publicado em 27/03/2013 às 10h30:00
Sistema facilita identificação de vias genéticas envolvidas em doenças como autismo e esquizofrenia
Foto: UC San Diego/Erik Jepsen
Computador utiliza quantidades elevadas de memória flash e isso ajuda na transcrição do estudo que pode ser direcionado para o tratamento de transtornos mentais
Cientistas do National Science Foundation (NSF), nos EUA, desenvolveram um supercomputador que pode ajudar a identificar vias genéticas para melhorar o tratamento de transtornos mentais.
O computador, que recebeu o nome de Gordon, emprega grandes quantidades de memória flash, comum em telefones celulares e laptops. O sistema é utilizado por cientistas, cuja pesquisa requer a mineração, busca e / ou criação de grandes bancos de dados para uso imediato ou posterior, incluindo mapeamento de genomas para aplicações em medicina personalizada.
"Gordon foi projetado para lidar com os problemas científicos que envolvem a manipulação de dados muito grandes. Ele é diferenciado de outros recursos por ter uma memória grande de estado sólido, 4 GB por núcleo", afirma Barry Schneider, do NSF.
Uma equipe de pesquisadores dos EUA e da França relatou o uso de Gordon para elaborar uma nova maneira de descrever um processo tempo-dependente da expressão do gene no cérebro que pode ser usado para orientar o desenvolvimento de tratamentos para doenças mentais, como o autismo e esquizofrenia.
Os pesquisadores identificaram a árvore hierárquica de grupos de genes coerentes e de fatores de transcrição em rede que determinam os padrões de genes expressos durante o desenvolvimento do cérebro. Eles descobriram que alguns fatores de transcrição "master" no nível superior da hierarquia regularam a expressão de um número significativo de grupos de genes.
A descoberta dos cientistas pode ser utilizada para a seleção de fatores de transcrição que podem ser dirigidos para o tratamento de transtornos mentais específicos. "Nós vivemos em um tempo único, quando enormes quantidades de dados relacionados a genes, DNA, RNA, proteínas e outros objetos biológicos são extraídos e armazenados. Eu posso comparar este tempo para uma situação em que o minério de ferro era extraído do solo e armazenado como pilhas no chão. Todos nós precisamos transformar os dados em conhecimento, como minério em aço. Apenas os supercomputadores e pessoas que conhecem o que fazer com eles vão tornar a transformação possível", conclui o principal autor Igor Tsigelny.
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