Fonte: ES HOJE em http://eshoje.jor.br/casos-de-coqueluche-no-estado-sobem-480-em-apenas-um-ano-veja-sintomas-e-tratamento.html
Aleandro Coelho (redacao@eshoje.com.br)A coqueluche, também conhecida por “tosse comprida”, preocupa a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) do Espírito Santo. Já foram registrados 354 casos da doença no Estado e oito mortes somente este ano, contra 61 casos, e uma morte no ano passado, um aumento de 480%. Mais de 50 municípios já têm casos confirmados da doença, o que pode ser caracterizado como uma situação de surto.
A coqueluche é uma doença causada por uma bactéria altamente contagiosa e é transmitida por meio de contato direto, tosse, espirro, eliminação de secreção e ao falar ou tocar em objetos. O período de contágio se estende de cinco dias após contato com a pessoa doente até três semanas depois do inicio dos acessos de tosse. A orientação é que a população fique atenta à higienização das mãos e evite ficar perto de pessoas com suspeita da doença.
“Após tossir, é preciso lavar as mãos, ao lidar com crianças, na hora do banho, de trocar a fralda e amamentar, por exemplo, é preciso ter esse cuidado. As mães com sinais e sintomas da doença devem se preocupar em tampar o nariz e a boca, usando uma máscara ou lenço. Vale lembrar que essas medidas devem ser adotadas mesmo por pessoas que ainda não tenham a doença confirmada”, explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesa, Gilsa Rodrigues.
Alertas
Segundo a Sesa, após observar o aumento nas notificações da doença, a Secretaria iniciou uma série de ações de alerta e capacitação. Foi oferecido treinamento dos municípios na realização do exame laboratorial (coleta de swab), de complicada execução. A Sesa informou também que entrou em contato com as vigilâncias epidemiológicas dos 78 municípios capixabas para esclarecer sobre a coqueluche, encaminhando notas técnicas também para o Conselho Regional de Medicina (CRM) e Conselho Regional de Enfermagem (Coren), e para diversas sociedades médicas.
Sintomas
Os sinais e sintomas da coqueluche são as tosses persistentes, e que podem durar várias semanas. Entre uma inspiração e outra as pessoas podem ter vários acessos de tosse a ponto de deixar a pele, especialmente a boca, com coloração arroxeada devido à falta de oxigênio. É muito comum também vômito após a tosse, podendo haver ainda presença de febre leve, coriza, e mal estar geral, sintomas que são bem parecidos com a gripe. Quem apresentar esses sintomas deve procurar atendimento médico.
“A coqueluche apresenta um sintoma peculiar, que é uma tosse que acontece de maneira súbita e incontrolável, que gera um barulho característico chamado de guincho inspiratório”, explicou Gilsa Rodrigues. Ela disse ainda que a maioria dos casos está concentrada em bebês e crianças.
Tratamento
O tratamento é rápido e simples, feito com o uso de antibiótico por até 14 dias. O diagnóstico é clínico, mas em alguns casos pode ser feito laboratorialmente. O paciente com coqueluche deve permanecer em isolamento respiratório enquanto durar o período de transmissão da doença. Na maioria dos casos, o tratamento pode ser ambulatorial e realizado em casa, mas com acompanhamento médico. A hospitalização só se torna necessária, quando ocorrem complicações e é preciso oferecer suporte de oxigênio e alimentação parenteral. O uso de analgésicos e anti-inflamatórios também pode ajudar a aliviar os sintomas no estágio catarral.
Casos
Em 2012 foram confirmados 354 casos de coqueluche e oito mortes, valor 480% maior que de 2011. Todos os óbitos ocorreram em bebês, sendo que dois deles haviam recebido apenas uma dose da vacina e os demais não tinham iniciado o sistema vacinal. Em 2011 foram 61 casos confirmados da doença e uma morte, segundo informou a Sesa.
Distribuição de casos por idade – 2012
Em menores de dois meses: 55 casos
De 02 a 05 meses: 83 casos
De 06 a 09 meses: 22 casos
De 10 a 11 meses: 12 casos
De 01 a 04 anos: 92 casos
De 05 a 09 anos: 32 casos
De 10 a 14 anos: 22 casos
De 15 a 19 anos: 09 casos
Maiores de 20 anos: 27 casos
Vacinação
1ª dose: 2 meses de vida
2ª dose: 4 meses de vida
3ª dose: 6 meses de vida
4ª dose: 1 ano e três meses
5ª dose: 4 anos
Reforço adulto: a cada 10 anos
- Gratuita na rede pública até os 6 anos de idade
- Na rede privada custa entre R$ 110 e R$ 115 a dose
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