segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ministério Público quer fim da taxa extra

 

Fonte: A GAZETA em http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/02/noticias/cidades/1403937-ministerio-publico-quer-fim-da-taxa-extra.html

17/02/2013 - 09h43 - Atualizado em 17/02/2013 – 09h43

Proposta é que planos reajustem valores pagos aos médicos

Daniella Zanotti | dzanotti@redegazeta.com.br

O Ministério Público estadual (MPES) quer acabar com a taxa extra cobrada por obstetras de planos de saúde para acompanhar o parto. A intenção do órgão é entrar em acordo com as operadoras para que reajustem os valores pagos pelo procedimento para os médicos.

Uma reunião acontece no dia 8 de março e deve contar com a presença dos planos de saúde, do MPES, do Procon Estadual e os dos da Grande Vitória, além da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia e Conselho Regional de Medicina.

“O objetivo é discutir a cobrança da taxa visando uma solução amigável, mas sem abrir mão da defesa do consumidor. Entendemos que o cerne da questão está no valor que hoje é repassado pelos planos de saúde para os profissionais, já que os honorários do parto estão defasados”, explica a promotora do MPES Sandra Lengruber. 

A cobrança, que pode ultrapassar R$ 3 mil, segundo pacientes, seria uma forma de compensar os baixos valores pagos por planos de saúde que, atualmente, gira em torno de R$ 250.

Data: 15/02/2013 - ES - Cariacia - Tatiane Machado Neves, 31, reclama do valor cobrado por seu médico para fazer o parto - Editoria: Cidades - Foto: Carlos Alberto Silva - GZ
Caso não haja acordo, a promotora afirma que o segundo passo será a discussão da legalidade da cobrança da taxa imposta pelos médicos.
“Recebemos denúncias de consumidoras dizendo que os médicos estão cobrando a taxa, mas ainda assim estão marcando as cesarianas nos dias, locais e horários que são mais convenientes para eles mesmos, ou seja, essa disponibilidade é questionável”, afirma a promotora.

No final de 2012, o MPES enviou ofício para as principais operadoras de planos de saúde do Estado para que informassem sobre as datas e locais de plantão dos obstetras, mas os planos não responderam a todos os questionamentos. “Os planos foram evasivos, mas é direito dos pacientes tomarem conhecimento de quais são os obstetras credenciados que fazem partos e quando acontecem seus plantões”, acrescenta Sandra.

Presidente do Sindicato dos Médicos (Simes), Otto Baptista, elogia a iniciativa do MPES, mas não acredita que as operadoras vão reajustar os valores. “Essa batalha pelo aumento da remuneração arrasta-se há dez anos. O MPES precisa agir com muita firmeza”, opina.

Atendimento
39 leitos

É o que vai oferecer a Gran Mater, que passa a se chamar Hospital Dia e Maternidade Unimed Vitória (HDMU)

Planos de saúde não falam sobre reajuste salarial

Os planos de saúde não responderam sobre a possibilidade de reajustar o valor pago por parto para os obstetras credenciados.

A Unimed Vitória informa que o plano de saúde já disponibiliza obstetras plantonistas nas maternidades credenciadas do plano de saúde, sem custo adicional à paciente.

A cooperativa acrescenta que trabalha para ampliar o número de unidades com profissional da especialidade disponíveis para atendimento 24 horas. “Um exemplo é o arrendamento, por cinco anos, da Gran Mater, que passa a se chamar Hospital Dia e Maternidade Unimed Vitória (HDMU)”, afirma a Unimed, que acrescenta que o hospital disponibiliza 39 leitos e pronto atendimento 24 horas na área de ginecologia e obstetrícia e tem capacidade para realizar cerca de 700 atendimentos mensalmente.

Já o São Bernardo Saúde afirma que vai comparecer à reunião e reforça que está aberto a todo tipo de debate em prol da melhoria do atendimento aos seus beneficiários. O SM Saúde foi procurado pela reportagem, mas não se manifestou até o fechamento da edição.

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