13/03/2013
Redação do Diário da Saúde
Mamoplastia de aumento
A colocação de implantes para dar mais volume aos seios, a mamoplastia de aumento, é a cirurgia preferida pelas mulheres no campo dos procedimentos estéticos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Em 2011, o Brasil era um dos países em que mais pessoas se submetiam a este tipo de cirurgia (148.962 cirurgias realizadas), atrás apenas dos Estados Unidos.
Foi também neste ano que atingiu o Brasil o chamado escândalo das próteses mamárias, quando se descobriu que várias próteses usavam silicone de uso industrial, não aprovado para uso humano.
Isso logo poderá deixar de ser uma preocupação, graças à pesquisa dos médicos Ivo Salgado e José Lamartine de Andrade Aguiar, da Universidade Federal de Pernambuco.
Eles estão usando um polímero artificial sintetizado a partir da cana-de-açúcar.
O estudo experimental e analítico foi realizado aplicando um gel com o biopolímero de cana-de-açúcar nas mamas de três modelos animais.
Biopolímero
O biopolímero é uma substância aloplástica - ou seja, de material que pode ser colocado dentro de um organismo vivo que, mesmo sendo diferente, se comporta de maneira semelhante ao tecido em que foi colocado, sendo tolerado por este organismo.
Normalmente os polímeros são fabricados a partir de derivados do petróleo, enquanto os biopolímeros têm origem orgânica.
O material foi bem aceito pelo corpo dos animais, passando no teste chamado biocompatibilidade
O próximo passo será a confecção de uma prótese, como a que é utilizada atualmente e que é feita de silicone, para ser implantada nas mamas de porcas, que são os modelos animais mais adequados a este tipo de pesquisa, antes que os testes possam ser feitos em humanas.
Se os resultados continuarem promissores como até agora, em breve as mulheres que sonham em se submeter a uma mamoplastia de aumento poderão contar com uma alternativa mais barata, mais prático e mais segura.
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