCÊ NEM IMAGINA
(dra. Claudia Batistella Scaf)

A toxoplasmose é uma zoonose (doença transmitida dos animais aos homens) causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii. Infelizmente, não faz parte da rotina médica o atendimento de zoonoses, mas para nós, médicos veterinários, é muito comum. Nós lutamos todos os dias para derrubar o mito e que o gato é grande vilão da toxoplasmose;queremos mostrar à população como realmente acontece a transmissão. Realmente, não se pode negar, o Toxoplasma Gondii é um protozoário que tem seu ciclo de vida em diversos carnívoros, mas somente no felino ele é capaz de completá-lo e infestar o meio ambiente.

Mas há um caminho longo e cheio de barreiras para que uma pessoa adquira a doença diretamente do injustiçado gato.

-Em primeiro lugar, não são todos os felinos que tem predisposição para fazer a doença, mas somente aqueles que ingerem carne crua ou mal assada ou que são caçadores (baratas, ratos,etc.).

Para que ocorra transmissão para o gato, é necessário que o este coma a carne que contenha os cistos do toxoplasma.

Na maioria, são animais que tem acesso à rua e que estão com seu sistema imune comprometido.
Estima-se que apenas 1%-UM EM CEM!- da população felina albergue o protozoário.

-Em segundo lugar, o gato, se estiver contaminado,só elimina o parasito nas fezes durante 15 dias
e apenas uma vez em toda a sua vida.

Geralmente esta eliminação ocorre 10 dias após ter se infectado.

-Em terceiro lugar, para ocorrer a contaminação de pessoas a partir das fezes do gato,é necessário que estas fezes fiquem no ambiente por, NO MÍNIMO, 48 horas, e que depois sejam ingeridas ;
caso contrário, o ciclo não se completa!

Os gatos possuem o hábito de limpar-se,não deixando restos de fezes na pelagem,

e enterram seus excrementos.

Porém, mesmo que não se limpem, já há estudos mostrando que não há viabilidade de infecção caso
hajam fezes grudadas no pêlo do animal.

A possibilidade de contaminação do proprietário do gato pelo próprio gato é mínima ou inexistente.
Acariciar um gato e tê-lo como animal de companhia não representa perigo. Mordidas ou arranhões do gato também não transmitem toxoplasmose.

O mais comum é que a doença seja adquirida via ingestão de carnes mal cozidas,


e também pela ingestão de verduras e legumes mal lavados


e falta de higienização das mãos após o manuseio com terra.

Tendo em vista o supracitado, é por isso que há um alto índice de toxoplasmose em Portugal, pelo alto consumo de embutidos(leia-se sem cozimento), e também em Erechim,que é o lugar com maior índice de toxoplasmose no planeta,pelo alto consumo de carne suína mal cozida.

Ademais, somente pessoas imunodeficientes ou as mulheres grávidas que nunca tiveram contato com o parasito (leia-se sem formação de anticorpos)formam o grupo de risco.

Se fizermos sorologia numa determinada população, a maioria será positiva para toxoplasmose,
não pelo fato de terem a doença, mas sim porque, em algum momento da vida, houve contato com o cisto do parasito e o corpo produziu anticorpos, e estes anticorpos permanecem para o resto da vida.
Portanto, que fique bem claro que beijar, abraçar, dormir com gatos ...

NÃO LEVA À TRANSMISSÃO DA TOXOPLASMOSE!

PREVENÇÃO

A prevenção da toxoplasmose se dá com boas práticas de higiene, tais como limpar a caixa de areia dos felinos diariamente ( use luva), não ingerir alimentos crus ou mal-cozidos sem prévio congelamento por 48 horas, não ingerir leite in natura e embutidos não fiscalizados,limpar cuidadosamente qualquer material que entre em contato com carnes cruas, e fazer uso de luvas ao realizar jardinagem.


Além disso, evite que seu gato tenha acesso á rua e, é claro, o animal deve ser vacinado, desverminado e examinado regularmente por um médico veterinário para que se evite qualquer doença.

Na dúvida?
Faça uma sorologia, sua e do seu felino, para toxoplasmose.
E por favor, NÃO ABANDONE seu animal de estimação!

SEJA GENTIL PARTILHE MAS NÃO ESQUEÇA DE DAR OS CRÉDITOS

DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/)

Posted 30th June 2011 by DENISE DECHEN

Fonte: http://dicaspeludas.blogspot.com.br/2011/06/visualizacao-do-albumvisualizar-de_29.html

SAÚDE E SAÚDE ANIMAL: PATAS LIMPINHAS

 

NOV

27

 

Já faz um bom tempo que os peludinhos passaram da porta do jardim para dentro de casa,e cada vez mais ganham espaço sendo-lhes permitido subir em poltronas sofás até mesmo a cama de seus donos.Essa proximidade exige alguns cuidados de higiene. Partilho com vocês neste post alguns conselhos de especialistas.

Passear é fundamental para o bem-estar dos cães, e também uma oportunidade de aproximação afetiva com o dono. Na hora de voltar para o lar, no entanto, um cuidado importante – principalmente para pets que vivem dentro de casa – muitas vezes é deixado de lado: a limpeza das patinhas.

''Nós não entramos em casa sem antes limpar os nossos sapatos. Por que com os animais seria diferente?'', diz o médico infectologista da clínica Neoplan, Márcio Vallente. Segundo ele, na rua os animais ficam mais expostos aparasitas e bactérias. ''Eles acabam levando esses micro-organismos para casa. Logo, os moradores ficam mais expostos. Se for costume deixá-los subirem nas camas e sofás, o perigo aumenta'', afirma.

Assim como os moradores, os próprios animais estão sujeitos a doenças, principalmente de pele, após os passeios. Apesar de o animal ter proteção natural nas patas, nem sempre ela é suficiente contra parasitas e bactérias. Para evitar riscos, o médico veterinário Jean Francisco Michalik, da clínica e pet shop Petit Jolie, aconselha uma cuidadosa higiene nas patas após qualquer saída às ruas.


A maneira correta, segundo o veterinário, é usar um pano úmido na higienização. ''Tem de passá-lo por toda a pata e em seguida secá-la'', diz. Michalik aponta que não se pode deixar nenhuma parte molhada, pois isso facilita a proliferação de fungos e bactérias. ''O dono deve tomar cuidado para limpar e secar entre o vão dos dedos, que é uma região que pode abrigar os micro-organismos'', diz.
Vermelho da pata do cão e irritada com alergia
Mas nada de exageros. Michalik explica que não se deve esfregar demais a pata do animal ou lavá-la com água corrente após cada passeio. ''Esse excesso de limpeza pode acabar gerando uma irritação na pele do animalzinho. A higiene deve ser feita com cuidado, mas rapidamente.''

por Gazeta do povo. Fonte: http://www.maniacanina.com.br/
imgs: http://veterinarybiology.blogspot.com.br/

Algumas opções para  limpeza  das patinhas:

-  lenços umedecidos (desses para higiene do bebê) ,
hoje já existem próprios para uso pet facilmente encontrados no mercado. (Ao escolher observe se não soltam fiapos e de preferencia deve ser inodoro ou com cheiro muito suave,pois alguns animais podem ficar incomodados)
Sabonetes bactericidas (tipo Protex) ou sabão de cõco da Granado .(pegue um paninho ou tolha úmida com agua e coloque um pouco do sabão
Agua com vinagre branco numa toalhinha

Caso seu cão pise em algo grudento passe algo oleoso tipo manteiga, azeite para ajudar a amolecer,se for um chicletes use gelo,ele endurece o chicletes facilitando a retirada .
Lembre-se,faça tudo com calma e delicadeza para não irritar a pele do seu cão.
Alguns não gostam deste ritual.Procure acalma-lo falando tranquilamente,peça que sente.Tenha petiscos a mão,elogie e de um petisco a cada pata que limpar.Desta forma ele irá associar a um momento prazeroso e logo estará oferecendo uma pata de cada vez.

Se decidir lavar a pata na água corrente na hora de ir para sua cama,seque bem com uma toalha e depoistermine com o secador de cabelo.Lembre-se de não usar quente demais,manter distância e sempre em movimento para não ser desconfortável e correr o risco de "queimar" a patinha.
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CUIDADOS QUE VOCÊ DEVE TER COM AS UNHAS DE SEU BICHINHO

5º DEDO, ERGÔ, GARRA DE ORVALHO...SÃO MUITOS OS NOMES PARA AQUELE DEDINHO A MAIS

SAPATO PARA PET - USAR OU NÃO?

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DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/)

Fonte: http://dicaspeludas.blogspot.com.br/2011/11/patas-limpinhas.html

SAÚDE E SAÚDE ANIMAL: GRAVIDAS E GATOS: NÃO HÁ O QUE TEMER PRATICANDO SIMPLES HÁBITOS DE HIGIÊNE

 

OCT

7

 

Mulher grávida brincando com seu gato - niderlander / Shutterstock

Por:Caroline Serratto, retirado do site Guia do bebê


Embora a transmissão da toxoplasmose seja atribuída ao gato ela é transmitida mais frequentemente por outros meios e quem sofre é o bichano. Cuidados simples permitem a convivência entre gatos e gestantes sem prejuízos.

Durante a gestação, muitas proprietárias de gatos ficam com dúvidas sobre a segurança no convívio com esses animais. Algumas pessoas acreditam que os gatos transmitem doenças ao ser humano, e que o convívio desses pets com mulheres grávidas pode ser potencialmente perigoso. O maior receio é em relação a toxoplasmose.

A toxoplasmose é causada pelo protozoário parasita Toxoplasma gondii. O contágio pela toxoplasmose durante o período de gestação pode causar aborto, má formação fetal, sequelas neurológicas e problemas oculares.

Existe ainda o mito de que a toxoplasmose é a “doença do gato”, e esse pensamento equivocado é comum mesmo entre muitos médicos. No entanto, já é cientificamente comprovado as formas de contágio mais frequentes são:

  • Ingestão de carne contaminada mal cozida ou crua;
  • Ingestão de alimentos contaminados por faca ou utensílios que tiveram contato com carne crua contaminada;
  • Beber água contaminada pelo parasita toxoplasma;
  • Ingestão de frutas ou verduras que tiveram contato com terra contaminada e não foram devidamente higienizadas.

Os gatos podem transmitir a doença, mas para isso ocorrer eles  devem estar infectados. Isso ocorre ao comer roedores, passarinhos e outros animais contaminados. O parasita então é passado nas fezes do gato na forma de oocisto, que é microscópio e pode ser ingerido pelo ser humano em algumas situações:

  • Após limpar a caixa de fezes do gato;
  • Comer alguma coisa que entrou em contato com fezes de gato infectado com toxoplasma.

O gato que fica dentro de casa, sem o hábito de caçar, pode não estar infectado com a toxoplasmose. Um exame simples de sangue  no felino é suficiente para eliminar as dúvidas.

Algumas dicas para evitar a contaminação:

  • Lavar as mãos após o contato com carne crua; 
  • Lavar pias, tábuas de carne e outros utensílios; 
  • A carne deve ser cozida para o consumo;
  • Lavar bem as frutas e verduras; 
  • Limpar diariamente a caixa sanitária do gato, pois assim as fezes são removidas antes que os “ovos” possam se tornar contaminantes. As mulheres grávidas devem evitar essa tarefa, ou utilizar luvas e depois lavar bem as mãos;
  • Não alimentar os gatos com carne crua, vísceras ou ossos e não permitir que saiam de casa para que evitem o hábito da caça; 
  • Combater vetores, como insetos, por exemplo.

O convívio com animais é muito benéfico para nós, em todas as fases da vida. De forma segura e saudável, essa relação nos proporcionará momentos de felicidade. Por isso, tomando os devidos cuidados, não há necessidade alguma de se privar do convívio com os bichanos durante a gravidez.

Caroline Serratto
Zootecnista, escritora e adestradora
Veja Perfil Completo.

Fonte:

Organização divulga estudo sobre mortes no trabalho

 

Repórter Brasil - TV Brasil 24/04/2013

Segundo Organização Internacional do Trabalho, as doenças profissionais são as principais causas de morte relacionadas a mortes no trabalho.

Observação: caso não consiga assistir o vídeo clique aqui: http://www.ebc.com.br/noticias/saude/galeria/videos/2013/04/organizacao-divulga-estudo-sobre-mortes-no-trabalho

Tratamento utiliza jogo Tetris para corrigir desordem ocular

 

publicado em 23/04/2013 às 07h40:00

Jogo treina os dois olhos a cooperarem, aumentando plasticidade do cérebro e permitindo que adultos com ambliopia reaprendam

Pesquisadores da Universidade de McGill, no Canadá, desenvolveram uma abordagem que utiliza o popular jogo de quebra-cabeça Tetris para tratar a ambliopia adulta, vulgarmente conhecida como "olho preguiçoso".

Através da distribuição de informações entre os dois olhos de uma forma complementar, o jogo treina os dois olhos para trabalhar juntos, o que é contrário a tratamentos anteriores para a doença (por exemplo, aplicação de adesivos em um dos olhos).

Este avanço médico fornece evidência direta de que aliviar a supressão do olho mais fraco, forçando ambos os olhos a cooperarem, aumenta o grau de plasticidade do cérebro e permite que o cérebro com ambliopia reaprenda.

A pesquisa foi publicada na revista Current Biology.

A ambliopia é a causa mais comum de deficiência visual na infância, afetando até 3% da população. É causada pelo mau processamento no cérebro, o que resulta na supressão do olho mais fraco pelo olho mais forte. Os tratamentos anteriores para o distúrbio, que têm se centrado principalmente em cobrir o olho mais forte, a fim de forçar o olho mais fraco a trabalhar, provou ter um sucesso apenas parcial em crianças, e têm sido ineficazes em adultos.

"A chave para melhorar a visão dos adultos, que atualmente não têm outras opções de tratamento, foi a criação de condições que permitam que os dois olhos cooperem pela primeira vez em uma determinada tarefa", afirma o autor sênior Robert Hess.

De acordo com Hess e seus colaboradores, o cérebro humano adulto tem um elevado grau de plasticidade e isto proporciona a base para o tratamento de uma variedade de condições em que a visão tem sido perdida como resultado de um período de desenvolvimento visual interrompido cedo na infância.

Os pesquisadores examinaram o potencial de tratar adultos amblíopes utilizando o vídeo game Tetris, que envolve a ligação de blocos de diferentes formas conformem eles caem no chão.

"Usando óculos montados na cabeça fomos capazes de permitir que um olho visse apenas os objetos que caem e o outro olho apenas os objetos no chão. Forçando os olhos a trabalhar juntos, acreditamos, poderia melhorar a visão no olho preguiçoso", explica Hess.

Os pesquisadores testaram uma amostra de 18 adultos com ambliopia. Nove participantes jogaram o jogo monocularmente com o olho mais fraco, enquanto o olho mais forte foi vedado, os outros nove jogaram o mesmo jogo com cada olho vendo apenas uma parte separada do jogo.

Após duas semanas, o último grupo mostrou uma melhoria dramática na visão do olho mais fraco, bem como na percepção de profundidade 3D. Quando o grupo monocular, que mostrou apenas uma melhora moderada, foi transferido para a nova formação, a visão deste grupo também melhorou dramaticamente.

Segundo os pesquisadores, a adequação deste tratamento para crianças será avaliado no final deste ano, em um ensaio clínico em toda a América do Norte.

Veja mais detalhes sobre esta pesquisa (em inglês).

Fonte: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/34589/ciencia-e-tecnologia/tratamento-utiliza-jogo-tetris-para-corrigir-desordem-ocular

Brasil desenvolve primeiro monitor cardíaco portátil inteligente do mundo

 

publicado em 23/04/2013 às 11h27:00   

 

O aparelho é capaz de gerar automaticamente um eletrocardiograma e enviar para uma central de monitoramento

Foto: Corcam/Divulgação

Aparelho Nexcor é um pouco maior que um celular

Aparelho Nexcor é um pouco maior que um celular

Pesquisadores brasileiros desenvolveram o hardware do primeiro monitor cardíaco portátil inteligente do mundo. O monitor foi aprovado nos testes clínicos com mais de 160 pacientes do Hospital do Coração, em São Paulo. O aparelho, que é do tamanho de um telefone celular, é capaz de acompanhar os batimentos do coração de uma pessoa em tempo real e, em caso de alterações, gerar automaticamente um eletrocardiograma e enviar para uma central de monitoramento, ou para o médico do usuário. O eletrocardiograma enviado pelo monitor chega a central associado a todos os dados do usuário e já com sua localização, pois ele possui um GPS embutido.

A central de monitoramento passa a tomar todas as medidas para prestar auxílio ao usuário pelo sistema de viva voz do monitor. O Nexcor possui um detector de queda, que informa a central na eventualidade de queda do usuário. Ele estará disponível para pacientes com problemas cardíacos a partir do primeiro semestre de 2013. O lançamento ocorre simultaneamente nos EUA e Europa. Desenvolvido através de uma parceria entre o Flextronics Instituto de Tecnologia(FIT), localizado em Sorocaba, e a empresa Corcam S/A, o Nexcor levou cinco anos para ser concluído e o trabalho envolveu 40 profissionais entre médicos, engenheiros e pesquisadores.

Paulo Souza, coordenador da parte do projeto desenvolvido pelo FIT, diz que com o sistema de monitoramento cardíaco inteligente, as pessoas que já sofrem de problemas relacionados ao coração poderão ser atendidas rapidamente caso aconteça algum problema. " Em caso de arritmia, isquemia, infarto do miocárdio e também de quedas, ao sinal de qualquer alteração nos batimentos cardíacos, o equipamento será capaz de emitir um alerta a uma central de monitoramento, que automaticamente avisará ao médico, hospital, empresa de resgate ou uma pessoa da própria família, para que o socorro chegue a tempo" , explica.

Fonte: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/34593/geral/brasil-desenvolve-primeiro-monitor-cardiaco-portatil-inteligente-do-mundo

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