publicado em 20/03/2013 às 08h15:00
Estudo mostra que crianças hispânicas são mais propensas a herdar as quatro versões de alto risco destes genes
Cientistas do St. Jude Children' s Research Hospital, nos EUA, descobriram que crianças que herdam variações em quatro genes específicos estão em risco muito maior de desenvolver leucemia linfoblástica aguda (ALL).
O estudo também mostrou que pacientes hispânicos eram mais propensos do que os pacientes de ascendência europeia ou africana a herdar as versões de alto risco destes genes.
O genoma de cada pessoa inclui duas cópias de cada gene, uma de cada progenitor. Assim, os indivíduos podem herdar até oito versões de alto risco dos quatro genes ligados à doença. Neste estudo, os pesquisadores descobriram que ter mais de cinco cópias dos genes de risco resultou em um risco nove vezes maior de desenvolver a leucemia na infância do que herdar não mais que uma cópia.
A pesquisa foi publicada na revista Journal of National Cancer Institute.
O trabalho incluiu 2.450 pacientes pediátricos com ALL e 10.977 indivíduos de diversas origens étnicas e raciais sem a doença.
Segundo o autor sênior do estudo, Jun J. Yang, o risco absoluto de uma criança em particular desenvolver ALL continua baixo. "ALL é uma doença complexa que provavelmente envolve muitos genes. As descobertas deste trabalho são um importante passo em frente em termos de entender por que as crianças desenvolvem ALL, em primeiro lugar, especialmente aqueles com descendência africana ou etnia hispânica. No entanto, esta é, provavelmente, ainda apenas uma pequena parte", observa.
O estudo também oferece pistas para a compreensão do padrão de idade da ALL, que tem seu pico em crianças de 2 a 4 anos. Estes achados sugerem que os pacientes mais jovens podem ser mais vulneráveis aos efeitos das variações de genes de alto risco.
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