segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ES: de mofo a falta de médicos… O retrato da saúde em Vila Velha

 

Fonte: SIMES em http://www.simes.org.br/noticia.php?id=bac9162b47c56fc8a4d2a519803d51b3

08/02/2013
Jornal A Gazeta   |   Priscila Tompson

Infiltração e mofo nas paredes, equipamentos sucateados, destinação incorreta de lixo, falta de aparelhos para esterilização de equipamentos e um falta de mais de 210 profissionais. Essa é a situação encontrada na maioria das unidades de saúde de Vila Velha neste início de ano, segundo um relatório elaborado pela própria prefeitura.

Nas 17 unidades responsáveis pelo atendimento à população, o déficit de médicos, técnicos e auxiliares de enfermagem e de saúde bucal, enfermeiros e cirurgiões dentistas representa 22% do total de 632 funcionários necessários nessas áreas, sem contar os profissionais de outras áreas, como dentistas, auxiliares administrativos e psicólogos. Há 93 médicos trabalhando nos postos, que carecem de outros 42.

Todas as unidades sofrem com a falta de funcionários. É raro encontrar, também, postos sem problemas graves na infraestrutura. A única exceção, neste caso, é a Unidade de Saúde da Ponta da Fruta, que não sofre com a falta de equipamentos. Todos esses problemas, diz a prefeitura, fizeram cair quase pela metade o número de consultas nos postos, entre 2009 e 2012.

Pior unidade

A unidade com as piores condições de trabalho é a de São Torquato, aponta a secretária de Saúde, Andréia Passamani Corteletti: "O lixo contaminado é armazenado dentro da própria unidade e há vazamento de esgoto no prédio". Segundo a secretária, os problemas mais emergentes nas unidades já estão sendo solucionados, como o conserto de redes elétricas, vazamentos de esgoto, infiltração e iluminação. Hoje, quase 180 mil pessoas não têm acesso aos serviços básicos de saúde. É preciso construir mais 17 postos". Problemas fizeram atendimentos caírem nos postos.

Mais de 120 demitidos após fim de convênio

A situação da falta de funcionários nas unidades de saúde deve ficar ainda pior nos próximos meses. É que 128 funcionários que atuam na área de saúde por meio de um contrato com a Cáritas devem ser demitidos até o dia 30 de março. O contrato terminou seguindo uma orientação do Ministério Público Estadual para que os aprovados no último concurso sejam convocados.

A Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha, Andréia Passamani Corteletti, explica que a convocação começou no ano passado e que a prefeitura ainda estuda outras formas de preencher o restante das vagas e acabar com o déficit de funcionários. “Não há definição, ainda, de abertura de novo concurso público, mas vamos encontrar uma solução ainda este mês”, garante.

A respeito das reformas nas unidades, a secretária diz que ainda não há previsão de investimento.

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