domingo, 26 de maio de 2013

Equipe dos EUA cria novo teste para diagnóstico da elefantíase

Exame tem vida útil mais longa, estimada em dois anos sem refrigeração, em comparação com três meses para a versão atual

Foto: Washington University School of Medicine

Pesquisadores da Washington University School of Medicine, nos EUA, desenvolveram um novo teste de diagnóstico para a elefantíase, que pode causar alargamento grave ou deformidades nas pernas e regiões genitais.
O novo exame é muito mais sensível do que o usado atualmente, de acordo com resultados de um estudo de campo realizado na Libéria, África Ocidental, onde a infecção é endêmica. Segundo os pesquisadores, o novo teste encontrou evidências da infecção, filariose linfática, em muito mais pessoas que o teste padrão.
A infecção afeta 120 milhões de pessoas que vivem em 73 países, deixando cerca de 40 milhões profundamente desfigurados e incapacitados.
Ambos os testes detectam a presença de vermes que causam a filariose linfática, uma doença transmitida por mosquitos, também conhecida como elefantíase. No entanto, o novo teste tem vantagens significativas sobre o teste que tem sido usado por mais de uma década, não só para diagnosticar a doença, mas para mapear, monitorar e avaliar o sucesso de um programa maciço de saúde pública mundial que visa eliminar completamente a doença até 2020.
Os resultados foram publicados no The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene.
"O teste mais antigo teve um grande impacto, mas o novo é ainda melhor. Anualmente, a medicação para tratar e prevenir a infecção é distribuída para mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo. A maior sensibilidade do novo teste vai ajudar a determinar se o programa de tratamento em massa tem sido eficaz e também identificar as regiões que necessitam de mais atenção", afirma o autor da pesquisa Gary J. Weil.
A equipe destaca que o novo teste também tem uma vida útil mais longa, estimada em dois anos sem refrigeração, em comparação com três meses para a versão antiga.
Weil e seus colegas trabalharam com pesquisadores do Liberian Institute for Medical Research para realizar uma comparação lado a lado dentre o teste novo e o usado como padrão nos dias de hoje. Eles avaliaram os testes em 503 pessoas com faixa etária entre 6 e 89 anos.
As duas versões do teste detectam a presença no sangue de uma proteína produzida pelo verme parasita Wuchereria bancrofti, que provoca filariose. O novo teste é realizado através da punção do dedo e colocando sangue de uma pessoa sobre a tira de teste, que é semelhante a um teste de gravidez.
Os resultados do estudo mostram que o novo teste é altamente sensível, detectando cerca de 26% mais infecções de filariose linfática do que o teste. O novo teste foi também mais fácil de executar e os resultados foram mais fáceis de serem interpretados.
"Isso nos dá uma indicação do número de infecções que faltavam com o teste mais velho. Em uma escala global, é um grande número de casos. Precisamos ter um teste exato para ter a certeza que estamos atingindo todas as pessoas que têm a doença ou estão em risco de desenvolvê-la", conclui Weil.

Fonte: Isaude.net

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