terça-feira, 2 de abril de 2013

Irineu Degasperi, câncer e fertilidade: pacientes jovens terão suas chances de engravidar elevadas

 

Artigo de autoria de Ariane Franco, assessora de comunicação da Clínica Unifert.

Uma das questões mais delicadas em jovens pacientes diagnosticadas com câncer é em relação a sua fertilidade. Dependendo do estágio da doença, elas são submetidas às sessões de quimioterapia, o que as deixam estéril.

Entretanto, existem algumas técnicas para preservar o desejo de engravidar dessas pacientes. A mais recente, é a Criopreservação do Tecido Ovariano. Ainda é uma técnica muito recente em todo o mundo, e que consiste no congelamento do tecido ovariano dessas mulheres, assim que for diagnosticado o câncer, e re-implantado assim que o tratamento seja finalizado.

O único brasileiro selecionado a participar de uma capacitação que envolve esta nova técnica é o biólogo capixaba Irineu Degasperi (http://www.facebook.com/irineu.degasperi) da Unifert – Centro Avançado de Reprodução Humana (http://www.unifert.com.br). O curso ministrado pelos doutores Vladimir Isachenko e Eugênia Isachenko, responsáveis pelo primeiro nascimento após criopreservação de tecido ovariano na Alemanha, aconteceu entre os dias 18 e 20 de março, na Universidade de Cologne. Durante as aulas práticas, foram demonstradas como se deve retirar o tecido ovariano, a sua preparação, congelamento, descongelamento e re-implante do tecido, que visa a preservação da fertilidade dessas pessoas.

“No Espírito Santo, esta técnica não existe. Participar deste curso foi o primeiro passo que demos rumo ao futuro. Agora, será feito um estudo de viabilidade para planejarmos quando vamos iniciar esse procedimento, uma vez que, os equipamentos utilizados são totalmente específicos e constatamos que existe uma demanda”, destaca Irineu.

Na Europa, aproximadamente 26 bebês nasceram a partir desta técnica, que ainda é muito recente.

A principal vantagem da criopreservação do tecido ovariano é de que este elemento saudável estará preservado por um tempo geralmente longo – entre 4 e 6 anos. “Inclusive, pode-se ocorrer uma gravidez natural. Por exemplo, uma paciente com 24 anos tenha sido diagnosticada com câncer, decide retirar o tecido ovariano com o objetivo de não se tornar estéril – uma vez que a quimioterapia tem este poder. Quando ela receber alta do profissional que está a acompanhando, é re-implantado no local onde era o ovário dela. Com cerca de 6 meses, essa mulher volta a menstruar e ter ciclos, e então ela está pronta para gerar um filho”, explica o biólogo.

Técnicas utilizadas hoje

Atualmente, as pacientes que possuem câncer podem contar com a Criopreservação de Embriões – embriões resultantes de técnicas de Fertilização In Vitro podem ser congelados para a implantação no útero após a realização do tratamento do câncer.

Ariane Franco
Jornalista - MTB 1911/ES

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Encontre-nos no Facebook