quinta-feira, 21 de março de 2013

Tuberculose: atenção para detecção precoce da doença

 

Fonte: http://www.ejornais.com.br/jornal_es_hoje.html

21 de Março de 2013 às 11:38

tosse

Com a proximidade do Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, celebrado dia 24 de março, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para a importância da detecção precoce da doença. No Espírito Santo o número de casos notificados se manteve estável: foram 1.452, em 2011, contra 1.481 em 2012. Em 2013, 217 novos casos já foram notificados.

A taxa de mortalidade também se manteve: 1,7 óbitos por tuberculose por 100 mil habitantes, em 2011, contra 1,6 em 2012. Dos 78 municípios capixabas, 10 respondem por 70% dos casos registrados: Região Metropolitana (com exceção de Fundão), além de Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares e São Mateus.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, da Sesa, a enfermeira Ana Paula Costa, os números indicam que a doença está controlada no Estado. Mesmo assim, é preciso avançar na busca ativa das pessoas que possuem os sintomas da doença, principalmente tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro.

Sintomas

Quem está com tosse por mais de três semanas, apresenta emagrecimento, febre no final da tarde, dor no peito e nas costas, e cansaço deve procurar a unidade básica de saúde do seu município mais próxima de sua residência para investigação da doença.

A coordenadora ressalta que o risco de transmissão da tuberculose é grande porque o bacilo é transmitido pelo ar, de pessoa para pessoa, e se o tratamento não for feito de forma adequada pode acarretar uma multirresistência às drogas existentes no mercado para o tratamento da doença.

“Sem o diagnóstico precoce dos casos e a investigação dos contatos mais próximos, é difícil quebrar a cadeia de transmissão da doença. Além disso, é preciso evitar o abandono do tratamento, que dura seis meses e é gratuito”, reforça.

A coordenadora alerta ainda que, quando o bacilo se torna multirresistente, o tratamento pode chegar a dois anos. “Há casos em que o bacilo se tornou tão resistente às medicações, que pacientes foram levados à morte”, alerta.

A forma de evitar que isso aconteça é a detecção precoce, através da avaliação médica, tratamento em tempo oportuno com acompanhamento profissional e laboratorial durante todo o período.

“É importante dizer que o exame é simples, rápido e está disponível nas unidades básicas de saúde. A Sesa tem incentivado cada vez mais a descentralização das ações de controle da tuberculose nos municípios, aproximando o serviço dos usuários. A medicação também é disponibilizada para todas as 78 cidades capixabas, gratuitamente”, ressalta.

Para a coordenadora, o combate à tuberculose não envolve só a área da saúde pública, mas todos os setores sociais afins em uma força-tarefa que estabeleça objetivos a alcançar, definir estratégias de ações e favorecer a execução das atividades. “Tem de ser trabalhada a intersetorialidade, a participação da sociedade, a integralidade e a difusão do conhecimento e, assim, reduzir também o preconceito contra o doente”.

Por isso, no final do ano passado, a Sesa vem trabalhando a implantação do Comitê Estadual de Controle da Tuberculose para coordenar as ações de mobilização da sociedade civil.

A doença

– O Dia Mundial da Tuberculose foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em homenagem ao descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrido em 24 de março de 1882, pelo médico patologista e bacteriologista Robert Koch.

– Este foi um passo importante na luta pelo controle e eliminação da doença que, na época, vitimou grande parcela da população mundial.

– Hoje, o problema ainda persiste com 1/3 da população mundial infectada: 5,5 milhões de casos novos notificados e 1,5 milhões de mortes anuais, segundo a OMS. Por isso, esta data não é de comemoração, mas sim de compromisso e reafirmação política quando o seu efetivo controle.

– Familiares e colegas de trabalho de pacientes identificados com a doença devem ser examinados para investigar eventual contaminação.

– A população carcerária, os moradores em situação de rua e os usuários de álcool e drogas, além de outras comorbidades como diabetes, têm mais chance de desenvolver a doença.

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