Fonte: FACULDADE DE MEDICINA DA UFMF em http://www.medicina.ufmg.br/noticias/?p=32607
Publicado em Divulgação científica
08 de março de 2013
Vida sexual durante a adolescência e na fase adulta, além dos desafios e conquistas da mulher moderna, permeiam discussão no programa de rádio da Faculdade de Medicina da UFMG. Camisinha feminina e outros métodos contraceptivos também são destaques.
Há mais de 50 anos, as mulheres brasileiras receberam uma aliada importante para a conquista de direitos: a pílula anticoncepcional. Com a oportunidade de planejar a gravidez, uma maior liberdade sexual foi possível. Décadas de vigilância sobre a sexualidade feminina, porém, ainda influenciam questões relacionadas ao tema. Mas a ginecologista Cláudia Ramos, professora da Faculdade de Medicina da UFMG, não hesita: “manter uma vida sexual ativa, se essa é a escolha, vai fazer com que a mulher se sinta bonita, desejada e cheia de vida.”
Ela acrescenta que a própria satisfação do sexo gera essa sensação de conquista e bem-estar. No entanto, o exercício pleno da sexualidade pode ser um desafio para a mulher. Quem nunca ouviu relatos sobre insatisfação sexual ou perda da libido, por exemplo? Em muitos casos, o orgasmo feminino ainda é um mistério.
Conquistas e desafios na vida afetiva e sexual também motivam mulher moderna. Ilustração: Carina Cardoso
Segundo Gislene Valadares, psiquiatra do Hospital das Clínicas, isso é comum quando a mulher desconhece o próprio corpo. Além disso, fatores como a falta de estímulo e o padrão de relação estabelecido com o companheiro ou com o círculo de convivência, que pode ser liberador ou opressor, também são determinantes. “Na maioria das vezes, existem comportamentos opressores.”
Mas outras questões podem interferir: problemas na tireoide, no metabolismo ou mesmo hormonais, às vezes devido a uma cirurgia. A aposentada Maria Helena Pereira, de 56 anos, retirou o útero há cerca de dez anos, por motivo de mioma. Desde então, ela alega se sentir “fria” em relação ao sexo. Mas a ginecologista Cláudia Ramos pondera: “ao retirar o útero, não haverá uma mudança hormonal.”
Em alguns casos, de acordo com a ginecologista, os ovários também são retirados durante essa cirurgia, gerando uma menopausa abrupta, ligada à falta de hormônio. Apesar de tal situação possibilitar o comprometimento do desejo sexual, ela reforça que somente a retirada do útero não interfere, mas é importante que a mulher não estabeleça uma relação com a perda da feminilidade.
Todavia, a preocupação médica já associa a prescrição de medicamentos aleatórios à questão da libido. A psiquiatra Gislene revela que, atualmente, ao ser prescrito um antidepressivo, por exemplo, essa questão envolve a escolha da medicação. “A gente procura prescrever aquela que tenha menos efeitos colaterais, uma vez que esses efeitos já são considerados na área sexual”, justifica.
Tema da semana
O Saúde com Ciência desta semana aborda a sexualidade da mulher, onde tabus ainda perduram. Temas como orgasmo e menopausa são discutidos pelos especialistas da área. Confira a programação:
Mulher moderna: desafios e conquistas – segunda-feira (11/03/2013)
Vida sexual – terça-feira (12/03/2013)
Sexo na maturidade – quarta-feira (13/03/2013)
Sexualidade da adolescente – quinta-feira (14/03/2013)
Mulher cuidadosa, mulher moderna – sexta-feira (15/03/2013)
Sobre o programa de rádio
O Saúde com Ciência é produzido pela Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. O programa é veiculado em vinte e sete emissoras de rádio em Minas Gerais. Também é possível conferir as edições pelo site do Saúde com Ciência.
Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG
jornalismo@medicina.ufmg.br
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