Fonte: A GAZETA em http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/02/noticias/cidades/1406859.html
22/02/2013 - 00h00 - Atualizado em 22/02/2013 - 09h18
Especialistas dizem que assistência desde o pré-natal poderia evitar maioria dos óbitos
Daniella Zanotti
dzanotti@redegazeta.com.br
Foto: Bernardo Coutinho
Kédima não teve chance de ver o primeiro filho nascer
Quase metade – 48% – das mortes de crianças na Região Metropolitana de Vitória ocorre na primeira semana após o nascimento. Segundo especialistas, grande parte dos óbitos poderia ser evitada com a melhoria da qualidade assistencial em fases de pré-natal, parto e pós-parto no sistema de saúde.
Na edição de ontem,
A GAZETA noticiou a morte de sete bebês no Hospital e Maternidade São Judas Tadeu, em Guarapari. Os casos serão alvos de inquérito e também de investigação do Conselho Regional de Medicina. Todas as mães foram internadas na unidade hospitalar, entre os dias 8 de janeiro e 20 de fevereiro.
Os índices de mortalidade infantil e dos óbitos no período neonatal constam nos relatórios “Cadernos Regionais de Saúde” da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O relatório aponta que, em 2011, dos 30.307 nascidos vivos na Grande Vitória, 335 morreram.
Causas
O documento afirma que as causas do óbito neonatal estão relacionadas a parto e gravidez e são “preveníveis através de uma intervenção mais racional do sistema de saúde”.
Neonatologista e membro da Sociedade de Pediatria do Estado, Andrea Lube explica que a maioria dos óbitos de recém-nascidos nos hospitais se dá em consequência de asfixia. “A exceção são os casos de má-formação, pré-maturidade extrema e intercorrências como pré-eclâmpsia e descolamento de placenta”, afirma.
Pré-Natal
A especialista ressalta que é necessário melhorar a qualidade do pré-natal e a assistência ao recém-nascido. “Os pediatras devem receber treinamento adequado para partos e atendimento do bebê”, diz.
Ela destaca que as pessoas que cuidam do transporte de bebês também precisam de capacitação. “Na ambulância, às vezes não há incubadora, e o bebê chega ao hospital sem o soro adequado.”
Fonte: A Gazeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário