30/04/2013 às 08h22:00
Técnica reduz interferência de macromoléculas na imagem e tem potencial para melhorar exame da cartilagem e do tecido cerebral
Foto: Philips Communications
Objetivo da pesquisa é melhorar método com mais de uma década, a troca química, que tem sido utilizada para melhorar as técnicas de ressonância magnética
Pesquisadores da Universidade de Nova York, nos EUA, criaram um novo método capaz de melhorar a precisão da ressonância magnética.
A técnica reduz a interferência de grandes macromoléculas que muitas vezes podem obscurecer as imagens geradas por processos químicos utilizados atualmente e tem potencial para melhorar o exame para a cartilagem, bem como para o tecido cerebral.
A pesquisa foi descrita na Scientific Reports.
"Nós encontramos uma maneira de eliminar os sinais de certas moléculas e, assim, limpar a imagem de partes do corpo que poderiam ser usadas por profissionais médicos, a fim de fazer diagnósticos", explica o pesquisador Alexej Jerschow.
O trabalho dos pesquisadores tem como objetivo melhorar um método com mais de uma década, a troca química, que tem sido utilizada para melhorar as técnicas de ressonância magnética. Segundo esta abordagem, os cientistas exploram o movimento dos átomos a partir de sua estrutura molecular natural até a água no organismo, a fim de aumentar sua visibilidade.
No entanto, esses esforços têm sido muitas vezes dificultados pela presença de macromoléculas, que continuam a obscurecer as moléculas menores que são de interesse para os médicos e outros profissionais de saúde nas avaliações.
A interferência das macromoléculas é o resultado de dois fenômenos: o seu tamanho e suas frequências.
O novo método da equipe focou em neutralizar a interferência da frequência das macromoléculas.
Anteriormente, os pesquisadores criaram uma técnica de imagem não invasiva de glycosaminogycans (GAGs), que são moléculas que servem como blocos de construção da cartilagem e estão envolvidas em várias funções vitais do corpo humano. Aqui, sob troca química, eles separaram os prótons GAG dos prótons da água, criando um agente de contraste inerente.
Testando a ideia em amostras de tecido, os pesquisadores descobriram que os prótons GAG disponíveis forneceram um tipo eficaz de realce de contraste, o que lhes permitiu monitorar facilmente GAGs através de um scanner de ressonância magnética clínica.
A fim de melhorar a visibilidade dos GAGs por meio de ressonância magnética, os pesquisadores tentaram bloquear o impacto de sinalização das macromoléculas que obscurecem a visualização de GAGs.
Para isso, eles se aproveitaram do amplo espectro de frequência das macromoléculas, uma característica que permite a fácil detecção e neutralização. Especificamente, os pesquisadores poderiam, com efeito, "clarear" o sinal de saída em simultâneo através de múltiplas frequências de irradiação. Como resultado, a interferência macromolecular diminuiu e aumentou a avaliação quantitativa de GAGs.
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