Exame não invasivo do cérebro conseguiu diferenciar corretamente pacientes com transtorno bipolar de indivíduos saudáveis
Estudo pioneiro realizado por pesquisadores do The Mount Sinai Medical Center, nos EUA, mostrou que o exame de ressonância magnética pode ser uma maneira eficaz para diagnosticar doenças mentais, como o transtorno bipolar.
Em um estudo de referência utilizando técnicas avançadas, os pesquisadores conseguiram distinguir corretamente pacientes bipolares de indivíduos saudáveis com base apenas nos exames do cérebro.
Atualmente, a maioria das doenças mentais é diagnosticada com base apenas em sintomas, criando uma necessidade urgente de novas abordagens para o diagnóstico. Na perturbação bipolar, pode haver um atraso significativo no diagnóstico devido à apresentação clínica complexa da doença.
No atual estudo, Sophia Frangou e seus colegas decidiram explorar se as imagens do cérebro poderiam ajudar a identificar corretamente os pacientes com transtorno bipolar.
"O transtorno bipolar afeta a capacidade dos pacientes para regular suas emoções com sucesso, o que os coloca em grande desvantagem em suas vidas. A situação é agravada pelos longos atrasos, às vezes de até 10 anos, no diagnóstico correto. O transtorno bipolar pode ser facilmente confundido com outras doenças, como depressão ou esquizofrenia", afirma Frangou.
Frangou e sua equipe usaram a ressonância magnética para mapear o cérebro de pessoas com transtorno bipolar e de indivíduos saudáveis. Utilizando modelos computacionais avançados, eles conseguiram separar corretamente as pessoas com a doença de indivíduos saudáveis com 73% de precisão usando seus exames de imagem sozinhos.
Eles replicaram a descoberta em um grupo separado de pacientes e indivíduos saudáveis e encontraram uma taxa de precisão de 72%.
"O nível de precisão que conseguimos é comparável ao de muitos outros testes utilizados na medicina. Além disso, a digitalização do cérebro é muito aceitável para os pacientes já que a maioria das pessoas considera que este é um teste de diagnóstico de rotina", concluem os pesquisadores.
Fonte: Isaude.net
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