sexta-feira, 15 de março de 2013

Mulheres que trabalham durante a noite são mais propensas a ter câncer de ovário

 

Fonte: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/34092/geral/mulheres-que-trabalham-durante-a-noite-sao-mais-propensas-a-ter-cancer-de-ovario

15/03/2013 às 07h42:00

 

Estudo, que avaliou mais de três mil mulheres, mostra que turnos da noite aumentam risco da doença em estágio inicial em 49%

Equipe de cientistas do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos EUA, descobriu uma ligação entre mulheres que trabalham no turno da noite e o câncer de ovário.

Os resultados sugerem que trabalhar durante a noite aumenta o risco da doença em estágio inicial em 49%, em comparação com aquelas que trabalham em horas normais de expediente.

Segundo os pesquisadores, uma explicação possível é a interrupção do hormônio do sono, melatonina.

O estudo foi publicado na revista Occupational and Environmental Medicine.

A equipe de pesquisa analisou 1.101 mulheres com câncer de ovário avançado, 389 com a doença inicial e 1.832 mulheres sem a doença.

No geral, um quarto das participantes com câncer avançado disse ter trabalhado em turnos da noite, em comparação com um terço das pessoas com doença inicial e uma em cada cinco do grupo de controle.

A análise dos dados mostrou um aumento de 24% no risco de câncer avançado e 49% no risco da doença em estágio inicial para as trabalhadoras noturnas em comparação com aqueles que trabalharam durante o dia.

No entanto, os resultados foram significantes apenas para mulheres com mais de 50 anos e o risco não pareceu aumentar para aquelas que tinham trabalhado em turnos da noite por mais tempo.

De acordo com os investigadores, as mulheres analisadas haviam feito turnos da noite por uma média de dois a três anos e em setores como saúde, preparação de alimentos e de serviços, escritório e apoio administrativo.

Uma possível explicação é que a melatonina, hormônio produzido durante a noite, é suprimida nos turnos noturnos de trabalho, causando efeitos em cadeia sobre a regulação estrogênio no corpo e a proteção contra danos ao DNA.

Os pesquisadores apontaram que as descobertas eram consistentes, e de uma magnitude semelhante àqueles encontrados para o câncer de mama.

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