quarta-feira, 8 de maio de 2013

Novo remédio contra infertilidade promete minimizar erros de dosagem, mas pode custar quase R$ 3.000

 

6/5/2013 às 11h53 (Atualizado em 6/5/2013 às 11h55)

Medicamento que estimula a produção de óvulos substitui sete injeções diárias por dose única

Fabiana Grillo, do R7

Novo remédio que estimula produção de óvulos substitui sete injeções diárias por dose única de longa duração Getty Images

As mulheres que não conseguem engravidar e se submetem a um tratamento para infertilidade ganham uma nova opção terapêutica. O remédio, cujo princípio-ativo é a corifolitropina alfa, chega ao Brasil com a promessa de minimizar os erros de dosagens e o estresse associado ao processo de fertilização in vitro.

O novo medicamento, assim como os outros que já existem no mercado brasileiro, são usados para estimular a produção de óvulos, conforme explica o ginecologista Fernando Prado Ferreira, especialista em reprodução assistida, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

— No ciclo natural a mulher produz um óvulo por mês, enquanto que com o uso da medicação esperamos ter cerca de dez óvulos para facilitar e aumentar as chances de gravidez.

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Para isso, o médico avisa, é necessário que a paciente administre múltiplas injeções de hormônios durante dez a 15 dias consecutivos. No entanto, com a nova medicação, as sete primeiras injeções da terapia padrão são substituídas por uma dose única, porém a partir do oitavo dia, "a mulher volta a usar as injeções diárias até completar o ciclo do tratamento".

— A grande vantagem é a diminuição das picadas, o que causaria mais conforto para a paciente. Por outro lado, não é possível ajustar a dose da medicação na primeira semana de tratamento, o que poderia desencadear um quadro chamado Síndrome de Hiperestimulação Ovariana, processo pelo qual há um aumento exagerado dos hormônios produzidos no organismo.

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Segundo Ferreira, os estudos apontam um risco de 5% para o desenvolvimento dessa síndrome com a nova medicação, contra 2% com os concorrentes. O laboratório MSD, que produz a droga, informou que a dosagem é prescrita de acordo com o peso da paciente, ou seja, 100 mcg para mulheres com até 60 Kg ou 150 mcg para as que estão acima dos 60 Kg.

—Como a dosagem é fixa, o médico deve fazer uma avaliação bem detalhada, pois a hiperestimulação dos ovários pode trazer prejuízos à saúde e, inclusive, causar a morte.

Atualmente, as dosagens são prescritas conforme a idade, o peso e a capacidade do ovário da mulher. O ginecologista também lembra que os efeitos colaterais de todas as medicações são semelhantes ao de uma TPM (tensão pré-menstrual) mais intensa, como retenção de líquidos, mamas doloridas, irritabilidade e dor de cabeça.

Sobre o preço, a nova medicação comercializada com o nome de Elonva varia entre R$ 1.850 e R$ 2.800.

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/novo-remedio-contra-infertilidade-promete-minimizar-erros-de-dosagem-mas-pode-custar-quase-r-3000-06052013

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